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Eduardo Campos
Diário dos 100 dias
Eduardo Campos conta os bastidores do início do governo
Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
dia 71

Não tem como fugir

Bolsonaro sempre soube que negociações envolvem verbas e cargos, a questão é até que ponto ceder

Eduardo Campos
Eduardo Campos
12 de março de 2019
18:00 - atualizado às 16:56

O presidente Jair Bolsonaro é político de carreira e sabe que não tem como fugir das emendas impositivas e nomeações para cargos políticos. Como disse o ex-senador e ex-líder de quatro governos, Romero Jucá, em entrevista à “Folha de S.Paulo”, o discurso eleitoral de rejeitar a articulação com partidos é um âncora puxando o governo para baixo. “Ou eles cortam a âncora ou não vai ver base partidária.”

O dilema, como discutimos aqui, é até onde ceder, ou cortar essa âncora, em nome da tal governabilidade e não decepcionar um eleitorado e um discurso contra a “velha política”. É disso que o presidente se ocupou ao longo do dia.

No “Twitter”, o presidente disse que a liberação de emendas “segue o rito constitucional”. Depois, voltou ao tema, após evento com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, afirmando que não veremos mais negociações parlamentares “no nível que existia no passado” e que nomeações terão se ser de “pessoas técnicas e competentes”. Ainda de acordo com Bolsonaro, a articulação não é importante para o governo, mas sim para o Brasil, pois se reforma da Previdência, o país “corre sério risco no tocante ao futuro”.

https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1105428695739785216

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