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Rumo Logística, o ‘trem da alegria’ dos investidores que acreditam que o Brasil vai dar certo

As ações RAIL3 saíram das mínimas de R$ 1,50 em janeiro de 2016 para R$ 19,77 no fechamento da última sexta-feira – 1.218% de alta (e pensar que tem gente que acha que falar em 400% é exagero…) e um monte de bancão revisando o preço-alvo para cima. Há, sim, espaço para mais.

19 de fevereiro de 2019
5:55 - atualizado às 11:27
Trem - Imagem: shutterstock

Não me lembro bem se era fim de 2005 ou começo de 2006, mas um grande amigo, que então trabalhava no departamento de Relações de Investidores (RI) da ALL Logística, operadora ferroviária, me mandou a mensagem: “vem trabalhar com nóis”.

Eu não conhecia muito sobre a ALL, só sabia que a turma do Lemann tinha se metido a maquinista. Apesar de bem cansado do esquema (leia-se “baixo salário”) na PwC, não tinha a menor intenção de me mudar para Curitiba, mas e dei uma estudada na empresa para ao menos saber o que estava recusando.

Uma década depois, em 2015, tive que olhar a empresa profissionalmente – a Rumo Logística, transportadora do grupo Cosan, absorveu a ALL, que andava bem mal das pernas e dava toda pinta de que seria incapaz de seguir sem frente: pelo que parece, não dá para tocar uma ferrovia adicionando água e milho nos trilhos.

Resumindo bastante uma história que está longe de ser simples: por anos, a ALL investiu bem menos do que deveria para manter sua malha eficiente – o baixo nível de Capex (investimento) e o péssimo relacionamento com os reguladores custaram, inclusive, a concessão da empresa na Argentina.

Não há muito segredo: ferrovias são projetos de longuíssimo prazo que demandam muito capital investido. Tentar reduzir custos para melhorar os indicadores no curto prazo não funciona.

Um dos principais clientes da ALL era a Cosan, produtora de açúcar e álcool que utilizava a malha da transportadora para escoar sua produção. A situação ficou dramática e, ou a Rumo assumia as operações, ou a Cosan se veria forçada a entrar na justiça para tentar salvar alguma coisa do contrato de transporte...

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A virada no negócio

Depois da fusão, um plano ambicioso: investimentos de R$ 2,8 bilhões em 18 meses para atualizar e ampliar o material rodante (locomotivas e vagões) e expandir e revitalizar a malha ferroviária como um todo. A ideia era aumentar a eficiência e o volume transportado para aumentar a utilização dos ativos e diluir custos fixos.

De lá para cá, foram investidos pouco mais de R$ 8 bilhões, sendo quase R$ 5 bilhões voltados à expansão das atividades. O resultado demorou, mas veio: 2018 marcou o primeiro ano com lucro (R$ 273 milhões) e, mais importante, com fluxo de caixa livre positivo (R$ 700 milhões), que é o mesmo que dizer que as operações da companhia já são capazes de financiar os investimentos com sobra para remunerar o capital investido.

Além das melhoras realizadas pela nova gestão, o momento é particularmente positivo: as safras recordes nos últimos anos garantiram a demanda enquanto a queda na taxa de juros e a volta da confiança nos mercados brasileiros atraíram capital mais barato, o que faz uma diferença brutal em um negócio que demanda um caminhão (trem!?) de dinheiro apenas para se manter operando.

Se os números do quarto trimestre não trouxeram muitas surpresas, também não decepcionaram e o discurso do release se manteve bem otimista: a colheita de soja começou mais cedo e a expectativa positiva para o milho no segundo semestre prometem outro bom ano.

Enquanto colocava a operação nos trilhos (não resisti ao trocadilho) os gestores conseguiram trazer o endividamento para níveis mais palatáveis: a relação dívida líquida/Ebida saiu de mais de 4x para 2,2x no fechamento de 2018 e, enquanto já se fala em distribuição de 25% de lucros, novos investimentos aparecem no radar.

Ajustar a competitividade da economia brasileira necessariamente passa pela resolução da questão logística no país. Pergunte a qualquer país desenvolvido: não dá para ser competitivo sem uma malha diversificada de transportes – o desenrolar dos efeitos da greve dos caminhoneiros em maio do ano passado escancarou o gargalo logístico no país.

Não à toa, parte do plano do novo governo de modernização da economia brasileira prevê aumento das ferrovias e a Rumo está de olho na Ferrovia Norte-Sul, que promete cortar o Brasil do Pará ao Rio Grande do Sul.

E a ação, como anda?

As ações (RAIL3) também contam uma história de sucesso: das mínimas de R$ 1,50 em janeiro de 2016 para R$ 19,77 no fechamento da última sexta-feira – 1.218% de alta (e pensar que tem gente que acha que falar em 400% é exagero...) e um monte de bancão revisando o preço-alvo para cima. Há, sim, espaço para mais.

Comprar Rumo é acreditar que o Brasil vai dar, ao menos, um pouco certo – juros baixos, investimentos em logística e um pouco mais de segurança jurídica são essenciais para que os pesados investimentos se justifiquem no longo prazo.

Eu, como sou um eterno otimista, acho que vale e tem, inclusive um jeito mais inteligente de comprar Rumo: a Cosan Logística (RLOG3) é uma holding cujo único investimento é uma participação de cerca de 28% na Rumo – negociada a um valor de mercado de R$ 7,3 bilhões, está com desconto de cerca de 17%, justificável pela ineficiência tributária, menor liquidez e custos administrativos da holding.

Em outubro do ano passado, a Rlog soltou fato relevante informado ao mercado que estudava “simplificar a estrutura corporativa”. Poucos dias depois, outro fato relevante informou que havia desistido da operação, mas acredito que a conversa pode voltar à mesa em breve.

Se feita de forma justa, a transação pode ser bastante positivo para quem tiver RLOG3.

Só para deixar tudo às claras: tenho algumas ações de RUMO3 que carrego desde 2015 (vi o valor derreter até o começo de 2016 e depois surfei essa onda toda de valorização) e não tenho intenção alguma de me desfazer da posição.

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