🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Não é uma cilada, Bino! Randon se destaca em temporada de balanços fortes em 2018

Mesmo no meio da bagunça e frente a um crescimento módico, o lucro das empresas que compõem o IBrX cresceu impressionantes 55,9% em relação a 2017. Um dos destaques da temporada de balanços foi a Randon, fabricante de implementos rodoviários (as famosas carrocerias) e autopeças

9 de abril de 2019
5:58 - atualizado às 10:51
Carga Pesada
Imagem: Divulgação

Não parece que mais de três meses se passaram desde a brutalização de meus sobrinhos na piscina, com direito a caldos e cuecões em meio à queima de fogos no calor somali de Ribeirão. Mas, já estou aqui vendo como contribuir para destruição dental dos meninos – ovo de Páscoa é muito caro e sem graça, sempre entupo os moleques de chicletes, balas e barras maciças de chocolate.

Enquanto me preocupo com o preço do bacalhau, percebo que a temporada de resultados das empresas passou e, de uma forma geral, vai deixar saudades.

2018 foi um ano maluco: teve greve de caminhoneiro, Copa do Mundo e Eleições polarizadas e completamente imprevisíveis. Teve, também, um crescimento tímido do PIB (1,1%) e o fim da recessão causada pela criatividade dos “doutores” da Unicamp.

Mesmo no meio da bagunça e frente a um crescimento módico, o lucro das empresas que compõem o IBrX (índice com as 100 ações mais negociadas no mercado brasileiro) cresceu impressionantes 55,9% em relação a 2017 e, para 2019, mais um crescimento básico de 38,3% está “contratado” pelo consenso do mercado.

O efeito que uma pequena reversão na economia pode fazer sobre balanços de empresas mais preparadas e enxutas é brutal. Por isso, estou bastante construtivo para a Bolsa nos próximos meses – o ciclo é positivo e, mesmo que o ambiente político ainda seja bastante assustador, as boas empresas devem entregar fortes resultados também para 2019.

Não se deixe contaminar pelas manchetes de jornal. Claro que o desemprego preocupa (muito!) e boa parte da economia ainda patina. Mas as empresas listadas, essas pouco menos de 350 heroínas, são o que existe de melhor no país – não dá para comparar a resiliência e poder de crescimento do shopping Morumbi com shoppings ainda jovens e fora dos grandes centros.

Leia Também

Randon engata

Se quiser um bom exemplo, olhe o que o aumento de 27% na produção de caminhões em 2018 (dados da Anfavea) fez sobre os números da Randon (RAPT4), companhia de implementos rodoviários (as famosas carrocerias) e autopeças. A empresa passou por uma transformação completa ao longo da crise, com redução do número de funcionários, enxugamento da capacidade e restruturação da dívida.

No ano, a receita líquida avançou “apenas” 45% e o Ebitda saiu de R$ 308 milhões em 2017 para R$ 560 milhões (+82%). O retorno sobre capital próprio (ROE, da sigla em inglês), que bateu -5,3% em 2016 chegou a mais do que saudáveis 10,6% em 2018 (foi 3,3% em 2017).

Tudo isso só foi possível graças a uma coisa chama “alavancagem operacional” que, quando se trata de balanço e DRE, funciona tão bem quanto magia negra – a diluição dos custos fixos permite que as margens cresçam bem mais do que as receitas. Não deu outra: o lucro líquido saiu de R$ 47 milhões em 2017 para R$ 152 milhões em 2018 (+225%)!

Seleção natural

Além da magia da diluição de custos, Darwin teve um papel fundamental nos números expressivos – em um ambiente agressivo e competitivo como foi (ainda é) o Brasil durante a crise, só os mais adaptados sobrevivem.

Em novembro de 2017, a Guerra, uma de suas maiores concorrentes, teve sua falência decretada. Assim, a Randon passou a nadar praticamente sozinha – ganhou participação no mercado e conseguiu segurar um pouco os preços. O mais legal (para a Randon, claro), é que não há motivos para acreditar que a situação vá mudar no curto prazo.

