Para Campos Neto, Brasil tem posição cambial líquida sólida para enfrentar cenário de crise causada por hermanos
Ao comentar sobre os argentinos, Campos Neto disse que a polarização política tem virado um item importante a ser observado na hora de traçar a política monetária

Com mais de 20 anos de casa no Santander, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse estar em casa ao falar em evento promovido pelo banco hoje (12).
Ao comentar a questão da Argentina, Campos Neto destacou que o Brasil possui uma posição cambial líquida de R$ 326 bilhões e que essa é uma "posição sólida", especialmente para enfrentar o cenário complicado com os "hermanos".
"Hoje é um dia desafiador porque a argentina subiu os juros e está vendendo moeda no mercado, mas o Brasil está preparado para enfrentar esse cenário", afirmou o presidente do BC.
Ao falar sobre receios na parte externa, Campos Neto voltou a dizer que está de olho na tensão comercial, no envelhecimento da população e na polarização política - e que esse último aspecto era um dos responsáveis pelo problema da Argentina.
"Na parte externa, nós temos a tensão comercial, o envelhecimento da população, fatores geopolíticos e a polarização política. O que aconteceu na Argentina hoje é que a moeda se desvalorizou 30%. A polarização política tem virado um fator importante", afirmou o presidente do BC.
IBC-Br
O presidente do Banco Central ainda falou sobre a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) feita hoje (12).
Leia Também
Segundo os dados apresentados, a economia brasileira registrou uma retração de 0,13% no segundo trimestre e que se confirmado o dado da publicação do Banco Central, que é considerada uma prévia do PIB, o país entrará em uma recessão técnica.
Ao comentar sobre o tema, Campos Neto disse que "o IBC-Br não é o crescimento que o Brasil deseja e merece. Quando olhamos o PIB tivemos uma precificação recente para baixo e que deve melhorar no segundo semestre".
Melhora no rating
Ao falar sobre a questão do rating brasileiro, o presidente do Banco Central destacou que o CDS do país corrobora a possibilidade de que haja um upgrade duplo.
Campos Neto finalizou dizendo que o Brasil deve conseguir uma posição melhor de rating com a aprovação das reformas e que o BC continuará acompanhando a tramitação delas.
Queda adicional nos juros
E não é só isso. Para o presidente do Banco Central ainda há espaço para "queda adicional dos juros".
Ele reafirmou que "o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado" e pontuou que a continuidade desse movimento "é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia".
Atualmente, a Selic (a taxa básica de juros) está em 6,00% ao ano, mas Campos Neto voltou a sinalizar que novos cortes podem ocorrer e que tudo deve depender da "evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação".
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano
Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas
Powell na mira de Trump: ameaça de demissão preocupa analistas, mas saída do presidente do Fed pode ser mais difícil do que o republicano imagina
As ameaças de Donald Trump contra Jerome Powell adicionam pressão ao mercado, mas a demissão do presidente do Fed pode levar a uma longa batalha judicial
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Banco Master: Reunião do Banco Central indica soluções para a compra pelo BRB — propostas envolvem o BTG
Apesar do Banco Central ter afirmado que a reunião tratou de “temas atuais”, fontes afirmam que o encontro foi realizado para discutir soluções para o Banco Master
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Pix parcelado já tem data marcada: Banco Central deve disponibilizar atualização em setembro e mecanismo de devolução em outubro
Banco Central planeja lançar o Pix parcelado, aprimorar o Mecanismo Especial de Devolução e expandir o pagamento por aproximação ainda em 2025; em 2026, chega o Pix garantido
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Não haverá ‘bala de prata’ — Galípolo destaca desafios nos canais de transmissão da política monetária
Na cerimônia de comemoração dos 60 anos do Banco Central, Gabriel Galípolo destacou a força da instituição, a necessidade de aprimorar os canais de transmissão da política monetária e a importância de se conectar com um público mais amplo
Banco Master: Compra é ‘operação resgate’? CDBs serão honrados? BC vai barrar? CEO do BRB responde principais dúvidas do mercado
O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, nega pressão política pela compra do Master e endereça principais dúvidas do mercado
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Protege contra a inflação e pode deixar a Selic ‘no chinelo’: conheça o ativo com retorno-alvo de até 18% ao ano e livre de Imposto de Renda
Investimento garimpado pela EQI Investimentos pode ser “chave” para lucrar com o atual cenário inflacionário no Brasil; veja qual é
Nubank (ROXO34): Safra aponta alta da inadimplência no roxinho neste ano; entenda o que pode estar por trás disso
Uma possível explicação, segundo o Safra, é uma nova regra do Banco Central que entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano.
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC