🔴 RESULTADOS DO 3T24: ACOMPANHE AS PRINCIPAIS NOTÍCAIS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES DA TEMPORADA – VEJA AQUI

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Ainda no vermelho

Vale segue com despesas bilionárias por Brumadinho e tem prejuízo de US$ 133 milhões no trimestre

A Vale registrou provisões bilionárias no resultado do segundo trimestre, ainda relacionadas ao rompimento da barragem em Brumadinho. Com isso, a mineradora teve mais um balanço com prejuízo líquido

Victor Aguiar
Victor Aguiar
31 de julho de 2019
19:54 - atualizado às 20:34
Barragem da Vale desaba em Brumadinho (MG)
O rompimento da barragem de Brumadinho continua impactando os resultados financeiros da Vale - Imagem: Corpo de Bombeiros/Divulgação

O rompimento da barragem I na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, segue trazendo impactos financeiros à Vale. A mineradora reportou, na noite desta quarta-feira (31), seu balanço referente ao segundo trimestre deste ano — e os números ainda refletem os efeitos da tragédia.

A Vale reportou uma provisão total de US$ 1,374 bilhão entre abril e junho, montante ainda referente ao rompimento da barragem em Brumadinho. Esse montante está dividido em três frentes:

  • Ações e acordos ambientais, no montante de US$ 1,19 bilhão;
  • Descomissionamento de estruturas não consideradas no primeiro trimestre, na cifra de US$ 98 milhões;
  • Revisão de provisões ligadas aos termos e acordos com autoridades, no total de US$ 86 milhões;

Essas provisões impactaram diretamente o resultado financeiro da Vale e foram determinantes para que a mineradora encerrasse o trimestre com prejuízo líquido de US$ 133 milhões — no mesmo período do ano passado, a companhia teve lucro de US$ 76 milhões.

A receita líquida da Vale, por outro lado, chegou a US$ 9,186 bilhões no segundo trimestre deste ano, um avanço de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o Ebitda — ou seja, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — caiu 20% na mesma base de comparação, para US$ 3,098 bilhões.

Com os números contabilizados entre abril e junho deste ano, a Vale teve o segundo trimestre consecutivo de perdas: nos três primeiros meses deste ano, a mineradora contabilizou prejuízo de US$ 1,642 bilhão. Na ocasião, a empresa fez um provisionamento de US$ 4,5 bilhões por causa de Brumadinho.

Provisões e despesas

Além do US$ 1,374 bilhão provisionado, a Vale ainda teve uma despesa de US$ 158 milhões no trimestre, ligada às reparações ainda em andamento em Brumadinho — a empresa não dá maores detalhes quanto ao teor dessas medidas.

Leia Também

A mineradora ainda diz ter entrado em negociações com autoridades ambientais, atuando para "remediar os danos ambientais causados". Segundo a Vale, foram pagos pouco mais de 104 mil indenizações de emergência, assinados 263 acordos trabalhistas para indenizar familiares de funcionários mortos na tragédia de Brumadinho e reconhecidos 188 acordos de indenização individuais.

Crescimento da receita

A evolução na receita operacional líquida da Vale no trimestre se deve, principalmente, ao bom desempenho da unidade de minerais ferrosos. Sozinha, a divisão respondeu por US$ 7,315 bilhões da receita, um avanço de 15,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em mensagem aos acionistas, a companhia afirma que o preço médio de referência do minério de ferro foi 53% maior que o verificado entre abril e junho do ano passado — esse salto se deve à maior produção de aço na China e à diminuição dos estoques globais da commodity.

"Olhando para frente, dados do mercado imobiliário chinês no primeiro semestre de 2019 sugerem que a demanda por metais permanecerá alta, com a expectativa do governo chinês anunciar estímulos ao longo do resto do ano", diz a Vale, ponderado que essa situação daria suporte ao consumo de commodities no país em meio à guerra comercial entre China e EUA.

Além disso, a Vale ainda pondera que os preços do aço nos EUA e em outras regiões estão se recuperando, com sinais de tendência a permanecer em patamares elevados no segundo semestre — o que cria perspectivas animadoras para a divisão de minerais ferrosos para o restante do ano.

Dívida em queda

A mineradora registrou uma geração de caixa de US$ 2,2 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que fez com que a dívida líquida da Vale recuasse de US$ 12 bilhões ao fim de março para US$ 9,7 bilhões no término de junho — uma redução de cerca de 19,2% em três meses.

Com isso, a alavancagem da Vale, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado nos últimos 12 meses, ficou em 0,9 vez no segundo trimestre — ligeiramente inferior ao nível visto nos três primeiros meses do ano, de uma vez.

E os investimentos?

Ao todo, a companhia investiu US$ 730 milhões entre abril e junho deste ano, cifra 3,5% maior que a reportada no mesmo intervalo de 2018. Desse montante, US$ 130 milhões foram utilizados para a execução de projetos e outros US$ 600 milhões foram aplicados na manutenção das operações.

Entre os US$ 600 milhões investidos em manutenção, a maior parte — US$ 358 milhões — foi usada para promover melhorias nas operações. A lista de aplicações ainda inclui projetos de reposição (US$ 67 milhões), saúde e segurança (US$ 50 milhões), investimentos em barragens e pilhas de estéril (US$ 39 milhões), gestão de barragens (US$ 33 milhões), administrativo (US$ 30 milhões ) e investimentos sociais e proteção ambiental (US$ 23 milhões).

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O payroll vai dar trabalho? Wall Street amanhece em leve alta e Ibovespa busca recuperação com investidores à espera de anúncio de corte de gastos

1 de novembro de 2024 - 8:13

Relatório mensal sobre o mercado de trabalho nos EUA indicará rumo dos negócios às vésperas das eleições presidenciais norte-americanas

SEXTOU COM O RUY

Boas pagadoras de dividendos: a grande tacada para escolher bem as vacas – e bezerras – leiteiras da bolsa

1 de novembro de 2024 - 6:02

Investir em empresas que já são boas pagadoras de dividendos não é uma estratégia ruim, mas lembre-se que elas já pagam grandes dividendos hoje, e provavelmente já devem negociar por múltiplos mais altos também

BIG LUCRO

Carrefour tem lucro líquido de R$ 221 milhões no 3º tri, alta de 67,4% ante um ano antes

31 de outubro de 2024 - 19:09

Companhia reforçou que o resultado veio mesmo após os questionamentos do mercado sobre o impacto do parcelamento de compras na rede Atacadão em três vezes

BALANÇO DO 3T23

Lucro da EZTec (EZTC3) dispara 239% no trimestre e companhia anuncia distribuição milionária de dividendos

31 de outubro de 2024 - 18:22

O conselho de administração da companhia aprovou mais cedo a declaração de cerca de R$ 181,5 milhões em proventos

BOLSAS HOJE

Por que o mercado ficou arisco hoje? Ibovespa é arrastado por Nova York e termina dia abaixo de 130 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,7811

31 de outubro de 2024 - 17:39

Nos Estados Unidos, bolsas também foram puxadas para baixo devido à preocupação com os gastos elevados das big techs

DE OLHO NOS EMERGENTES

Acima do Prime: focado na alta renda, Bradesco lança Principal, novo segmento para clientes ‘mais que premium’

31 de outubro de 2024 - 16:13

Nova faixa atenderá clientes do Bradesco com investimentos a partir de R$ 300 mil e renda superior a R$ 25 mil

O REI DOS DIVIDENDOS

Uma espiada na carteira do Warren Buffett brasileiro: Luiz Barsi revela duas ações atraentes na B3 — e uma delas pode subir na bolsa a qualquer momento

31 de outubro de 2024 - 15:03

Uma das apostas é uma seguradora que já subiu 19% na bolsa desde janeiro e ainda tem potencial para mais. A outra é uma ação para o longo prazo.

