Passada a eleição no Brasil, agora é a vez de os EUA encararem as urnas. Hoje, os norte-americanos votarão pela renovação de metade do Congresso nas eleições de meio de mandato. A disputa é decisiva para definir os rumos da segunda metade da gestão Joe Biden e pode influenciar a corrida à Casa Branca em 2024.
Na sexta-feira (04), ganhou força a notícia de que Donald Trump pode anunciar sua candidatura à presidência dos EUA já em 14 de novembro.
O que está em jogo nas midterms
Serão decididos os 435 assentos da Câmara dos Representantes — casa onde os deputados têm mandatos de dois anos —, e 35 dos 100 senadores, que cumprem mandatos de seis anos.
Os democratas precisam de pelo menos 50 cadeiras para manter o controle do Senado, com a vice-presidente Kamala Harris dando a eles o voto de desempate, enquanto os republicanos precisam de 51. Para dominar a Câmara, um partido deve ocupar 218 dos 435 assentos.
A disputa define se o Presidente Joe Biden terá ou não apoio no Congresso. Na ausência da maioria governista, a Casa Branca pode ficar de mãos atadas e é forçada a fazer concessões em troca de aprovações.
Pesquisas divulgadas na semana passada indicam que os republicanos devem conquistar a maioria na Câmara — o site FiveThirtyEight, especializado em estatísticas, calculava 83% de chances de o partido assumir o controle da Casa.
O tamanho da bancada varia de acordo com a sondagem, mas no melhor cenário a oposição a Biden deve garantir até 247 dos 435 assentos — com 218 cadeiras já se obtém a maioria. A disputa no Senado está mais indefinida, com tendência também para o Partido Republicano, que pode conseguir 51 cadeiras.
Se os republicanos assumirem o Congresso, o impacto mais imediato será o de travar a pauta de Biden em questões caras, como a agenda do clima, a facilitação do acesso ao aborto e o controle mais rigoroso de armas. Não à toa, na semana passada, Biden alertou que um Congresso controlado pelos republicanos poderia acabar em um processo de impeachment contra ele.
Não é incomum nos EUA que presidentes sejam eleitos com maioria tanto na Câmara como no Senado, mas depois percam essa vantagem nas midterms. Isso aconteceu com nomes como Donald Trump, George W. Bush e Barak Obama. Por isso, essas eleições de meio de mandato têm sido consideradas um bom termômetro da avaliação popular do presidente dos EUA.
Em uma publicação exclusiva no nosso grupo do Telegram, o analista e colunista do Seu Dinheiro, Mateus Spiess, revela qual seria o impacto na bolsa se os democratas perderem o controle do Congresso. Clique no link da bio e participe do nosso Telegram para descobrir o que realmente está em jogo para o seu Bolso se Joe Biden for ‘neutralizado’ nos Estados Unidos.