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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Investimentos

Veja por que o BTG Pactual está otimista com o Brasil em 2019

Banco estima crescimento de 2,8% do PIB e Ibovespa entre 112 mil a 139 mil pontos. Tudo depende das reformas

Eduardo Campos
Eduardo Campos
18 de dezembro de 2018
11:17 - atualizado às 14:10
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes - Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock / Fotos Públicas

O BTG Pactual divulgou seu relatório de estratégia para 2019 onde se diz otimista com o mercado brasileiro. Para a equipe do banco, o Ibovespa, principal índice da bolsa, está barato ao ser negociado abaixo de suas métricas históricas, a alocação de investidores locais e externos está baixa e a recuperação da atividade deve, finalmente, acelerar no próximo ano.

Com o título “Perspectivas Promissoras”, o BTG desenha, ao longo de mais de 200 páginas, as premissas para esse otimismo, que pode resultar em Ibovespa ao redor de 112 mil pontos em um primeiro momento e até 139 mil pontos, “se uma reforma mais ampla da previdência for aprovada”.

A expectativa é que o novo governo vai promover mudanças estruturais na economia. A equipe apontada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro “é sólida e pró-mercado” e tem uma firme retórica favorável à reforma do sistema previdenciário. Essa agenda mais liberal deve acelerar as privatizações, estimular o investimento privado e melhorar a governança nas empresas que vão continuar sob gestão pública.

A melhora nos índices de confiança de consumidores e empresas pode levar a uma forte aceleração do crescimento em 2019. A estimativa é de alta de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) vindo de um avanço de 1,3% em 2018.

Como há elevada capacidade ociosa na economia, não se antecipa pressões inflacionárias, o que significa que a taxa básica de juros, a Selic, pode permanecer estável, em 6,5% ao longo de todo o ano de 2019.

“No entanto, o novo governo deve resolver, mais cedo o possível, o acentuado déficit fiscal. O governo deve mandar ao Congresso, logo no começo do mandato, uma profunda reforma da Previdência e pressionar por sua aprovação”, diz o BTG.

O banco reconhece que essa não é uma tarefa fácil e vai demandar uma coordenação política que a nova equipe pode ou não ter. Mas alerta que o crescimento sustentável e duradouro da economia depende disso.

Ibovespa

Nos patamares atuais (tirando e Petrobras e Vale), o Ibovespa está sendo negociado a um Preço/Lucro para os próximos 12 meses (métrica que tenta dizer o quão barato ou caro está um ativo) de 11,7 vezes. Abaixo, portanto, da média histórica de 12,6 vezes.

O banco avalia que as perspectivas positivas trazidas pelo novo governo podem ser suficientes para levar o índice de volta às máximas históricas recentes ao redor dos 97 mil pontos.

Conforme a nova administração comece a trabalhar e algum progresso for feito na reforma da Previdência, o Ibovespa poderia passar a ser negociado a um desvio padrão acima da média histórica, algo que foi visto diversas vezes em um passado recente. Isso representaria índice ao redor dos 112 mil pontos (atualmente o Ibovespa está aos 86.650 pontos).

Se uma ampla reforma da previdência for aprovada, as taxas de juros de longo prazo devem recuar de forma acentuada, dando impulso ao mercado de ações. Em um dos cenários testados pelo BTG, com juro real de 3% e crescimento de 3% do PIB, o Ibovespa poderia ir aos 139 mil pontos.

O banco também afirma que tanto investidores locais quanto externos estão com alocações abaixo da média histórica no mercado, e que um retorno da exposição também favoreceria o mercado.

Carteira de ações

O portfólio do banco é de empresas grandes e diretamente expostas à retomada do crescimento da economia, como estatais, varejistas e bancos. Entre os nomes listados estão Petrobras, BR Distribuidora, Banco do Brasil, Localiza, Renner, B3 e Rumo. Na parte dedicada às “smal caps”, estão CVC, Tegma, Santos Brasil, Marfirg e Even.

Também estão na lista, a Embraer, em função da expectativa com o acordo com a Boeing, e a telecom Oi, que na visão do banco é alvo de fusão ou aquisição.

Privatizações

O documento aponta que no fim de 2017 o Brasil tinha 148 diferentes estatais. O governo federal controla diretamente 47 empresas, entre elas Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil. Outras 92 empresas são controladas direta ou indiretamente por essas três companhias.

Para o banco, mesmo que o governo tenha dito que não vai vender a Petrobras e o Banco do Brasil e até mesmo a Eletrobras, é possível se desfazer de muitas das subsidiárias, reduzindo o endividamento público.

Crédito

O mercado de crédito apresenta uma boa recuperação depois da brutal recessão de 2015/2016. A taxa básica está em 6,5% depois de permanecer em 14,25% até outubro de 2016. Com resultado desse ajuste, o custo do dinheiro para grandes empresas caiu de cerca de 18% em 2016 para cerca de 8% ao ano.

No mercado de dívida, as empresas emitiram R$ 96 bilhões no mercado local em 2017, 2,5 vezes mais que o visto em 2016. Agora em 2018, até outubro, o volume somava R$ 83 bilhões. Para o BTG, como as taxas longas dos títulos do governo apontam para baixo, a expectativa é de que os investidores terão de buscar melhores retornos no mercado privado de crédito.

Resultado das empresas

O resultado das empresas listadas em bolsa cresceu de forma dramática desde 2017, mais que o dobro do PIB. Para 2018, a previsão é de crescimento de mais de quatro vezes o PIB para o lucro das empresas. Esse “raro” fenômeno reflete o relativamente baixo patamar do juro básico, a desalavancagem das empresas, que estão menos endividadas, e maior alavancagem operacional, já que as companhias conseguiram manter seus custos em baixa durante a recessão.

A previsão da instituição é de que o crescimento dos lucros vai continuar forte em 2019, já que os juros seguirão baixos e a recuperação da atividade deve ganhar tração. Empresas que vendem basicamente para o mercado doméstico devem observar um crescimento de 16,5% nos ganhos em 2019 sobre 2018, e o crescimento consolidado dos lucros deve ficar em 31%.

 

 

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