O evento que deve acelerar o preço do bitcoin em 2020
O Halving é um evento que se passa a cada quatro anos e costuma afetar diretamente a cotação do bitcoin. O episódio de 2020 será o terceiro da história. Em 2012 e 2016, trouxe alegrias ao investidor.
Pegue um dicionário inglês-português de sua preferência. Com ele em mãos, dê um pulo na letra “h” e invista um minuto do seu tempo na palavra “halve”. Invista, sim, porque ao final dessa história esse verbo vai fazer todo o sentido. Agora que descobrimos que o significado de “halve”, em português, é “metade”, vamos em frente.
Mas... “Metade” e “investimento” combinam? No universo das moedas digitais, não só combinam como são capazes de gerar bons lucros. Nesse mercado, halve só faz sentido quando escrito no formato de gerúndio: halving. E com a primeira letra maiúscula, “Halving”.
O Halving é um evento que se passa a cada quatro anos e costuma afetar diretamente a cotação do bitcoin, a principal moeda digital em circulação no planeta. O último Halving aconteceu em 2016 e o próximo ocorre em 2020. Para os investidores, ele tem grande importância, porque a cada Halving a taxa de emissão de novos bitcoins cai pela metade – já vamos explicar melhor essa matemática – e isso, é claro, tende a mexer no sobe e desce da criptomoeda.
“O Halving é sempre muito esperado nesse mercado”, afirma Luan Fino, gerente de Investimentos do Atlas Quantum, uma plataforma que utiliza uma tecnologia de ponta para operar no criptomercado. Presente em mais de 50 países, o Atlas Quantum tem 23 mil usuários e mais de US$ 60 milhões sob gestão – o que equivale, por sinal, a algo como 7,5 mil bitcoins na cotação de 03 de junho.
Luan é o responsável pela área de asset management do Atlas Quantum, um time de 20 profissionais que gere o dinheiro alocado na empresa. Mas essa turma não está sozinha. Eles contam com uma tecnologia de ponta, lembra? Trata-se de um algoritmo que trabalha em tempo integral, inclusive aos fins de semana, para mapear o preço do bitcoin em diferentes mercados e corretoras. Essas diferenças de preço – conhecidas no mundo financeiro como arbitragem – existem, e é justamente nelas que a mágica do Atlas Quantum acontece.
Quem confirma? Os números. Em 2018, o Atlas Quantum entregou uma rentabilidade de 62,3% aos seus clientes. Isso durante um período em que o preço médio do bitcoin caiu quase 80% e o Ibovespa, para comparação, subiu 15%. “A arbitragem possibilita ganhos que ‘amortecem’ as variações da moeda, mesmo quando ela está em queda”, explica Bruno Peroni, diretor comercial do Atlas Quantum. “Apesar da queda de 2018, a projeção de longo prazo do bitcoin é de alta”, completa Luan. Em 2019, a moeda subiu aproximadamente 100% até agora.
Mas estamos desviando o caminho da conversa daquilo que mais interessa aos investidores: as oportunidades do Halving de 2020.
Por trás das engrenagens
No universo do bitcoin, portanto, o Halving é esse cometa que passa a cada quatro anos e deve ser observado com atenção. Mas, para avaliarmos as oportunidades que o evento representa, é preciso entender como funciona a engrenagem dessa criptomoeda. O episódio de 2020 será o terceiro Halving da história. Antes, ele ocorreu em 2012 e 2016. Repare, no gráfico abaixo, o que aconteceu nesses Halvings anteriores.
Na primeira ocasião, em 2012, o Halving ajudou a provocar uma subida abrupta do preço do bitcoin. Na segunda, em 2016, fez uma curva de cotação que caminhava de maneira estável imbicar para uma tendência de alta. Mas, afinal, por que isso acontece?
Para responder essa pergunta, vamos voltar um pouco no tempo. O ano é 2008. E o sentimento, nos mercados financeiros, é de fim do mundo. Com a crise imobiliária nos Estados Unidos e a quebra do Lehman Brothers, um terremoto nascido no ambiente das bolsas de valores se propagou rapidamente para a economia real. As notícias vindas de Nova York atingiram instantaneamente a Europa e a Ásia, criaram ondas de choque nos países em desenvolvimento e deixaram uma sensação generalizada de que o mercado financeiro não era um negócio tão seguro assim.