A companhia gaúcha continua reinando sozinha em um mercado que, se não é pujante, tem mostrado uma boa estabilidade no primeiro trimestre de 2019 e, se a economia der uma ajudinha e o PIB realmente crescer em torno dos 2%, é possível que os números surpreendam ao longo do ano – as receitas acumuladas em janeiro e fevereiro foram 32% maiores do que no mesmo período de 2018.

Com efeito, em apresentação para investidores, a administração informou que tem utilizado 100% da capacidade instalada para a produção de implementos e de 70% a 100% da capacidade de produção de autopeças, a depender da subsidiária e do segmento.

O papel, que andou junto com o Ibovespa nos últimos 12 meses, tem tudo para mostrar força em 2019 e é uma das minha preferidas para o médio prazo.

É bom lembrar que, além da volatilidade inerente aos ativos de renda variável, a companhia é bastante dependente da macroeconomia (quem compra caminhão se não tiver confiança no país?) e, se as coisas desandarem por aqui, os papéis podem sofrer. Mas, pelo que temos visto neste começo de ano, não parece ser o caso.

Não dá só para falar de coisas boas... se Randon foi uma das que mais me impressionou no 4º trimestre, teve uma outra ação que me decepcionou (e muito!) quando divulgou seus números, já no apagar das luzes da temporada de resultados.

Fique de olho que te conto qual foi até o fim da semana!

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BATEU TETO

Fim da linha para a Vale (VALE3)? Por que o BB BI deixou de recomendar a compra das ações e cortou o preço-alvo

16 de abril de 2025 - 20:31

O braço de investimentos do Banco do Brasil vai na contramão da maioria das indicações para o papel da mineradora

MOMENTO DESAFIADOR

EUA aprovam bolsa de valores focada em sustentabilidade, que pode começar a operar em 2026

16 de abril de 2025 - 13:14

A Green Impact Exchange pretende operar em um mercado estimado em US$ 35 trilhões

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”

16 de abril de 2025 - 12:40

O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje

COMPRAR OU VENDER

Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora

16 de abril de 2025 - 12:24

A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço

HORA DE BATER O MARTELO

Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo

16 de abril de 2025 - 11:44

No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard

MEXENDO

Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia

16 de abril de 2025 - 11:05

Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta

16 de abril de 2025 - 8:37

Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale

IR 2025

Como declarar ações no imposto de renda 2025

16 de abril de 2025 - 7:37

Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025

O PAÍS DA RENDA FIXA

As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR

15 de abril de 2025 - 14:32

Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Depois de derreter mais de 90% na bolsa, Espaçolaser (ESPA3) diz que virada chegou e aposta em mudança de fornecedor em nova estratégia

15 de abril de 2025 - 13:40

Em seu primeiro Investor Day no cargo, o CFO e diretor de RI Fabio Itikawa reforça resultados do 4T24 como ponto de virada e divulga plano de troca de fornecedor para reduzir custos

ANTES DA OPA

Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA

15 de abril de 2025 - 9:29

Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça

15 de abril de 2025 - 8:14

Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25

AGENDA DE RESULTADOS

Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências

15 de abril de 2025 - 6:47

De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump

REESTRUTURAÇÃO DA AÉREA

Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3

14 de abril de 2025 - 10:17

Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Allos (ALOS3) entra na reta final da fusão e aposta em dividendos com data marcada (e no começo do mês) para atrair pequeno investidor

14 de abril de 2025 - 6:00

Em conversa com Seu Dinheiro, a CFO Daniella Guanabara fala sobre os planos da Allos para 2025 e a busca por diversificar receitas — por exemplo, com a empresa de mídia out of home Helloo

DEU PARA SOBREVIVER

Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200

11 de abril de 2025 - 18:50

Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY

ESQUENTA DO BALANÇO

Cyrela (CYRE3): Lançamentos disparam mais de 180% (de novo) e dividendos extraordinários entram no radar — mas três bancões enxergam espaço para mais

11 de abril de 2025 - 12:03

Apesar da valorização de mais de 46% na bolsa, três bancos avaliam que Cyrela deve subir ainda mais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado

11 de abril de 2025 - 8:15

Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional

SEXTOU COM O RUY

Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção

11 de abril de 2025 - 6:03

Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA

10 de abril de 2025 - 8:12

Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar