Banco central dos EUA vê mais aumento dos juros ao longo de 2022; cenário pode reduzir lucros na Bolsa
O chefe do principal banco central do mundo foi claro em seu recado aos investidores: se a inflação seguir em nível mais elevado do que o tolerável por mais tempo, o Fed não só vai elevar os juros, hoje perto de zero, como aumentará a taxa básica mais vezes do que o previsto.
A montadora diz que, com a demanda global de veÃÂculos em nÃÂveis recordes, o fornecimento de componentes terá uma forte influência na taxa de crescimento de entrega de veÃÂculos no restante deste ano
Powell foi além: com o fim das compras de ativos da era pandêmica, os juros vão subir o quanto for necessário para conter a inflação, e o balanço patrimonial do Fed - atualmente perto de US$ 9 trilhões - vai ser enxugado.
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As últimas projeções dos participantes do comitê de política monetária do Fed - representadas pelo famoso gráfico de pontos ou dot plot - indicam que a taxa de juros, hoje na faixa entre zero e 0,25% ao ano - deve subir três vezes em 2022. Essa é a média das projeções, mas alguns dirigentes do Fed já veem mais aumentos dos juros neste ano.
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Ao investidor, a mensagem é uma só!
Ninguém estará livre dos efeitos de um aperto monetário mais agressivo do que o esperado a considerar a menor a atratividade de mercados mais arriscados como Brasil, o aumento de custos para empresas e o impacto sobre as ações.
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O que o Fed, a ata e Powell estão dizendo é que os mercados financeiros terão, a partir de agora, que andar com as próprias pernas...
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Quando anunciou, em novembro do ano passado, que acabaria com as aquisições de ativos até março deste ano, o banco central norte-americano estava soltando as mãos dos investidores ao deixar de injetar mensalmente bilhões de dólares na forma de compras de títulos lastreados em hipotecas ou mbs (sigla em inglês para Mortgage Backed Securities - título com garantia hipotecária) e títulos do Tesouro.
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Na prática, a redução do balanço patrimonial significa que o Fed passará a vender títulos no mercado e não mais comprar, retirando mais bilhões de dólares que são usados para fornecer liquidez e condições financeiras extremamente favoráveis.
Roteiro e edição do Webstory: Andrea Costa
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