Em meio à crise de confiança, surge um personagem ilustre: Satoshi Nakamoto. Com a identidade sob sigilo – até hoje não se sabe se é homem, mulher ou um grupo de pessoas –, Nakamoto publicou na internet um documento de nove páginas. Nele, estava a primeira menção ao bitcoin, um “sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer”, ou seja, ponto a ponto. Sem intermediários. Em outras palavras, sem a interferência de bancos centrais de quaisquer países, ou de instituições financeiras multinacionais.
E, na teoria de Nakamoto, existia um ponto importantíssimo: esse sistema monetário seria deflacionário. “Ele não teria alguns males dos sistemas financeiros tradicionais, como a inflação”, explica Luan, do Atlas Quantum.
Trocando em miúdos, Nakamoto bolou um mecanismo engenhoso para criar novos bitcoins ao longo do tempo. Trata-se de um processo conhecido como “mineração” virtual. Nele, os “mineradores” participam de uma espécie de competição global para solucionar problemas matemáticos complexos. Isso serve para validar as transações realizadas com a moeda. Mas os bitcoins criados por esse processo não são infinitos. E aí voltamos ao Halving.
De acordo com aquele documento de nove páginas, serão criados (ou minerados) somente 21 milhões de bitcoins no mundo. Atualmente, existem pouco mais de 17 milhões em circulação – que já servem para comprar relógios de luxo, comer sanduíches em fast foods, fazer doações a ONGs e acessar outros incontáveis produtos e serviços mundo afora. “Esses 21 milhões serão alcançados no ano de 2140”, explica Peroni, do Atlas Quantum.
Acontece que, a cada quatro anos, a taxa de emissão de bitcoins cai pela metade. A isso se chama Halving. E é por causa dele que o sistema é deflacionário. Como você sabe, a emissão de qualquer moeda tende a gerar inflação, assim a queda nessa emissão tem efeito contrário. Além disso, o Halving, por reduzir o número de novos bitcoins, valoriza (se tudo o mais for mantido constante) a moeda no mercado. É a lei de oferta e demanda. E é por isso que esse evento desperta tanto interesse dos investidores.
Existe, ainda, outro brilhantismo do conceito. Se os bitcoins minerados caem pela metade a cada quatro anos, por que as pessoas que emprestam seu poder computacional ao sistema vão continuar minerando a moeda? A recompensa deles, afinal, se torna menor após esse evento, certo? Bom, não é bem assim. Um minerador não vai se importar em receber menos bitcoins se o valor da criptomoeda subir no mercado. E é exatamente isso o que tem acontecido, em mais de uma década na qual essa teoria tem funcionado perfeitamente.
No primeiro Halving, em 2012, a recompensa por bloco de bitcoin minerado passou a ser de 25 bitcoins. Em 2016, o pagamento caiu para 12,5. Após 2020, ele será de 6,25. “O aumento da escassez do bitcoin, aliado à popularização da moeda, à entrada de investidores institucionais nesse mercado e a regulamentações favoráveis, resulta na alta do preço do ativo”, avalia Luan, do Atlas Quantum.
Entendeu por que, no mundo da criptomoeda, é possível que “metade” possa significar “multiplicar” o ganho dos investimentos? No entanto, convém lembrar algumas máximas de qualquer aplicação financeira. Número um: rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Dois: retornos maiores normalmente estão associados a algum tipo de risco. Três: “investimento” e “longo prazo” são palavras que costumam ter afinidade. Tudo isso dito, a oportunidade do Halving de 2020 está aí, e – para quem procura boas oportunidades de retorno – ele pode ser um evento que vale a pena marcar no calendário.
Se você é entusiasta do mundo de criptomoedas, deixo aqui um convite. Dê uma olhada no site do Atlas Quantum para conhecer uma forma diferente de investir em bitcoin.
Em breve, voltarei a esse espaço para contar como é, na prática, a experiência de aplicar em bitcoins usando o algoritmo de arbitragem do Atlas Quantum. Dúvidas? Fale comigo no email mcapela@seudinheiro.com
Abraços e até breve!