Pela primeira vez, Bolsonaro vê rejeição superar aprovação e população demanda pragmatismo
Grupo que considera atuação do presidente ruim ou péssima subiu para 36%, ultrapassando os 34% que consideram o governo bom ou ótimo. Para 57% manifestações do dia 15 tiveram importância
Os tsunamis das últimas semanas causaram estragos na avaliação do governo Jair Bolsonaro. Rodada extraordinária da pesquisa XP/Ipespe mostra que pela primeira vez no ano o grupo de entrevistados que avalia a atuação do governo como ruim ou péssima subiu para 36%, alta de 5 pontos percentuais, superando os 34% que avaliam o governo como ótimo ou bom (era 35%).
Segundo o relatório da pesquisa, com a redução observada entre os entrevistados que avaliam o governo como regular (de 31% para 26%), é provável que pessoas desse grupo tenham migrado para uma opinião negativa sobre o governo. Foram feitas mil entrevistas nos dias 20 e 21 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Também foi captada uma tendência descendente na expectativa da população para o restante do mandato. O grupo de entrevistados que espera que o restante do governo seja ótimo ou bom caiu de 51% na primeira semana do mês, para 47% nessa rodada. Na contramão, também oscilou em 4 pontos percentuais para cima o percentual dos que têm expectativa de que o restante do mandato seja ruim ou péssimo.
De quem é a culpa?
Perguntados sobre de quem é a maior responsabilidade pela atual situação econômica do país, os entrevistamos seguem indicando os governos Lula (31%), Dilma (18%) e Temer (14%), mas o percentual de respostas em Bolsonaro dobrou desde o começo do mês de 5% para 10%.
Leia Também
Não só isso, mas boa parte dos resultados da pesquisa conversa com a percepção da população com relação às notícias sobre o governo.
Para 56%, as notícias envolvendo o governo e o presidente foram mais desfavoráveis na segunda semana do mês contra 45% na primeira. Enquanto as menções de mais favoráveis caíram de 22% para 14%.
Pragmatismo com o Congresso
Pela primeira vez os entrevistados foram convidados a avaliar o andamento da agenda do presidente Bolsonaro junto ao Congresso Nacional.
Apenas 4% dos entrevistados avaliam como satisfatória a execução dos objetivos do governo no parlamento. Enquanto, 35% afirmam que a agenda tem prosseguido lentamente por culpa do governo e do Congresso.
Outros 30% creditam o ritmo lento à atuação apenas do Congresso e 20% culpam só o governo Bolsonaro pela lentidão.
Parece bem acertada a frase de Bolsonaro de que o grande problema do Brasil é a nossa classe política. Ele também se incluiu como parte do problema.
No entanto, a pesquisa mostra uma demanda ou percepção de que Bolsonaro poderia ser mais pragmático na sua relação com o Congresso.
Para 48% dos entrevistados, o presidente deveria flexibilizar suas posições para aprovar sua agenda, ainda que isso signifique se afastar do discurso inicial. Em abril, eram 37% que defendiam tal postura.
Aqueles que falam que Bolsonaro deve endurecer suas posições e seus discurso, ainda que isso signifique dificuldades na relação com o Congresso, caiu, na margem, de 33% para 31%. Vale notar aqui a semelhança percentual entre o ótimo/bom e o grupo que demanda essa postura mais firme do presidente.
Alguma mudança de postura pode ser notada nos últimos dias. Ontem, o presidente pediu para o Senado aprovar sem alteração a MP 870, que reestruturou ministérios e tirou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de Sergio Moro.
A questão do Coaf vinha sendo um cavalo de batalha política e popular dentro do Congresso, mas o gesto do presidente foi importante, ao falar que além de autoridade, o Parlamento tem legitimidade para fazer alterações nos projetos que partem do Executivo.
A importância de Rodrigo Maia
Também foram feitas perguntas específicas sobre a relação de Bolsonaro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Para 40% a relação é vista com ruim ou péssima, contra 36% em abril, e para outros 40% a relação entre os chefes do Executivo e do Legislativo é regular, ante 44% na pesquisa anterior.
Perguntado sobre qual a importância dessa relação entre os dois, 44% dizem sem muito importante, contra 43% em abril. Para 39% ela é importante (38% anteriormente).
Manifestações
Os pesquisadores também buscaram medir a opinião da população sobre os protestos ocorridos no último dia 15 de maio, contra o contingenciamento de verbas do Ministério da Educação.
Bolsonaro chamou os manifestantes de imbecis e idiotas uteis e depois falou que quem não entendia a lógica do contingenciamento era um abutre. Nesta semana, o governo optou por usar uma reserva de orçamentou e poupar o MEC e demais órgãos do Executivo de um novo contingenciamento, após revisar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% para 1,6% em 2019.
Mais da metade dos entrevistados (57%) afirmam que as manifestações tiveram importância, enquanto outros 38% disseram que o movimento não teve relevância.
O que é quase um consenso entre os entrevistados é que novos protestos devem voltar a ocorrer, já que 86% optaram por essa resposta.
Parlamentarismo não
Com Rodrigo Maia afirmando que Câmara e Senado terão uma agenda muito racional de reestruturação do Estado, que não vai mais ficar olhando as redes sociais e guerrilhas virtuais e que o Congresso vai tocar uma agenda de reformas apesar do Executivo, surgiu a percepção de que poderíamos rumar para um parlamentarismo branco.
