Compra de operação móvel da Oi pode ser estratégica para teles brasileiras, diz BTG
Relatório divulgado pelo BTG Pactual analisa a importância estratégica da operação móvel da Oi e de sua importância para a consolidação da concorrência já estabelecida
A Oi, terceira maior operadora em atividade no país (em receitas), está no meio de um furacão. Em recuperação judicial desde 2016, a empresa passa por momentos delicados que colocam em risco o futuro da companhia — e a possibilidade de uma intervenção do governo nas operações da companhia volta a assombrar o mercado.
- LANÇAMENTO: Pela primeira vez um curso completo de análise gráfica acessível para qualquer pessoa. Apenas 97 vagas no preço promocional. Veja agora
No meio de toda a incerteza envolvendo a Oi, é natural que haja muita especulação a respeito do seu futuro. Nos últimos dias, diversos veículos noticiaram o interesse da espanhola Telefónica (dona da Vivo), da americana AT&T e da chinesa China Mobile, embora quase todos esses eventuais flertes tenham sido negados oficialmente.
A situação da Oi é especialmente sensível porque está previsto para 2020 o leilão do 5g no Brasil — assim, os ativos da empresa possuem importância estratégica para quem pretende estar bem posicionado no setor de telecomunicações brasileiro. Nesse cenário, o BTG Pactual analisa que a aquisição da Oi por um player doméstico ou global pode mexer com o jogo de forças do segmento no futuro.
E se?
Num relatório em que analisa possíveis cenários para as telecomunicações brasileiras, o BTG pondera que uma transação envolvendo a Oi, em sua totalidade ou apenas a sua operação móvel, seria muito estratégica para as teles brasileiras - Telefônica Brasil / Vivo, Claro e Tim.
Além de acesso ao grande alcance da companhia, as empresas se beneficiariam do bloqueio de um novo concorrente estrangeiro no país. A entrada de uma nova operadora pode pode colocar pressão nas margens de lucro operadas no setor, o que acarretaria em uma lucros menores, mesmo que mantenham a liderança no setor no longo prazo, como o que ocorreu no México em 2014.
O relatório usa como exemplo a compradas operações de telefonia móvel da Nextel México pela AT&T. Após quatro anos da transação, a América Móvil — controladora da Claro — continua dominando o mercado, mas sua participação de mercado caiu de 70% para 64%.
Leia Também
Mas tudo tem o seu preço: para defender a sua fatia no mercado, a América Móvil foi obrigada a derrubar a sua margem de lucro, que passou de 44% para 33% em 5 anos.
E os estrangeiros?
Nos últimos dias, diversos veículos informaram que tanto a AT&T e a China Mobile, com o apoio da gigante de tecnologia Huawei, poderiam estar interessados em adquirir as operações da brasileira Oi. É difícil cravar se o interesse é real ou se as conversas irão evoluir — mas, independente de quem for a nova empresa, terá muito trabalho pela frente.
As empresas também se encontram em meio a um entrave tecnológico entre Estados Unidos e China. De olho no leilão do 5G brasileiro, que deve acontecer em 2020, a presença da China Mobile seria estratégica para a Huawei, que já detém um terço da infraestrutura de redes de telefonia móvel no país.
Para o BTG, uma nova entrante no mercado de telecomunicações brasileiro precisará de uma base forte para competir com as empresas já estabelecidas. Elas precisariam de tempo para se estabelecer antes de uma proposta, o que poderia ser fatal para as atuais concorrentes no mercado.
"A TIM estaria em uma posição delicada, já que ficaria apenas como uma operadora móvel competindo contra outras três gigantes. Eles possuem muito em jogo e arriscar um desfecho desfavorável quando a Oi está claramente a venda é um risco muito grande a se tomar", diz o relatório.
Questão de alcance
Barrar um novo adversário no jogo não é a única vantagem para as operadoras brasileiras. Um dos bens mais valiosos da Oi e que seriam importantes para suas concorrentes, principalmente a Claro, é o seu alcance. A companhia controla 92Mhz de espectro nas bandas de 20Mhz, 24Mhz, 43 Mhz e 900 Mhz.
Após a compra da Nextel pela Claro, a companhia controla 170Mhz do espectro. "O espectro da telefonia móvel é uma grande vantagem competitiva e seria natural que a Vivo e especialmente a TIM procurem diminuir a diferença".
Não são somente esses números que podem interessar aos concorrentes da Oi. Com 37,5 milhões de usuários móveis, a empresa gerou R$ 8 bilhões em vendas no ano passado. Só a TIM acumularia um crescimento de 50% nas vendas caso adquirisse as operações da empresa.
A sinergia dos negócios seria benéficos para qualquer uma das teles, até mesmo para a Vivo, que hoje tem vendas que superam a casa dos R$ 50 bilhões.
Quer pagar quanto?
Para o BTG, a operação móvel da Oi pode chegar a valer mais de R$ 15 bilhões. A razão? O seu caráter estratégico para as outras teles devem levar suas concorrentes a desembolsarem de 6 a 8 vezes EV/EBITDA (divisão do valor atual de mercado pelo Ebitda dos últimos 12 meses) pela fatia da companhia.
Com um Ebitdade R$ 2,5 bilhões em 2018, se mantida a proporção apresentada, a empresa poderia captar de R$ 15 a R$ 20 bilhões.
Concentração de mercado pós-Oi
Não dá para falar sobre a fusão de grandes empresas sem estudar a situação do mercado após a operação, ponto que preocupa muitas pessoas e os órgãos regulatórios, e que deve virar pauta se o processo vir a ocorrer.
Caso a operação aconteça dentro de casa, o número de teles nacionais passariam de 4 para 3. Com cobertura nacional, a Oi controla apenas 16% dos assinantes e 11% do total de vendas do setor, número muito abaixo do visto pelas suas concorrentes. Atualmente, a Vivo é a líder, com 41% do mercado, seguido pela TIM e Claro com respectivamente 25% e 23% de participação no mercado móvel.
Neste caso, em escala regional, a Vivo poderia ser a melhor alternativa para a Oi no Nordeste, pensando em medidas antitruste. No Sudeste e Centro-Oeste e Norte do país, a união com a TIM criaria uma força, mas não a ponto de dominar totalmente o mercado. Para o Sul, a melhor alternativa para a empresa seria a Claro.
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma
As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) planeja grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’; saiba como será a operação
Empresa divulgou um cronograma preliminar após questionamentos da B3 no início deste mês sobre o preço das ações ordinárias de emissão da varejista
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais
Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Devendo e apostando: 29% dos inadimplentes jogaram em bets para ganhar dinheiro rápido, diz Serasa
Estudo mostra que 46% dos inadimplentes na base da Serasa já apostaram pelo menos uma vez na vida
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais