A postura dos empresários após o escândalo deixou os credores indignados. Entre os representantes dos bancos para os quais a Americanas deve, ficou a sensação de que os três queriam socializar o prejuízo.
E, entre os gestores do mercado financeiro, a impressão é de que é quase impossível que o trio não soubesse de nada. Vale destacar que tudo são mais opiniões do que fatos concretos — pelo menos, por enquanto.
Vale destacar que tudo são mais opiniões do que fatos concretos. Mas a crise na Americanas despertou a atenção para outras empresas dos sócios que deram errado ou que também tiveram histórico de problemas contábeis. Veja a seguir o histórico de fracassos do trio…
A quebra do Banco Garantia
Em 1998, os empresários tiveram que vender o Banco Garantia ao Credit Suisse First Boston. A alta exposição a títulos da dívida externa deixou o banco de investimentos próximo da insolvência em meio às crises na Ásia e na Rússia entre 1997 e 1998.
A republicação dos balanços da ALL:
Em 2015, meses depois da conturbada aquisição da América Latina Logística (ALL) — que mais tarde originou a Rumo (RAIL3) —, a Cosan (CSAN3) foi obrigada a republicar os balanços de 2013 e 2014 da companhia para reparar inconsistências que inflavam o Ebitida da companhia.
A multa paga à SEC pela Kraft Heinz
Em 2023, o trio investiu US$ 28 bilhões na aquisição da gigante Kraft Heinz, que logo depois recebeu Warren Buffett como sócio e se tornou uma das maiores empresas do mundo no setor de alimentação.
Mas, a companhia acendeu o alerta da Securities and Exchange Commission (SEC) — reguladora do mercado de capitais nos Estados Unidos —, que acusou a empresa por erros contábeis.
A empresa era acusada de manter contratos falsos com fornecedores e mascarar o custo que tinha com eles. O resultado disso foi um Ebitda inflado, o que obrigou a companhia a republicar seus balanços com uma baixa contábil de US$ 15,4 bilhões.Em 2021, foi acertado um acordo de US$ 62 milhões entre a Kraft Heinz e a SEC.