Leilões de petróleo devem render R$ 237 bi para governo e Petrobras
Primeiro leilão, de blocos do pós-sal, está marcado para esta quinta-feira, 10. Já as licitações do pré-sal estão agendadas para os dias 6 e 7 de novembro

Num intervalo de menos de um mês, o governo vai realizar três licitações de áreas de exploração e produção de petróleo e gás, a maior parte delas localizadas no pré-sal. Os leilões devem gerar R$ 237 bilhões ao governo federal e à Petrobras - soma de valores previstos nos editais e estimativas de petroleiras.
Cerca de R$ 120 bilhões devem ser pagos à estatal por investimentos feitos em áreas que vão a leilão, segundo projeção do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), que representa as grandes empresas do setor. Os demais R$ 117 bilhões virão do bônus de assinatura - taxa, fixada nos editais das disputas, que as companhias vencedoras pagam para assinar o contrato.
Além disso, mais R$ 300 bilhões devem entrar nos caixas das três instâncias de governo - federal, estadual e municipal - na forma de compensação financeira pela exploração de recursos naturais, como royalties, e de imposto de renda. Mas esse pagamento apenas vai ganhar relevância a partir de 2030, quando a produção passará a ser expressiva.
O primeiro leilão, de blocos do pós-sal, está marcado para esta quinta-feira, 10. Já as licitações do pré-sal estão agendadas para os dias 6 e 7 de novembro. "O Brasil é cada vez mais o destino dos investimentos, porque tem demonstrado que possui regras estáveis, que voltou a ter regularidade nos leilões e isso ajuda a criar um bom ambiente de negócios", afirmou Antônio Guimarães, secretário executivo de Exploração e Produção do IBP.
No curto prazo, o Tesouro já vai poder contar com o montante dos bônus de assinatura, que vai entrar no caixa da União até o dia 26 de junho de 2020 e contribuir com o Orçamento do ano que vem.
Para especialistas, no entanto, esse valor não deve ter grande impacto na atividade econômica. "A geração de receita estimada para esses leilões não tem precedente. O lado frustrante é que o dinheiro vai acabar se perdendo no pagamento da dívida pública. A geração de emprego até vai acontecer, mas talvez mais lentamente e em menor dimensão do que se imaginava", afirmou o especialista no setor, José Roberto Faveret, sócio do Faveret Lampert Advogados.
Leia Também
O professor da FGV e Uerj Mauricio Canedo avalia que esses recursos serão importantes, mas destaca que são receitas não recorrentes. "É um alívio para o governo, mas não representa um ajuste estrutural."
Divisão
Do bônus de assinatura total a ser pago à União, R$ 114,42 bilhões virão das áreas do pré-sal vendidas sob o regime de partilha, em que a União é recompensada com uma parcela da produção física de petróleo e gás. Nesse tipo de contrato, o bônus de assinatura é previamente fixado em edital e ganha a disputa quem der maior contrapartida ao governo.
A projeção, no entanto, só vai se concretizar se todas as áreas de pré-sal forem vendidas nos leilões do dia 6 de novembro, de áreas excedentes da cessão onerosa, e no dia seguinte, na 6ª rodada de partilha.
O excedente é formado por reservas já descobertas pela Petrobras, mas que ultrapassam o volume contratado pela estatal em 2010, de 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), no regime de cessão onerosa. Já na 6.ª rodada de partilha serão oferecidas áreas exploratórias que ainda não têm a viabilidade econômica comprovada e, por isso, são de maior risco.
No leilão de quinta-feira, no entanto, as regras são outras: quem apresentar maior bônus de assinatura leva a concessão. É possível, então, que sobre o bônus mínimo de R$ 3,2 bilhões, definido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), ainda incida ágio.
