A Petrobras divulga, na noite desta quinta (03), os resultados do terceiro trimestre. Enquanto os resultados não saem, os investidores cresceram o olho para cima dos dividendos anunciados pela companhia. O conselho de administração da estatal aprovou a distribuição de um valor de aproximadamente R$ 44 bilhões — R$ 3,3489 por ação ordinária (PETR3) ou preferencial (PETR4).
Cabe lembrar que, no último trimestre, a estatal distribuiu mais de R$ 87 bilhões no trimestre passado. O valor recorde fez com que a companhia conquistasse o título de maior pagadora de proventos do mundo.
Agora, uma possibilidade que ronda e estatal é a de que, com Lula eleito, a era do dividendos monstruosos da companhia esteja com os dias contados.
O presidente eleito Lula já avisou que quer que a petroleira reduza o pagamento de proventos para voltar a investir em atividades além do pré-sal, como o refino.
O uso da estatal em investimentos sem retorno comprovado é justamente um dos temores do mercado com a volta de Lula ao poder.
Lula também comentou a possibilidade de acabar com a política de paridade de preços que garante que a Petrobras compre gasolina no mercado internacional e revenda sem prejuízos no Brasil — o que ajudaria a segurar o preço dos combustíveis no Brasil, mas teria um grande impacto no lucro da estatal e na conta dos dividendos.
As projeções para o terceiro trimestre da Petrobras
Por falar em lucro, os analistas consultados pela Refinitiv esperam que a estatal registre ganhos de
R$ 43,3 bilhões no terceiro trimestre.
A queda na base trimestral é explicada pelo recuo dos preços do petróleo no mercado internacional. As cotações do barril do tipo Brent, referência da petroleira, recuaram cerca de 13% no período.
Já a projeção média para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, da sigla em inglês) é de R$ 87,9 bilhões. O indicador também deve cair na comparação com o 2T21 e avançar 45% ante o terceiro trimestre do ano passado.