Ações de empresas em recuperação judicial que podem valer o risco
Uma das máximas dos investimentos é: quanto maior o risco, maior o retorno. E se há uma classe de ativos arriscada na bolsa, é a das ações de empresas em recuperação judicial.
A recuperação judicial, muitas vezes, é uma condição que antecede a falência e várias companhias de capital aberto estão nessa situação.
A mais famosa delas é a Oi (OIBR4) cujo processo se arrasta de 2016 e já foi alvo de inúmeras contestações por parte dos credores.
Além dela, Eternit(ETER3), Viver (VIVR3) e outras 17 empresas com ações negociadas na B3 estão passando por esse processo.
Todas com um ponto em comum: sofreram intensa desvalorização desde o anúncio da recuperação e passaram a ser negociadas a uma fração do preço anterior
Como o processo pode demorar — no mínimo, 2 3 anos — por mais baratas que sejam, as ações de empresas envolvidas tendem a permanecer assim por um bom tempo.
Para decidir sobre a compra de um papel nessas condições é preciso:
- Tolerância a eventuais perdas; - Consciência de que as ações podem ficar anos sem reagir; - Analisar a fundo a empresa para confiar na reestruturação.
Quais empresas em recuperação judicial têm mais chances de uma reestruturação bem-sucedida?
A Oi (OIBR4), Eternit (ETER3) e a construtora Viver (VIVR3) aparecem bem posicionadas.
Nos últimos meses, a Oi (OIBR4) conseguiu negociar: - Torres e data centers, por R$ 1,4 bi; - Rede de telefonia móvel, por R$ 16,5 bi; - Parte da rede de fibra ótica, por R$ 12,9 bi.
E a percepção de que a recuperação judicial da empresa está indo bem já reflete na bolsa: os papeis que há um ano valiam menos de R$ 1, agora aparecem na casa dos R$ 2,20.
Eternit (ETER3):
Fabricante de telhas e caixas d'água de amianto (químico cancerígeno), Eternit abandonou o uso da substância e os resultados já começam a aparecer: suas ações acumulam ganhos de 508,51% no último ano.
Viver (VIVR3):
Com dívida reduzida, a Viver deixou as atividades de construção e incorporação de lado, passando a focar na gestão de ativos imobiliários. Sua valorização anual é de 143,54%.
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Matéria: Victor Aguiar Webstories: Beatriz Azevedo
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