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Quem manda na taxa sou eu

Mercado dizer onde quer a taxa de juros não nos força a agir, diz dirigente de Fed

Presidente da distrital de Nova York, John Williams, disse acreditar que a política monetária está em tom neutro

Estadão Conteúdo
6 de junho de 2019
15:42 - atualizado às 19:02
Fed banco central americano
Sede do Federal Reserve (Fed) - Imagem: Federal Reserve

O presidente da distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), John Williams, reconheceu estar "claro" para onde os mercados "querem" que a taxa básica de juros vá. "Mas isso não nos força a agir" de acordo com essa visão, afirmou nesta quinta-feira em evento no Conselho para Relações Exteriores, em Nova York.

Tratou-se de uma resposta à pergunta de um membro da plateia sobre se, no cenário de, daqui a um ano, a ponta longa da curva de juros ainda estar abaixo dos atuais juros básicos - estes na faixa entre 2,25% e 2,50% -, o Fed não passaria a estar com uma política monetária "apertada demais" e se veria obrigado a cortá-la.

Antes do questionamento, Williams havia confirmado que a atual inversão da curva de juros dos Treasuries na porção entre a T-bill de 3 meses e a T-note de 10 anos é "um dos vários fatores" que ele monitora ao pensar em política monetária.

"Minha visão é que estamos no nível neutro", comentou Williams sobre a atual taxa. "No mundo atual, pode ser que tenhamos de manter as taxas (básicas) ou pode ser que tenhamos de ajustá-las."

Segundo o presidente do Fed de Nova York, a política monetária está atualmente em uma fase em que ela não pode ser "tão firme".

Sobre a economia americana, Williams revelou ter um cenário-base de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de entre 2% e 2,25% em 2019.

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