Após a Oi (OIBR3) ser notificada mais de uma vez pela B3 por registrar cotações abaixo de R$ 1, o Conselho de Administração da operadora de telefonia aprovou nesta segunda a proposta de grupamento de ações.
A operadora da bolsa brasileira estabelece regras para inibir a negociação de ações abaixo de R$ 1 — as chamadas penny stocks, cuja característica é uma volatilidade ainda maior do que o restante dos ativos do mercado acionário.
A Oi foi notificada pela primeira vez em fevereiro deste ano e, na ocasião, já havia revelado que uma de suas alternativas era propor o grupamento. O procedimento condensa o capital de empresas em um número menor de ações. Assim,
aumenta-se o valor patrimonial dos papéis.
Mas, na época, essa opção estava no final da lista da empresa, que encontrava-se “em fase final de implementação de algumas etapas fundamentais do seu plano estratégico de transformação”.
No final de agosto, a Oi foi novamente notificada. Como uma das etapas mais importantes havia sido concluída, a companhia submeteu a proposta de grupamento ao conselho de administração — e foi aprovada. Só hoje as ações caem quase 14% por volta das 16h.
Caso aprovada a proposta de grupamento em AGE, será concedido prazo, não inferior a 30 dias, para que os acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais da Oi que desejarem possam ajustar suas posições.
Esse ajuste acontecerá por espécie, em lotes múltiplos de 50 ações, mediante negociação na B3, de forma a permanecerem integrando o quadro acionário da Oi após a efetivação do grupamento '— também conhecido como período para livre ajuste.
Seja como for, a questão é que a quantia recebida por Sonda ao final do negócio não contemplava os pagamentos feitos "por fora". No final, a DIS ficou com apenas 6,8 milhões de euros, e agora o empresário está disposto a ir atrás do que considera que lhe é de direito.