O outro lado dos R$ 9 bilhões do Tesouro Direto
Vencimento histórico de títulos indexados ao IPCA somou R$ 88 bilhões e elevou “operações compromissadas” do BC pela primeira vez acima de R$ 1,4 trilhão

Toda história tem dois lados. Sem “comprados” não há “vendidos” e vice-versa. Até mesmo para uma aplicação financeira bem-sucedida como o Tesouro Direto, o resultado tem dois lados.
Nesta quarta-feira (15), a instituição promoveu o maior vencimento de títulos da história do Tesouro Direto. R$ 9 bilhões foram distribuídos entre 122 mil investidores que adquiriram NTN-B (título público que paga juro mais inflação) e não se desfizeram do ativo.
A NTN-B com vencimento em 15 de maio de 2019 foi emitida em janeiro de 2013 e esse título esteve à venda no site do Tesouro até fevereiro de 2017.
Esses R$ 9 bilhões, nada menos que 30 vezes o prêmio da última Mega-Sena conquistada por um único apostador e seu bilhete de R$ 3,50, é um grão de areia no deserto da dívida pública mobiliária brasileira, de quase R$ 4 trilhões. Mesmo comparado ao resgate total da NTN-B maio de 2019 (R$ 88 bilhões), o vencimento do Tesouro Direto é modesto.
Do resgate integral desse vencimento da quarta-feira, 90% foram pagos a outros investidores. Entre eles, bancos.
Ao contrário de investidores pessoas físicas, as instituições financeiras não costumam embolsar o dinheiro dos resgates, mas reinvestir imediatamente. Inclusive os R$ 9 bilhões que vieram do Tesouro Direto, se ainda não voltaram a financiar o governo, provavelmente voltarão. Ainda que via outros instrumentos disponíveis no mercado, como fundos de investimentos.
Leia Também
E o melhor termômetro sobre essa migração de recursos ainda é o estoque de “operações compromissadas” do Banco Central (BC) com o mercado financeiro.
Na manhã de ontem, as vendas temporárias de títulos públicos pelo BC (venda condicionada ao compromisso de recompra pela autoridade monetária em data futura) ultrapassaram pela primeira vez a marca R$ 1,4 trilhão.
Nesta quinta-feira, o Banco Central já realizou seu leilão praticamente diário de “compromissadas”. E, dessa forma, garantiu o refinanciamento de R$ 399,924 bilhões de dívida do governo por 1 dia. Amanhã, esses recursos estarão de volta ao sistema bancário e (muito) provavelmente a instituição realizará operação semelhante à de hoje.
Antenor Ramos Leão, consultor da Terra Investimentos, especialista em negociação de títulos públicos federais, calcula que R$ 1,079 trilhão das “operações compromissadas” do Banco Central vencem até novembro.
Como declarar renda fixa — como CDB, Tesouro Direto, LCI, LCA e mais — e COE no imposto de renda 2025
Títulos de renda fixa — mesmo os isentos! — e Certificados de Operações Estruturadas (COE) são declarados de forma semelhante. Veja como informar o saldo e os rendimentos dessas aplicações financeiras na sua declaração
Renda fixa para abril chega a pagar acima de 9% + IPCA, sem IR; recomendações já incluem prefixados, de olho em juros mais comportados
O Seu Dinheiro compilou as carteiras do BB, Itaú BBA, BTG e XP, que recomendaram os melhores papéis para investir no mês
JP Morgan eleva avaliação do Nubank (ROXO34) e vê benefícios na guerra comercial de Trump — mas corta preço-alvo das ações
Para os analistas do JP Morgan, a mudança na avaliação do Nubank (ROXO34) não foi fácil: o banco digital ainda enfrenta desafios no horizonte
BRB vai ganhar ou perder com a compra do Master? Depois de S&P e Fitch, Moody’s coloca rating do banco estatal em revisão e questiona a operação
A indefinição da transação entre os bancos faz as agências de classificação de risco colocarem as notas de crédito do BRB em observação até ter mais clareza sobre as mudanças que podem impactar o modelo de negócios
FII PVBI11 cai mais de 2% na bolsa hoje após bancão chinês encerrar contrato de locação
Inicialmente, o contrato não aplicava multa ao inquilino, um dos quatro maiores bancos da China que operam no Brasil, mas o PVBI11 e a instituição chegaram a um acordo
Banco Master: Reunião do Banco Central indica soluções para a compra pelo BRB — propostas envolvem o BTG
Apesar do Banco Central ter afirmado que a reunião tratou de “temas atuais”, fontes afirmam que o encontro foi realizado para discutir soluções para o Banco Master
A compra do Banco Master pelo BRB é um bom negócio? Depois da Moody’s, S&P questiona a operação
De acordo com a S&P, pairam dúvidas sobre os aspectos da transação e a estrutura de capital do novo conglomerado, o que torna incerto o impacto que a compra terá para o banco público
O ativo que Luis Stuhlberger gosta em meio às tensões globais e à perda de popularidade de Lula — e que está mais barato que a bolsa
Para o gestor do fundo Verde, Brasil não aguenta mais quatro anos de PT sem haver uma “argentinização”
Lucro do Banco Master, alvo de compra do BRB, dobra e passa de R$ 1 bilhão em 2024
O banco de Daniel Vorcaro divulgou os resultados após o término do prazo oficial para a apresentação de balanços e em meio a um negócio polêmico com o BRB
Banco Master: Compra é ‘operação resgate’? CDBs serão honrados? BC vai barrar? CEO do BRB responde principais dúvidas do mercado
O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, nega pressão política pela compra do Master e endereça principais dúvidas do mercado
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Conservador, sim; com retorno, também: como bater o CDI com uma carteira 100% conservadora, focada em LCIs, LCAs, CDBs e Tesouro Direto
A carteira conservadora tem como foco a proteção patrimonial acima de tudo, porém, com os juros altos, é possível aliar um bom retorno à estratégia. Entenda como
Impasse no setor bancário: Banco Central deve barrar compra do Banco Master pelo BRB
Negócio avaliado em R$ 2 bilhões é visto como ‘salvação’ do Banco Master. Ativos problemáticos, no entanto, são entraves para a venda.
Nubank (ROXO34): Safra aponta alta da inadimplência no roxinho neste ano; entenda o que pode estar por trás disso
Uma possível explicação, segundo o Safra, é uma nova regra do Banco Central que entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano.
Banco de Brasília (BRB) acerta a compra do Banco Master em negócio avaliado em R$ 2 bilhões
Se o valor for confirmado, essa é uma das maiores aquisições dos últimos tempos no Brasil; a compra deve ser formalizada nos próximos dias
110% do CDI e liquidez imediata — Nubank lança nova Caixinha Turbo para todos os clientes, mas com algumas condições; veja quais
Nubank lança novo investimento acessível a todos os usuários e notificará clientes gradualmente sobre a novidade
Empréstimo consignado para CLT passa de 35 milhões de simulações em apenas 3 dias. Confira tudo o que você precisa saber sobre o crédito
Nova modalidade de empréstimo consignado para trabalhadores CLT registrou 35,9 milhões de simulações de empréstimo
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Fundador do Nubank (ROXO34) volta ao comando da liderança. Entenda as mudanças do alto escalão do banco digital
Segundo o banco digital, os ajustes na estrutura buscam “aumentar ainda mais o foco no cliente, a eficiência e a colaboração entre países”