Sinais desencontrados do próximo governo geram volatilidade no mercado do México
Confusão gira em torno de um projeto para mudar leis bancárias e financeiras para que os clientes deixem de pagar uma série de tarifas
O presidente eleito Andrés Manuel López Obrador chega ao poder em 1º de dezembro, mas sinais desencontrados sobre os planos da próxima administração geraram turbulência nos mercados locais. O partido de López Obrador, o Morena, apresentou na quinta-feira no Senado um projeto para mudar leis bancárias e financeiras, com a intenção de que os clientes deixassem de pagar uma série de tarifas.
O índice das ações mais negociadas da Bolsa do México reagiu em baixa de 5,8%, seu maior declínio diário desde agosto de 2011, com Banorte em queda de 12% e outros bancos em baixa na casa de 10%. Hoje, porém, o futuro líder negou qualquer intenção de fazer reformas do tipo, o que provocou alívio nos mercados, mas as dúvidas sobre o futuro mantiveram o quadro de volatilidade.
Um nome há tempos na política mexicana e candidato a presidente por três vezes, López Obrador teve sucesso na mais recente campanha, vencendo a disputa em turno único. Ele voltou a afirmar em entrevista coletiva que a principal mudança de seu governo será o fim da corrupção.
Investidores, porém, já lamentavam que ele tivesse cancelado um projeto multibilionário para a construção de um novo aeroporto nas proximidades da Cidade do México, dizendo que isso era um sinal ruim para a segurança dos investimentos. O projeto de lei do futuro partido governista nesta semana no Senado gerou novo sobressalto.
Antes da negativa do presidente eleito, a Eurasia afirmou em relatório que poderia haver mudanças para os bancos, já que o Morena controla o Senado e também a Câmara. Para o analista Carlos Petersen, da Eurasia, "este é o tipo de ideia intervencionista que surgirá nas próximas semanas ou meses, particularmente após López Obrador chegar ao poder e surgirem novas questões".
Petersen expressou ainda o temor de que o futuro governo pressione formal ou informalmente alguns setores econômicos para investir mais agressivamente. Ainda para a Eurasia, o próximo governo deve priorizar mais gastos, não a disciplina fiscal. Carlos Serrano, do BBVA, também destacou em artigo no jornal El Financiero que o quadro fiscal parece se complicar no México, na nova administração.
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López Obrador, porém, tentou acalmar os ânimos hoje. Segundo ele, não haverá modificações no marco legal com relação ao funcionamento dos bancos e instituições financeiras em geral, nem tampouco na legislação econômica, financeira e fiscal, nos primeiros três de seus seis anos no poder. Segundo o jornal El Universal, López Obrador insiste que a principal mudança será "acabar com a corrupção".
Na próxima semana, o Banco Central do México se reúne na quinta-feira. Na avaliação do Goldman Sachs, o quadro no país deve levar a instituição a elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, para 8,00%, para manter uma política monetária mais restritiva e "vigilante" sobre o quadro no país.
No câmbio, o peso mexicano havia sido bastante penalizado ontem pela notícia sobre a possível reforma bancária. Hoje, ele chegou a subir com mais força após a notícia, depois passou a oscilar. Às 18h25 (de Brasília), o dólar recuava a 20,0967, de 20,1774 no fim da tarde de ontem.
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