No início de agosto, a Justiça Eleitoral começou a divulgar o patrimônio dos candidatos às Eleições 2022 registrados até então. Como exercício, o Seu Dinheiro analisou os bens declarados pelos presidenciáveis para ver se algum deles investia de um jeito pelo menos razoável.
‘Jeitinho brasileiro’ de investir
Um traço comum a muitos dos candidatos é o jeito bem brasileiro de investir, com preferência por imóveis e investimentos conservadores, como a caderneta de poupança e aplicações de renda fixa. Um ou outro ainda tem uma previdência privada.
Felipe D’Avila, do Novo, é o mais rico
Com patrimônio de R$ 24,6 milhões, o empresário tem o jeito mais arrojado de investir: 85% dos seus recursos estão alocados em participações em empresas fechadas, 13% estão em dois imóveis, e 1% em aplicações em renda fixa.
Lula tem 75% do patrimônio em previdência privada
Com patrimônio de R$ 7,4 milhões, o petista é o segundo candidato mais rico. Ele mantém 75% dos seus recursos em um plano de previdência tipo VGBL, 10% em sete imóveis e 2,5% em renda fixa.
Ciro Gomes é o candidato com a maior fatia em veículos
Com patrimônio de R$ 3 milhões, o pedetista mantém metade desse valor em quatro imóveis, 6% em dois veículos e apenas 1% em VGBL. O restante está em outros bens mais difíceis de identificar.
Simone Tebet mantém quase tudo em imóveis
A emedebista tem um patrimônio de R$ 2,323 milhões, quase integralmente alocados em 13 imóveis. Só cerca de 3% desses recursos têm alguma liquidez e estão parados em conta-corrente.
Bolsonaro deixa quase R$ 600 mil na poupança
Por fim, quase empatado com Tebet, o atual presidente tem um patrimônio de R$ 2,317 milhões, com 60% em cinco imóveis e nada menos que 25% na poupança, o que corresponde a quase R$ 600 mil. Outros 14% estão em conta-corrente.