Lucro líquido da Vale no 3º trimestre vem acima do esperado e atinge R$ 8,3 bilhões
Um dos destaques do balanço foi a redução na dívida, que se aproximou da meta estabelecida pela companhia

A Vale apresentou nesta quarta-feira, 24, um balanço bem animador para seus acionistas. O lucro líquido recorrente da mineradora fechou o 3º trimestre em R$ 8,309 bilhões, valor 24,7% maior do que os R$ 6,661 bilhões apurados no mesmo período do ano passado.
O lucro recorrente também ficou acima da projeção média de analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam um resultado positivo de R$ 7,006 bilhões entre julho e setembro. Esse indicador (lucro líquido recorrente) é mais usado pelos investidores para avaliar se a empresa teve um bom desempenho, já que exclui do resultado fatores extraordinários do período, tais como a variação cambial e swap da dívida.
Já o lucro líquido contábil da Vale fechou o trimestre em R$ 5,6 bilhões, queda de 21,5% em relação aos R$ 7,14 bilhões do mesmo período de 2017.
Veja os principais números consolidados comparados com as estimativas de analistas consultados pela Bloomberg:
- Lucro líquido recorrente atingiu R$ 8,309 bilhões, alta de 24,7% em relação ao 3º trimestre de 2017. A expectativa era de um lucro de R$ 7,006 bilhões.
- Ebitda ajustado de R$ 17,4 bilhões, acima da projeção de R$ 16,07 bilhões da Bloomberg e do resultado de 2017 (R$ 13,25 bilhões).
- Receita líquida de R$ 37,9 bilhões, forte crescimento em relação aos R$ 28,6 bilhões dp 3º trimestre de 2017 e acima da projeção de R$ 35,6 bilhões dos analistas.
A geração de caixa da empresa, medida pelo Ebitda ajustado (que considera o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), fechou o trimestre com alta de 31,2%, a R$ 17,4 bilhões. No mesmo trimestre de 2017, o Ebitda ajustado foi de R$ 13,25 bilhões.
O salto na receita
Outro item de destaque no resultado da mineradora foi o expressivo aumento da receita líquida trimestral. No terceiro período do ano, a Vale registrou receita de R$ 37,9 bilhões, o que representa uma alta de 32,5% na comparação com o mesmo período de 2017, quando a receita líquida foi de R$ 28,6 bilhões.
Leia Também
De acordo com o relatório da empresa, esse salto nas receitas teve três motivos principais: o primeiro deles foi o maior volume de vendas. Já o segundo motivo foi a forte variação cambial no período. Neste ponto vale lembrar que no terceiro trimestre, por conta de toda a especulação eleitoral, o dólar disparou e chegou a ser cotado acima de R$ 4,10. Como os principais produtos da Vale (minério de ferro) são negociados em dólar, a empresa se beneficiou dessa valorização cambial.
A terceira razão para que as receitas subissem foi a valorização dos preços desses mesmos produtos vendidos pela empresa, como o minério de ferro. No relatório, a Vale comenta:
"Os fortes resultados do terceiro trimestre mostram a mudança estrutural nos mercados de minério de ferro e aço chineses. Somos a empresa de mineração mais bem posicionada para nos beneficiarmos do "flight to quality", dada a crescente participação de produtos premium"
A produção de minério de ferro bateu recorde trimestral ao somar 104,945 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 10,3% em relação a igual período do ano anterior e fez com que o acumulado do ano chegasse a 283,652 milhões de toneladas, crescimento de 3,1%.
Os números em dólares
Como todo o comércio de minérios da Vale é realizado no mercado internacional, grande parte dos investidores fica atento aos resultados da Vale apresentados na moeda dos EUA. Nesse tipo de câmbio, o lucro líquido recorrente da Vale foi de US$ 2,056 bilhões, queda de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Pelo modelo recorrente, a companhia informou que o número não considera o efeito da depreciação do real sobre a dívida denominada em dólares e ajustes contábeis.
O Ebitda ajustado somou US$ 4,374 bilhões, aumento de 4% ante o mesmo trimestre do ano anterior. Já a receita líquida chegou em US$ 9,543 bilhões no período, uma expansão de 5% ante o visto em 2017.
Aproveitando que estamos abordando números em dólar, a dívida líquida seguiu uma trajetória de queda que vem sendo observada no últimos trimestres. Segundo a Vale, ela praticamente alcançou a meta de US$ 10 bilhões e estava em US$ 10,704 bilhões em 30 de setembro de 2018, uma redução de US$ 815 milhões em relação a 30 de junho de 2018 e US$ 10,362 bilhões em relação a 30 de setembro de 2017, atingindo o menor nível de endividamento líquido desde o 3º trimestre de 2009.