JÁ NASCEU GRANDE

Magazine Luiza cria a Magalog, empresa de logística com faturamento de R$ 3 bi e 70 clientes

31 de outubro de 2024 - 14:09

Grupo investiu R$ 1 bilhão no setor nos últimos seis anos antes de lançar novo negócio

SD Select

Isa Cteep (TRPL4): analista comenta resultado do 3T24 e vê ‘outras alternativas mais interessantes no setor elétrico’ para buscar dividendos

31 de outubro de 2024 - 13:52

Segundo analista, o resultado operacional da Isa Cteep veio “um pouco acima das expectativas”, mas lucro líquido regulatório apresentou queda na base anual

DESCEU QUADRADO

Ambev: lucro menor no 3T24 deixa sabor amargo e ação cai; é hora de colocar ABEV3 na geladeira? 

31 de outubro de 2024 - 13:41

Segundo a dona de marcas como Skol, Brahma e Budweiser, a queda do resultado está relacionada ao aumento das despesas com imposto no Brasil

NO CAMINHO DO BEM

Medo da bomba fiscal? CEO do Bradesco (BBDC4) aponta dado que traz segurança para o banco após balanço sólido

31 de outubro de 2024 - 12:36

As falas do executivo foram feitas durante um encontro com jornalistas para comentar os resultados do banco

SD Select

Copo meio vazio ou meio cheio? Intelbras (INTB3) divulga 3T24 misto, e analista diz o que fazer com os papéis

31 de outubro de 2024 - 12:00

Segundo analista da Empiricus, pressão nas margens pode ser ‘sazonal e conjuntural’ – perspectiva é positiva para o futuro próximo

FRIGORÍFICOS

Um negócio das Arábias? BRF compra fatia da Addoha para expandir presença no mercado saudita de frango; BRFS3 lidera altas no Ibovespa e puxa ação da Marfrig (MRFG3)

31 de outubro de 2024 - 11:57

Por meio de uma joint-venture no país árabe, a BRF vai desembolsar US$ 84,3 milhões por 26% da empresa de abate de frangos

ENTRE BALANÇOS E FUSÕES

É oficial: AES Brasil e Auren (AURE3) criam a 3ª maior geradora de energia do país — mas maioria dos acionistas de AESB3 pula fora do negócio

31 de outubro de 2024 - 11:03

Para além da combinação de negócios, as empresas de energia elétrica divulgaram ontem os balanços do terceiro trimestre de 2024; confira os números

VAI UM ENGOV AÍ?

Ressaca na fusão: EMS retira proposta para combinar negócios com a Hypera (HYPE3), que reage em forte queda na B3

31 de outubro de 2024 - 9:46

Negócio entre Hypera e EMS criaria a maior companhia farmacêutica do Brasil, com R$ 16 bilhões de receita e 17% do mercado brasileiro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Cada um com suas preferências: Ibovespa reage a balanços do Bradesco e da Ambev e à Pnad Contínua enquanto Wall Street aguarda PCE

31 de outubro de 2024 - 8:16

Índice de inflação preferido do Fed será divulgado hoje nos EUA; aqui, investidores olham para dados de emprego e desemprego

TEMPORADA DE RESULTADOS

Lucro do Bradesco (BBDC4) cresce 13% e atinge os R$ 5,2 bilhões no 3T24; rentabilidade volta a subir, mas despesas também aumentam

31 de outubro de 2024 - 7:24

As despesas operacionais do Bradesco subiram 9,9% em 12 meses, para R$ 15,1 bilhões, enquanto a receita com prestação de serviços somaram R$ 9,9 bilhões

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Bem-vindo, presidente Trump?

30 de outubro de 2024 - 20:01

Sem dúvida o grande evento de risco para os mercados globais é a eleição americana

A RENDA VARIÁVEL AINDA BRILHA

Selic em alta não é motivo para fugir para a renda fixa: tubarões do mercado revelam estratégia para escolher boas ações para lucrar na bolsa

30 de outubro de 2024 - 19:31

Para os gestores Florian Bartunek e César Paiva, a “maré de azar” vivenciada na renda variável hoje abre oportunidade para quem quer comprar ações baratas e de qualidade na B3

PRA TODOS OS LADOS

Log (LOGG3) dobra lucro no 3T24 e CEO ainda vê amplo espaço para crescer, mas cenário macro preocupa

30 de outubro de 2024 - 18:36

Empresa de galpões logísticos mantém planos de expansão, mas juro menor e cumprimento do arcabouço fiscal ajudariam negócio, diz CEO da Log

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar