Promessa de ‘afagos’ teria convencido Bolsonaro a aceitar jantar com Trump
No pacote de gestos, a expectativa de auxiliares do Planalto é que Bolsonaro sente-se próximo de Trump

A promessa de gestos de deferência feita por Donald Trump teria convencido o presidente Jair Bolsonaro (PSL) a contornar recomendações médicas e aceitar convite para jantar com o líder do país anfitrião da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
No pacote de afagos, a expectativa de auxiliares do Planalto é que Bolsonaro sente-se próximo de Trump - até mesmo na cadeira ao lado, à direita - e ouça discurso dele com palavras positivas sobre a relação entre os países.
O anúncio do novo encontro com Trump foi feito por Bolsonaro na sexta-feira, 20. "A previsão é sair daqui na segunda e na madrugada de quarta estar de volta. Tem um jantar que devemos comparecer. Estaremos ao lado do Trump, motivo de honra. Tenho conversado muito com ele. Sobre os mais variados assuntos", disse o presidente na entrada do Palácio da Alvorada.
Segundo fonte do Planalto, o jantar será oferecido por Trump a chefes de Estado aliados que estarão em Nova York para o evento da ONU. Bolsonaro teria recusado o primeiro convite ao jantar, por orientação médica, mas foi convencido a mudar de ideia com a promessa de gestos de apoio, dizem auxiliares do presidente. A proposta de Trump a Bolsonaro teria sido feita por meio de assessores.
O Palácio do Planalto não confirma a data do jantar. A comitiva do presidente partirá de Brasília a Nova York na manhã de segunda-feira, 23. Bolsonaro deve discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU, no dia 24. O retorno ao Brasil será no dia seguinte, 25.
O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou que Bolsonaro deve aproveitar o discurso para enviar "recados" à comunidade internacional. A previsão é de que Bolsonaro repita que o governo não tolera crimes ambientais, defenda a soberania no País e mostre dados para reforçar que as queimadas estão na média de anos anteriores. O discurso ainda deve sugerir que há "má vontade" de outros países com a sua gestão.
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A crise ambiental na Amazônia colocou Bolsonaro em disputa com alguns países europeus. O principal embate ocorreu com o presidente da França, Emmanuel Macron. Em discursos, Bolsonaro tem apontado o apoio de Trump como determinante para reduzir a turbulência.
A agenda de Bolsonaro nos Estados Unidos teve de ser encurtada por recomendação médica. Foram canceladas sete reuniões bilaterais, além de encontro com investidores. O Planalto também desistiu de escala em Dallas, no Texas, no dia do retorno ao Brasil.
Bolsonaro se recupera de cirurgia feita no dia 8 de setembro, em São Paulo, para correção de uma hérnia incisional, a quarta operação após facada em um ato de campanha eleitoral há um ano.
O médico Antonio Macedo, responsável pela última cirurgia de Bolsonaro, reavaliou o presidente na sexta, 20, e o liberou para viajar a Nova York. Bolsonaro terá restrições e cuidados especiais, como seguir usando uma meia elástica e recebendo injeções diárias anticoagulantes. Os principais riscos do deslocamento de quase nove horas até Nova York, disse Macedo, envolvem problemas vasculares. Bolsonaro deve ainda evitar ficar sentado no avião. De acordo com médico, ele deve ficar deitado em uma cama da aeronave presidencial e caminhar em alguns momentos durante o voo.
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