“Nubank está caríssimo e valor é inaceitável”: Empiricus enxerga queda de 70% nas ações da fintech e recomenda que investidor aposte no derretimento dos papéis para ter chances de lucrar

Avaliado em mais de US$ 40 bilhões à época do IPO, o Nubank tomou o lugar do Itaú (ITUB4) como banco mais valioso da América Latina. Apesar do valor  salgado, os papéis do banco saíram no topo da faixa indicativa, aos US$ 9, e estrearam em alta. 

CONHEÇA NOSSO INSTAGRAM e receba análises de mercado, oportunidades de investimento e notícias relevantes para o seu patrimônio.

Desde então, acumulam queda de 13%, já os BDRs têm perdas de 8%. Mas, para analistas da Empiricus, esse é só o começo: as ações do Nubank ainda estão caras e não só devem cair mais, como o investidor pode apostar dinheiro nisso.

A casa de análise enxerga queda potencial de mais de 70% nas ações da fintech e emitiu um relatório recomendando uma operação short (vendida) no Nubank. Essa transação permite que o investidor aposte na desvalorização de um papel. 

CONHEÇA NOSSO INSTAGRAM e receba análises de mercado, oportunidades de investimento e notícias relevantes para o seu patrimônio.

Por que os ativos do roxinho podem despencar? 
O relatório destaca o ambiente desafiador para os negócios em 2022: juros em alta, inflação que deve se manter pressionada — dados os preços crescentes das commodities, como o petróleo — e crescimento baixo no Brasil. 

"As ações da fintech ainda negociam por 115 vezes seus lucros projetados para 2023. Nesse mercado um tanto quanto agressivo, esse valuation é inaceitável", destacam os analistas João Piccioni, Felipe Miranda, Fernando Ferrer e Larissa Quaresma.

CONHEÇA NOSSO INSTAGRAM e receba análises de mercado, oportunidades de investimento e notícias relevantes para o seu patrimônio.


A tese por trás do short do Nubank se baseia em 4 pontos: 

Dificuldade de monetização dos usuários: o Nubank tem uma receita por usuário 14 vezes menor que a dos grandes bancos brasileiros e uma exposição maior ao público jovem e de baixa renda, o mais afetado pelo mau cenário econômico; 

Provável necessidade de capital: o banco precisaria de novos aportes dos sócios para aumentar sua concessão de crédito na velocidade necessária para justificar seu valuation, o que pode diluir a participação dos acionistas e derrubar o preço da ação;

CONHEÇA NOSSO INSTAGRAM e receba análises de mercado, oportunidades de investimento e notícias relevantes para o seu patrimônio.


Potencial de inadimplência: o nível de inadimplência menor do que a média que a fintech apresenta se dá pela velocidade da concessão de crédito. Ou seja: a inadimplência pode aumentar quando o ritmo diminuir;


Valuation excessivo: o valor de mercado atual pressupõe um retorno sobre o patrimônio líquido de 30% (muito superior ao retorno dos bancões) e um lucro líquido de R$ 11 bilhões em 2026. Para isso, a execução precisaria ser perfeita, sem erros, dizem os analistas.


Não é que a casa de análise acredite que o banco digital vai se sair mal nos negócios, pelo contrário, dada a excelente execução da companhia até agora, os analistas usaram premissas otimistas na sua avaliação: um lucro líquido de R$ 6 bilhões em 2026 e um retorno de 23%, maior que o do Santander. Ainda assim, enxergam queda de 72% as ações da companhia. 

LEIA MAIS NO SEUDINHEIRO.COM


Webstories: Beatriz de Azevedo 


O site que ajuda você a investir de maneira inteligente.

todos os direitos preservados

CONHEÇA NOSSO INSTAGRAM e receba análises de mercado, oportunidades de investimento e notícias relevantes para o seu patrimônio.