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, destaca que esse leilão vai atrair companhias de grande porte. "Vai ter competição boa, principalmente nos blocos das bacias de Campos e Santos, onde o pessoal está mais focado", afirmou. "Dos três leilões, não tenho dúvida que os resultados do excedente da cessão onerosa serão os mais rápidos", avaliou Guimarães, do IBP.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
PETR4, PRIO3, BRAV3 ou RECV3? Analista recomenda duas petroleiras que podem ‘se virar bem’ mesmo com o petróleo em baixa
Apesar da queda do petróleo desde o “tarifaço” de Trump, duas petroleiras ainda se mostram bons investimentos na B3, segundo analista
Combustível mais barato: Petrobras (PETR4) vai baixar o preço do diesel para distribuidoras após negar rumores de mudança
A presidente da estatal afirmou na semana passada que nenhuma alteração seria realizada enquanto o cenário internacional estivesse turbulento em meio à guerra comercial de Trump
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Dividendos e JCP: Vibra (VBBR3) aprova a distribuição de R$ 1,63 bilhão em proventos; confira os prazos
Empresa de energia não é a única a anunciar nesta quarta-feira (16) o pagamento de dividendos bilionários
Passou: acionistas da Petrobras (PETR4) aprovam R$ 9,1 bilhões em dividendos; veja quem tem direito
A estatal também colocou em votação da assembleia desta quarta-feira (16) a indicação de novo membros do conselho de administração
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Por que o Mercado Livre (MELI34) vai investir R$ 34 bilhões no Brasil em 2025? Aporte só não é maior que o de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3)
Com o valor anunciado pela varejista online, seria possível comprar quatro vezes Magalu, Americanas e Casas Bahia juntos; conversamos com o vice-presidente e líder do Meli no Brasil para entender o que a empresa quer fazer com essa bolada
Mais de 55% em dividendos: veja as empresas que pagaram mais que a Petrobras (PETR4) em 12 meses e saiba se elas podem repetir a dose
Ranking da Quantum Finance destaca empresas que não aparecem tanto no noticiário financeiro, mas que pagaram bons proventos entre abril de 2024 e março de 2025
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
A lanterna dos afogados: as 25 ações para comprar depois do caos, segundo o Itaú BBA
Da construção civil ao agro, analistas revelam onde ainda há valor escondido
Petroleiras em pânico mais uma vez: petróleo volta a cair e a arrasta Brava (BRAV3), Petrobras (PETR4) e companhia
A euforia da véspera já era. Com tarifas contra China elevadas a 145%, temor de recessão ainda está aqui
Brava Energia (BRAV3) e petroleiras tombam em bloco na B3, mas analistas veem duas ações atraentes para investir agora
O empurrão nas ações de petroleiras segue o agravamento da guerra comercial mundial, com retaliações da China e Europa às tarifas de Donald Trump
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
Dividendos em risco? O que acontece com a Petrobras (PETR4) se o petróleo seguir em queda
A combinação do tarifaço de Trump com o aumento da produção da Opep+ é perigosa para quem tem ações da petroleira, mas nem tudo está perdido, segundo o UBS BB
As melhores empresas para crescer na carreira em 2025, segundo o LinkedIn
Setor bancário lidera a seleção do LinkedIn Top Companies 2025, que mede o desenvolvimento profissional dentro das empresas
Não foi só a queda do preço do petróleo que fez a Petrobras (PETR4) tombar ontem na bolsa; saiba o que mais pode ter contribuído
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria pedido à estatal para rever novamente o preço do diesel, segundo notícias que circularam nesta segunda-feira (7)
Petrobras (PETR4) avança em processo para tirar ‘novo pré-sal’ do papel
Petrobras recebeu permissão para operar a Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna. O centro é uma exigência do Ibama para liberar a busca de petróleo no litoral do Amapá
O pior dia é sempre o próximo? Petroleiras caem em bloco (de novo) — Brava (BRAV3) desaba 12%
As ações das petroleiras enfrentam mais um dia de queda forte no Ibovespa, com resposta da China às medidas tarifárias de Trump e anúncio da Opep+