Mudanças importantes a caminho? Vice-presidente do FED diz que instituição está revendo maneira como conduz política monetária
Outra coisa que deve ser discutida é a definição da meta da inflação, de 2% ao ano, segundo Clarida. Para o especialista, o órgão continua a ter como objetivo os 2% ao ano, mesmo que tenha acontecido algo fora do comum no ano anterior. Na opinião do vice-presidente, o BC deve reagir se a inflação ficar abaixo da meta
Depois de um período de muitas polêmicas envolvendo o FED e o possível aumento dos juros nos Estados Unidos, o vice-presidente do órgão, Richard Clarida, sinalizou hoje (22) algumas mudanças importantes na conduta do órgão em discurso em Nova Iorque, promovido pela Universidade de Chicago. Segundo ele, o Federal Reserve está fazendo uma revisão da maneira como conduz a política monetária, diante dos desafios enfrentados pelos bancos centrais mundo afora para que as taxas de juros permaneçam abaixo do que eram no passado.
Em sua fala, o vice-presidente destacou que o FED vai organizar audiências para ouvir a sociedade, desde de empresários até acadêmicos. A primeira da série de eventos será feita já na próxima segunda-feira (25), em Dallas. Já a segunda deve ocorrer em abril.
Outra coisa que deve ser discutida é a definição da meta da inflação, de 2% ao ano, segundo Clarida. Para o especialista, o órgão continua a ter como objetivo os 2% ao ano, mesmo que tenha acontecido algo fora do comum no ano anterior. Na opinião do vice-presidente, o BC deve reagir se a inflação ficar abaixo da meta.
Outro ponto é a revisão de ferramentas que possam ser utilizadas quando houver ciclos de contração previstos para os próximos anos, e que a instituição não se veja em condições de cortar os juros tanto quanto deseja. Uma das opções, nesse caso, seria semelhante a utilizada pelo Banco do Japão, que estabeleceu um teto temporário para os juros de longo prazo, referenciado nos bônus de dez anos com promessas de recompra deles a um preço definido antes.
Segundo o vice-presidente do FED, essa foi uma das ferramentas pensadas depois da crise que abalou o mundo em 2018, mas ela acabou não indo para frente.
A comunicação também é outro ponto de atenção e que deve ser revisto em breve. De acordo com Clarida, o FED deve começar a ver isso na próxima semana e as conclusões sobre o tema devem ser apresentadas no primeiro semestre do ano que vem.
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*Com informações do Estadão Conteúdo
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