Dentro desse contexto, os entrevistados foram perguntados sobre uma eventual mudança no sistema de governo do país.
A manutenção do atual sistema de presidencialismo foi defendida por 70% dos entrevistados. Outros 18% concordam que com a mudança para o parlamentarismo.
Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2
Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa
Último confronto em SP: debate de hoje na Globo terá direita dividida entre Nunes e Marçal, em empate triplo com Boulos; veja o que esperar
Marcado para às 22h, o evento poderá ser acompanhado em cobertura ao vivo realizada pelo Estadão, bem como pelos canais da emissora e o portal de notícias G1
Cuidado com o celular: golpes digitais atingiram 24% da população brasileira no último ano, revela DataSenado
De acordo com o estudo “Panorama Político 2024: apostas esportivas, golpes digitais e endividamento”, a distribuição dos golpes é uniforme em todas as regiões do país
Confira as mudanças que o Congresso quer fazer na Lei das Bets para limitar as apostas
Inadimplência das famílias e problemas com vícios em apostas online levaram deputados e senadores a reverem a lei das bets – veja o que muda
Câmara aprova reoneração gradual da folha de pagamento; veja como vai funcionar
A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base que determina a reoneração da folha de pagamento, mas texto-base foi alterado e a decisão final da proposta foi adiada para hoje (12)
Liderados por aliados de Bolsonaro, 150 deputados e senadores entregam hoje pedido de impeachment de Alexandre de Moraes
Deputados e senadores que subscrevem a denúncia atribuem ao ministro suposto “abuso de poder” e também “violação de direitos constitucionais e negligência”
Supensão das ‘emendas pix’: por unanimidade, STF mantém decisão de Flávio Dino
Além das ‘emendas pix’, decisão do STF suspende as emendas impositivas do Congresso ao Orçamento da União
Eleições municipais: Brasil soma quase 8 mil prefeitos e ex-prefeitos condenados por improbidade administrativa
O número representa 33% dos 23.800 punidos com base na lei estabelecida em 1992, que foi alterada em 2021 pelo Congresso Nacional
IVA, cashback, imposto do pecado, carne na cesta básica: entenda a reforma tributária em 11 pontos
Regulamentação da reforma tributária passou na Câmara e agora precisa ser aprovada pelo Senado antes de seguir para sanção presidencial
‘A inteligência artificial só não é mais perigosa que a burrice humana’: o que o presidente do Senado pensa sobre a regulação da IA no Brasil
A proposta é de autoria do próprio Pacheco e tramita na Casa sob relatoria do senador Eduardo Gomes (PL-TO)
Eleições na França: segundo turno da disputa tem extrema-direita forte e ‘frente ampla’ mais organizada
O primeiro turno foi vencido pela extrema-direita do partido Reagrupamento Nacional (RN), com 33% dos votos, a Nova Frente Popular (NFP), de esquerda, levou cerca de 28%
PGBLs e VGBLs escaparam, mas fundos de pensão ainda podem ser taxados; veja o impacto no benefício na aposentadoria
Taxação dos fundos de pensão de estatais e daqueles que as empresas privadas oferecem aos funcionários ainda será debatida no Congresso no âmbito da reforma tributária
Fundos imobiliários de papel e fiagros escapam de taxação na reforma tributária, enquanto FIIs de tijolo terão de escolher entre duas opções
Os FIIs de tijolo são chamados assim por investirem em ativos reais como galpões, shoppings e escritórios
Um jabuti no Drex: Congresso usa PEC da autonomia do BC para preservar cartórios dos impactos do real digital
Jabuti que limita uso do real digital para reduzir burocracia foi inserido na PEC da autonomia do BC durante tramitação na CCJ do Senado
Juro médio no cartão de crédito cai de novo, mas está longe da “meta” estabelecida pelo Congresso; entenda
As taxas apresentadas pelo BC podem sugerir, portanto, que os bancos estejam descumprindo a lei, mas o que acontece é apenas um registro estatístico
Ibovespa entra na última semana do primeiro semestre tentando virar o jogo para a segunda metade do ano
Mercado financeiro terá pela frente uma semana de agenda cheia; ata do Copom, IPCA-15 e Relatório Trimestral de Inflação são os destaques por aqui
Tabata Amaral, pré-candidata à prefeitura de São Paulo, fala com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre privatizações e revela preocupação fiscal com município
A deputada diz que o fato de ser pouco conhecida é o maior desafio da pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo
Exclusivo: Tabata Amaral diz como espera conquistar eleitores de Nunes e Boulos e por que rejeita rótulo de “terceira via”
A deputada diz que o fato de ser pouco conhecida é o maior desafio da pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo
Exclusivo: “Estou assustada com a situação fiscal de São Paulo”, diz Tabata Amaral, que critica gastos de Ricardo Nunes na prefeitura
“Parece que na hora que a bonança chegou, acharam que a responsabilidade fiscal não era mais necessária, disse a pré-candidata à Prefeitura em entrevista ao Seu Dinheiro
Exclusivo: Tabata Amaral se coloca contra privatização da Sabesp (SBSP3) e diz o que fará com contratos herdados da prefeitura
A deputada federal é pré-candidata pelo PSB participou da mais recente edição do Touros e Ursos, o podcast do Seu Dinheiro