Votação expressiva de Bolsonaro puxa a Bolsa (mais) pra cima
Bolsonaro conseguiu 46% dos votos válidos e vai disputar segundo turno com Fernando Haddad (29%). Investidores ficaram otimistas com o resultado

O dia de eleição é dia de plantão para os jornalistas. Há um grupo escalado para acompanhar voto de candidato, outros ficam de plantão no TSE e outros tantos trabalham nos bastidores na redação. Mas não é só jornalista que faz plantão na eleição. Os gestores de ações também montaram QG para acompanhar a apuração. Na MZK tinha pizza e coca-cola ontem à noite. Tudo isso porque os números do primeiro turno vão mexer com a Bolsa nesta segunda-feira e eles precisam montar suas posições.
"Devemos ter um bom dia pela frente", disse Marco Antonio Macchi, diretor de investimentos da MZK.
Ele lembra que Bolsonaro não venceu no primeiro turno, mas teve uma votação acima do que apontavam as pesquisas eleitorais. Ele conseguiu 46% dos votos válidos, mais do que os 41% que o Ibope apontou na pesquisa divulgada na véspera da eleição.
Ele não está sozinho nessa análise. No plantão do Seu Dinheiro, conversamos com diversos gestores do mercado financeiro sobre o resultado da eleição. Agradou – e muito! O mercado financeiro está na torcida por Jair Bolsonaro e o bom desempenho do candidato deve se refletir em ganhos para o chamado kit Brasil: real, juros e especialmente Bolsa.
“Os investidores devem colocar no preço na segunda-feira uma chance maior de vitória do Bolsonaro do que na sexta-feira.”
A frase acima é de Marcelo Giufrida, sócio da Garde Asset Management, responsável pela gestão de pouco mais de R$ 7 bilhões em fundos. Para ele, Bolsonaro vai apenas “cumprir tabela” no segundo turno e só perde a eleição se “cometer um grande erro”.
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Na avaliação inicial de um banco estrangeiro, ao qual o Seu Dinheiro teve acesso, a eleição está praticamente decidida em favor de Bolsonaro em função da diferença de votos para Haddad. Com isso, Ibovespa deve buscar os 90 mil pontos rapidamente, com ajuda de entrada de investidores estrangeiros e valorização de estatais. Movimento implícito no índice iShares MSCI Brazil Capped ETF (EWZ), seria de 7% de alta. No câmbio, avaliação é de queda até R$ 3,8.
Estatais nos holofotes

O avanço deve ocorrer principalmente nos preços das ações das estatais, dando continuidade ao movimento ocorrido na última semana, na avaliação de José Trovar, sócio-fundador da gestora Truxt Investimentos.
Ações de companhias como Petrobras e Eletrobras vêm se beneficiando das menores chances de o PT voltar ao poder e, consequentemente, interferir na gestão das estatais. A grande diferença de votos entre Bolsonaro e Haddad no primeiro turno deve levar o mercado a entender que as chances do PT não são realmente grandes. O otimismo pode até levar a uma alta exagerado nos preços, alerta Tovar.
“O cenário é muito favorável para o Bolsonaro no segundo turno. Os preços vão refletir uma vitória dele e podem exagerar”, diz Tovar.
Para Tovar, é importante mesclar os investimentos de liquidez imediata com outros de médio e longo prazo, como ações e NTN-B (títulos públicos atrelados à inflação) de vencimento longo.
Nos estados, destaque para Cemig e Copasa
O bom desempenho de Romeu Zema, do partido Novo, na disputa pelo governo mineiro surpreendeu – e deve trazer alegrias para os investidores das estatais mineiras.
A expectativa é que as estatais de saneamento e energia, Copasa e Cemig, subam na esteira da possibilidade de vitória de Zema, do partido Novo.
Um dos motes de Zema, ao longo da campanha, foi a privatização. Um material de divulgação do candidato, por exemplo, divulgado no Twitter diz: "Zema vai privatizar a Copasa para diminuir a conta de água dos mineiros".
*Com Luciana Seabra
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