Selic em 4,75% no fim de 2019 e ao longo de 2020 é a projeção do Bank of America Merrill Lynch
Banco revisou sua estimativa para o ciclo de corte de 1 ponto para 1,75 ponto. Cortes começam no dia 31 com Selic saindo de 6,5% para 6% ao ano
O Bank of America Merrill Lynch divulgou um relatório intitulado “Brasil – Um mundo totalmente novo” no qual estima Selic de 4,75% no fim de 2019 e manutenção nesse patamar ao longo de 2020. Para dar um parâmetro a mediana do mercado captada pelo Focus é de 5,5% neste ano, ante os atuais 6,5%, e juro de 5,75% em 2020.
“Importantes mudanças nos bancos centrais mundiais, progresso concreto na reforma da Previdência, um cenário estrutural benigno para a inflação e decepção com o crescimento devem permitir ao Banco Central reduzir os juros em meio ponto percentual já na reunião deste mês”, diz o relatório.
Até então, a instituição trabalhava com um ciclo de corte da Selic de um ponto percentual. Agora, o prognóstico está em 1,75 ponto. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece no dia 31 de julho.
Também foi revisado para baixo o prognóstico de crescimento da economia, de 1,2% para 0,7% em 2019 e de 2,2% para 1,9% em 2020.
Ainda assim, diz o banco, a visão de longo prazo para o Brasil continua construtiva já que reformas estruturais como Previdência, tributária e autonomia do Banco Central são discutidas pelo Congresso.
“Isso deve reduzir a percepção de risco fiscal no médio prazo, pavimentando o caminho para melhores condições financeiras e crescimento sustentável.”
Leia Também
Câmbio
Também foi revisada a projeção para a taxa de câmbio, com dólar a R$ 3,70 em 2019 e também 2020, contra R$ 3,80 e 3,90, respectivamente. Menor incerteza doméstica, política monetária internacional mais frouxa e uma esperada emissão de ativos devem elevar o fluxo de dólares no Brasil. Movimento que pode ser acomodado pelo BC via eliminando sua posição em swap cambial.
Para o banco, a aprovação da reforma da Previdência já está precificada largamente na taxa de câmbio atual e seria necessário progresso substancial em outras iniciativas para vermos um novo rali de valorização do real.
O ciclo de corte
Além do corte de meio ponto na semana que vem, a instituição também passou a estimar duas reduções do mesmo tamanho para as reuniões de setembro e outubro do Copom e um ajuste final de 0,25 ponto em dezembro. Selic de 4,75% deve prevalecer ao longo de 2020.
A inflação segue estruturalmente benigna já que as pressões de alta vistas ao longo da primeira metade de 2019 decorrem de fatores exógenos, como fatores climáticos e safras. Além disso, diz o banco, a pressão de administrados refletiu maior preço do petróleo. Mas essas pressões já se dissiparam, a atividade segue fraca e as medidas de núcleo (que capta a tendência da inflação) desaceleraram.
Para o BofAML, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerra o ano em 3,8% (3,9% anteriormente) e repete tal leitura também em 2020.
“O atual impulso monetário é mais fraco que o antecipado e o juros pode cair agora. Além disso, as reformas fiscais que estão sendo discutidas no Congresso devem continuar reduzindo a taxa neutra”, diz o banco.
PIB para baixo
Segundo o banco, os indicadores de atividade continuaram decepcionando e os índices de confiança recuaram para os patamares de meados de 2018.
O que explica esse fraco desempenhos são fatores exógenos e estruturais. O banco cita a crise na Argentina, o colapso da barragem da Vale em Brumadinho, quebras de safra e menor crescimento mundial.
Também impactam o crescimento, o fim dos estímulos para-fiscais, o maior desemprego estrutural, um impulso monetário menor que o previsto e uma recuperação mais lenta nas condições de crédito.
“A economia deve ganhar tração junto com o progresso da agenda de reformas no Congresso, mas essa retomada será gradual, já que as reformas estruturais levam tempo para ter impacto na economia.”
FGTS e crescimento
O banco também tece comentários sobre a esperada liberação de parte dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), medida que pode injetar cerca de R$ 30 bilhões na economia, algo como 0,4% do PIB, segundo estimativas do próprio governo.
Essa liberação, ainda a ser confirmada, é um “risco de alta” à projeção do banco de aumento de 0,7% do PIB, mas os analistas da instituição avaliam que é preciso, ainda, avaliar o momento da liberação, bem como que fatia dos recursos será utilizada para pagamento de dívidas, o que limita o impacto sobre a economia.
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro