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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Novo Governo

Paulo Guedes assume superministério hoje à tarde

Ministros da Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços transmitem cargos em cerimônia em Brasília. Medida Provisória definiu nova estrutura e composição do CMN

Eduardo Campos
Eduardo Campos
2 de janeiro de 2019
10:31
Cerimônia de Nomeação dos Ministros de Estado - Imagem: Marcos Corrêa/PR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, assume o que vem sendo chamado de superministério na tarde desta terça-feira, recebendo os cargos dos ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge. O evento será às 15 horas, no Instituto Serzedello Corrêa, em Brasília.

Editada na noite de ontem, a medida provisória 870 (MP 870) trouxe a nova organização do governo, que reduziu de 29 para 22 o número de Ministérios.

O Ministério da Economia, que será chefiado por Guedes, terá sete Secretarias Especiais e uma assessoria Especial de Assuntos Estratégicos. Como parte da reformulação, a pasta também será a responsável pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A mesma MP também trouxe a reformulação do Conselho Monetário Nacional (CMN), antes composto pelos ministros da Fazenda, Planejamento e presidente do Banco Central (BC). Com Guedes acumulando a Fazenda e o Planejamento foi necessária uma reorganização do colegiado que define, entre outras coisas a meta de inflação a ser perseguida pelo BC.

Agora, além de Guedes e do presidente do BC, o secretário especial da Fazenda terá voto. No caso, o atual secretário especial é Waldery Rodrigues Júnior, que integrava a assessoria especial do Ministério da Fazenda. O secretário especial é subordinado a Guedes.

Secretarias Especiais

Cada Secretaria Especial terá suas próprias secretarias para tocar seus assuntos específicos. Guedes já falou que os secretários terão atribuições parecidas com as dos antigos ministros.

  •  Secretaria Especial de Fazenda, com até quatro secretarias, será comandada por Waldery Rodrigues Júnior
  • Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, com até uma subsecretaria-geral, está com Marcos Cintra, economista que até sua vinda ao governo presidia a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
  • Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, com até duas secretarias, é do deputado Rogério Marinho, que foi relator da Reforma Trabalhista.
  • Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, com até três secretarias, está com Marcos Troyjo, PhD em sociologia das relações internacionais pela Universidade de São Paulo.
  • Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento, com até duas secretarias, está com o empresário Salim Mattar, que esteve no comando da Localiza.
  • Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, com até quatro secretarias, está com Carlos Alexandre da Costa, economista e ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Costa também foi fundador do Ibmec Educacional.
  • Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, com até três secretarias, está sob responsabilidade de Paulo Uebel, advogado que ocupou a Secretaria de Gestão durante o governo de João Doria (PSDB) na prefeitura de São Paulo.

Também estão nessa estrutura, a Secretaria do Tesouro Nacional, que segue sob comando de Mansueto de Almeida, funcionário de carreira do Ipea e ex-secretário de Acompanhamento Econômico no Ministério da Fazenda.  O secretário-executivo, tido como “número dois” do Ministério da Economia, é Marcelo Pacheco dos Guaranys, técnico de carreira do Tesouro Nacional. O economista do Ipea Adolfo Sachsida vai comandar a Secretaria de Política Econômica (SPE). E para secretário-geral Adjunto da Fazenda o nome escolhido foi de Esteves Colnago, atual ministro do Planejamento.

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