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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Gestoras

JGP lista 6 fatores que devem impulsionar a economia e empurrar a bolsa para cima em 2020

Gestora acredita que migração de renda fixa para ações vai continuar dando força ao Ibovespa. Carta de setembro também faz uma defesa do teto de gastos

Eduardo Campos
Eduardo Campos
15 de outubro de 2019
16:26 - atualizado às 17:29
Imagem: Andrei Morais / Montagem/Shutterstock

Em uma das cartas de gestão de setembro, a gestora JGP lista alguns fatores do atual ciclo econômico, que caso concretizados, garantem a expectativa de performance positiva para a bolsa brasileira nos próximos trimestres.

Segundo a gestora, o lento nível de atividade econômica e o cenário benigno de inflação reforçam a tese de que os juros no Brasil deveriam cair para os mínimos históricos.

No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic para 5,5% e acenou espaço para novas reduções. No mercado, já temos apostas de Selic em 4% em 2020.

Na descrição do atual ciclo econômico, a JGP lista os seguintes itens que devem contribuir para a aceleração do crescimento econômico em 2020:

  • baixa alavancagem
  • baixos níveis de juros
  • forte agenda de reformas estruturais - aprovação da reforma da Previdência e o encaminhamento da tributária
  • leilão da cessão onerosa
  • liberação de R$ 40 bilhões em recursos do FGTS
  • agenda de privatizações

“Esperamos que a bolsa brasileira apresente boa performance nos próximos trimestres, caso estes pontos se concretizem”, diz o texto.

A carta também chama atenção para a saída líquida de investidores estrangeiros no mercado secundário agora em 2019, que beira R$ 21 bilhões. Mas a JGP pondera que os fundos de ações locais continuam com um nível forte de captação, na casa dos R$ 47 bilhões, o que vem compensando o fluxo de saída do investidor não-residente.

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“Adicionalmente, acreditamos que a migração de renda fixa para ações no Brasil irá continuar ao longo dos próximos meses, dando força ao Ibovespa.”

Defendendo o teto

Na carta macroeconômica, a JGP faz uma defesa do teto de gastos, medida que limita o crescimento do gasto público à inflação do ano anterior. Com o aperto orçamentário, surgiu um debate sobre eventual flexibilização das regras, mas a gestora afirma que: “a hora é de perseverar nas reformas e não procurar atalhos fáceis”.

“Boa parte da melhora do ambiente macroeconômico vivido pelo Brasil nos últimos três anos se deveu ao esforço para superar o desequilíbrio fiscal”, diz a carta, lembrando que tivemos, no governo Temer, a “Ponte para o Futuro”, que mudou o diagnóstico errado da “Nova Matriz” e passou a se preocupar com o desajuste fiscal da economia.

No governo Bolsonaro, ficou claro o diagnóstico de que o principal problema do país é de natureza fiscal e que a estabilização feita no Plano Real ainda está incompleta. Assim, o Ministério da Economia desenhou um plano de ações baseado nos seguintes pilares:

  1. reformar a Previdência Social e evitar que o gasto previdenciário continue crescendo a um ritmo de 4% a.a. em termos reais como ocorreu nos últimos anos
  2. criar um novo sistema de previdência para os jovens baseado na capitalização
  3. fazer um ajuste patrimonial, vendendo empresas públicas para quitar dívida
  4. flexibilizar os gastos públicos, devolvendo aos políticos ingerência sobre o orçamento
  5. descentralizar as ações e investimentos públicos, passando deveres e obrigações aos entes subnacionais
  6. fazer uma reforma tributária que entregue simplificação e maior equidade na incidência dos impostos
  7. promover a abertura da economia, visando integração das cadeias produtivas e ganhos de produtividade.

Fazendo um balanço desse plano, a JGP nos diz que estamos prestes a completar a reforma da Previdência, mas que a capitalização ficou pelo caminho. As privatizações encontram dificuldades de percurso, no próprio governo e nas múltiplas instâncias burocráticas. Para os itens 4 e 5, ainda aguardamos desdobramentos. A reforma tributária tem sido debatida no Senado e na Câmara, com propostas que já estão em tramitação, mas não se conhece ainda a posição do governo. E, por fim, a abertura comercial depende da reforma dos tributos para que as empresas brasileiras tenham condições de competir no exterior.

“Existe, pois, um plano de ação. Não devemos ceder à tentação de flexibilizar a 'lei do Teto de Gastos'. Graças a ela, o Brasil atingiu um grau de maturidade econômica nunca visto. A taxa Selic atingiu o menor patamar histórico”, diz a JGP.

Além disso, a carta nos lembra que ao contrário de outros momentos, não sofremos com um contágio negativo proveniente da crise argentina.

Sugestões para Guedes e equipe

A JGP também apresenta alguns sugestões do que poderia ser feito para abrir espaço orçamentário preservando o teto de gastos:

  • A primeira medida seria mirar na redução da folha de salários que é a segunda maior rubrica de despesas do governo federal, depois da Previdência. Desindexar salários, remanejar servidores, reformular as progressões automáticas de carreira, fazer cumprir o teto de remuneração, investir em informatização e privatizar empresas públicas.
  • Em segundo lugar, deve-se eliminar os gastos carimbados, que geram obrigações automáticas independentes do momento econômico, quebrar a vinculação entre gastos sociais e salário mínimo, avaliar as transferências sociais e subsídios e passar obrigações e deveres aos entes subnacionais

“Tudo isso pode ser abordado por uma reforma administrativa. Com essas medidas, se atingiria uma maior flexibilidade orçamentária e uma redução dos gastos públicos como proporção do PIB.”

Para a gestora, o conjunto de reformas, tanto pelo lado das receitas, quanto pelo lado dos gastos, deveria ser calibrado para gerar um resultado primário superavitário de 1,0% a 1,5% do PIB para o setor público consolidado, buscando garantir a estabilização da relação dívida/PIB mesmo em um cenário um pouco mais adverso do que o atual.

“Estaria assim completa a estabilização da economia brasileira que se iniciou no Plano Real. Daí para a frente, a agenda passaria a ser aumentar a produtividade e melhorar a distribuição de renda, que envolve necessariamente um salto qualitativo da educação.”

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