Agenda econômica: IPCA, ata do Fomc e temporada de balanços nos EUA agitam semana pós-tarifaço de Trump
Além de lidar com o novo cenário macroeconômico, investidores devem acompanhar uma série de novos indicadores, incluindo o balanço orçamentário brasileiro, o IBC-Br e o PIB do Reino Unido
China se deu mal, mas ações da Vale (VALE3) ainda têm potencial de alta, diz Genial; Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) devem sair mais prejudicadas
O cenário é visto como negativo e turbulento para as mineradoras e siderúrgicas brasileiras, porém, Vale está muito descontada e tem espaço para ganhos
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) perdem juntas R$ 26 bilhões em valor de mercado e a culpa é de Trump
Enquanto a petroleira sofreu com a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, a mineradora sentiu os efeitos da queda dos preços do minério de ferro
Cogna (COGN3) mostra ao investidor que terminou o dever de casa, retoma dividendos e passa a operar sem guidance
Em meio à pandemia, em 2020, empresa anunciou guidances audaciosos para 2024 – que o mercado não comprou muito bem. Agora, chegam os resultados
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Lucro do Banco Master, alvo de compra do BRB, dobra e passa de R$ 1 bilhão em 2024
O banco de Daniel Vorcaro divulgou os resultados após o término do prazo oficial para a apresentação de balanços e em meio a um negócio polêmico com o BRB
Adeus, Ibovespa: as ações que se despedem do índice em maio e quem entra no lugar, segundo a primeira prévia divulgada pela B3
A nova carteira passa a valer a partir do dia 5 de maio e ainda deve passar por duas atualizações preliminares
Vale (VALE3) garante R$ 1 bilhão em acordo de joint venture na Aliança Energia e aumenta expectativa de dividendos polpudos
Com a transação, a mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão e terá 30% da nova empresa, enquanto a GIP ficará com 70%
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Agenda econômica: Payroll, balança comercial e PMIs globais marcam a semana de despedida da temporada de balanços
Com o fim de março, a temporada de balanços se despede, e o início de abril chama atenção do mercado brasileiro para o relatório de emprego dos EUA, além do IGP-DI, do IPC-Fipe e de diversos outros indicadores
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Após virar pó na bolsa, Dotz (DOTZ3) tem balanço positivo com aposta em outra frente — e CEO quer convencer o mercado de que a virada chegou
Criada em 2000 e com capital aberto desde 2021, empresa que começou com programa de fidelidade vem apostando em produtos financeiros para se levantar, após tombo de 97% no valuation
CEO da Americanas vê mais 5 trimestres de transformação e e-commerce menor, mas sem ‘anabolizantes’; ação AMER3 desaba 25% após balanço
Ao Seu Dinheiro, Leonardo Coelho revelou os planos para tirar a empresa da recuperação e reverter os números do quarto trimestre
Em reviravolta, ações da CVC (CVCB3) deixam a ponta negativa do Ibovespa e chegam a subir 6%. Afinal, o resultado do 4T24 é positivo ou negativo?
A empresa saiu das maiores quedas do Ibovespa para as maiores altas, com o mercado avaliando se os pontos negativos foram maiores do que os positivos; saiba o que fazer com as ações agora
JBS (JBSS3): Com lucro em expansão e novos dividendos bilionários, CEO ainda vê espaço para mais. É hora de comprar as ações?
Na visão de Gilberto Tomazoni, os resultados de 2024 confirmaram as perspectivas positivas para este ano e a proposta de dupla listagem das ações deve impulsionar a geração de valor aos acionistas
É hora de comprar a líder do Ibovespa hoje: Vamos (VAMO3) dispara mais de 17% após dados do 4T24 e banco diz que ação está barata
A companhia apresentou os primeiros resultados trimestrais após a cisão dos negócios de locação e concessionária e apresenta lucro acima das projeções
BYD acelera em 2024 e supera Tesla em receita, em mais uma notícia ruim para Elon Musk
Montadora chinesa divulgou receita de US$ 107 bilhões no ano passado, contra US$ 97 bilhões da americana
Agenda econômica: Ata do Copom, IPCA-15 e PIB nos EUA e Reino Unido dividem espaço com reta final da temporada de balanços no Brasil
Semana pós-Super Quarta mantém investidores em alerta com indicadores-chave, como a Reunião do CMN, o Relatório Trimestral de Inflação do BC e o IGP-M de março