Devo investir na bolsa em 2019? Sim! Com alta projetada para o Ibovespa, você pode ficar até 30% mais rico
Analistas das corretoras dos maiores bancos do país indicam dez ações que devem se beneficiar do cenário de taxa de juros no menor patamar histórico e a perspectiva de uma agenda liberal no governo Bolsonaro
Com uma valorização de 11,4% até a última quarta-feira (26), o desempenho da bolsa neste ano foi bom, mas ficou a impressão de que poderia ter sido ainda melhor. E para 2019, vale a pena investir em ações?
A resposta curta e grossa é "sim". Com a taxa de juros no menor patamar histórico e a perspectiva de uma agenda liberal no governo de Jair Bolsonaro, 2019 tem tudo para ser mais um ano de alta para a bolsa.
Conversei nos últimos dias com especialistas das corretoras dos maiores bancos do país. E todos se mostraram otimistas com o desempenho da bolsa em 2019.
Existem riscos? Como sempre, e o mês de dezembro está aí para comprovar. Mas quem estiver disposto a encarar as incertezas locais e externas pode ficar de 17% a 30% mais rico no fim do ano que vem, de acordo com as projeções para o Ibovespa no fim do ano que vem.
Onde investir em 2019
Esta matéria faz parte de uma série de reportagens sobre onde investir em 2019, com as perspectivas para os diferentes ativos. São eles:
- Ações (você está aqui)
- Imóveis
- Fundos imobiliários
- Tesouro Direto
- Renda fixa, além do Tesouro Direto
- Criptomoedas
- Câmbio
Leia a seguir um panorama completo do que esperar na bolsa de valores em 2019 e quais as ações com maior potencial de valorização.
Leia Também
Crescimento econômico deve ser o motor
O comportamento das principais ações na bolsa no ano que vem deve se dar de forma oposta ao que aconteceu ao longo de 2018, me disse Luiz Cherman, estrategista de renda variável para o Brasil do Itaú BBA.
Isso significa que as produtoras de commodities, como as empresas de papel e celulose, devem andar menos em 2019 com a expectativa de um menor crescimento global.
"Existe muita incerteza sobre o preço e o desempenho da economia da China", disse Cherman.
Já as ações de setores que dependem mais da economia interna, como bens de consumo, educação e bancos, que ficaram para trás neste ano, agora estão entre as principais promessas de ganho na bolsa.
Essa aposta é baseada na perspectiva de melhora da economia em 2019. A projeção média para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem é de 2,5%, de acordo com o levantamento mais recente feito pelo Banco Central.
"De certa forma, em 2019 deve acontecer o que estava previsto para 2018", afirma Ricardo Peretti, estrategista da Santander Corretora.
As ações das varejistas, como Lojas Renner e Pão de Açúcar, são as apostas mais óbvias nesse contexto. Mas os analistas apontaram outros papéis que podem ganhar com a recuperação da economia, como os da locadora de veículos Localiza e das empresas de shopping center Multiplan e Iguatemi. Eu separei todas as recomendações em uma tabela que você lê logo abaixo.
Estatais e bancos
De grande fator de incerteza, o cenário político se tornou um trunfo para quem quer investir na bolsa. Isso porque tanto Jair Bolsonaro como os governadores eleitos em Estados-chave, como Minas Gerais e São Paulo, devem adotar gestões profissionais nas empresas estatais.
Não por acaso, as ações das companhias controladas pelo governo estão entre as maiores altas da bolsa desde o resultado das eleições. Mas os analistas veem espaço para mais valorização com a possibilidade de ganhos de eficiência nas empresas com cortes de custos.
Outro gatilho para a alta das estatais seria uma possível privatização. Mas a recomendação para as ações não contempla esse cenário, segundo o estrategista do Santander.
Quem também deve se beneficiar da melhora da economia em 2019 são os bancos. A aposta aqui é na retomada das concessões de crédito e menor inadimplência - o que significa mais receita para as instituições financeiras.
Ou seja, os lucros dos bancos, para variar, devem ser bem gordos no ano que vem. E você pode se beneficiar desse movimento se tornando sócio de um deles. Mas qual ação comprar?
Os analistas não podem recomendar os papéis dos próprios bancos, mas eles foram unânimes ao indicar a compra de Banco do Brasil - que ainda tende a ganhar pelo fato de ser estatal.
Vento de cauda
Não são apenas os bancos que devem ter melhora nos lucros. A expectativa é que as principais empresas listadas na bolsa registrem um lucro 30% maior em 2019, segundo André Carvalho, chefe de análise de ações do Bradesco BBI.
Boa parte do resultado deve vir do que o mercado chama de "alavancagem operacional". Em outras palavras, trata-se da capacidade das empresas de aumentarem suas receitas com a mesma base de custos. Isso acontece, por exemplo, quando uma companhia aérea aumenta a ocupação dos voos.
"Esse é um vento de cauda [a favor] que dá uma sustentação à bolsa maior do que muita gente imagina", afirma Carvalho.
E os riscos?
Existe o risco de o cenário esperado pelos analistas não se concretizar e você perder dinheiro? Claro que sim. Então vamos a eles.
O primeiro e mais relevante é o de o governo Bolsonaro não conseguir levar adiante a agenda de reformas na economia.
O cenário-base com o qual os analistas trabalham é o de que a reforma da Previdência será aprovada no ano que vem. Se não a reforma ideal, ao menos a possível.
Para o analista do Bradesco BBI, com os altos níveis de aprovação de hoje, Bolsonaro tem uma janela de um ano para aprovar os ajustes necessários no Congresso.
"Qualquer evento que afete a popularidade do governo torna a janela para as reformas mais estreita", diz Carvalho.
A urgência para a aprovação das reformas também aumenta dependendo de como vai se comportar o cenário externo. Esse é o segundo grande risco no radar que você precisa ficar de olho em 2019.
O grande temor dos investidores lá fora é que a economia global encare uma forte desaceleração em 2019. Para piorar o drama, o Fed (banco central americano) não passou recibo para o mercado e sinalizou que vai seguir com os aumentos na taxa de juros - ainda que em um ritmo mais lento.
Para Cherman, do Itaú BBA, a bolsa brasileira tem chances de se descolar do exterior se o tombo lá fora não for muito grande. Desde que, é claro, as reformas sejam aprovadas.
Conforme a pauta do novo governo avançar no Congresso, o investidor estrangeiro deve perder o receio e voltar à bolsa brasileira, o que pode ser impulso adicional para as ações.
"Depois do que aconteceu na Argentina e na França, o investidor se cansou de promessas", diz o estrategista do Santander. Se o estrangeiro vier, puxará para cima o preço dos ativos - e quem estiver comprado em ações vai surfar na maré alta.
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas