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Estadão Conteúdo
Política monetária

Ilan diz a Guedes que não fica no comando do Banco Central

Equipe de Bolsonaro avalia agora os nomes do diretor de política econômica do BC, Carlos Viana de Carvalho, e do diretor do Santander, Roberto Campos Neto, para ocupar o cargo

Estadão Conteúdo
15 de novembro de 2018
10:07 - atualizado às 15:33
Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn - Imagem: Wilson Dias/ Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, não vai permanecer no comando da autoridade monetária no governo Jair Bolsonaro. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo. A interlocutores, Ilan afirmou que não aceitará o convite por motivos pessoais. O presidente do BC já teria avisado o futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, sobre sua decisão.

A equipe de transição avalia agora os nomes do diretor de política econômica do BC, Carlos Viana de Carvalho, e do diretor do Santander, Roberto Campos Neto, para ocupar o cargo.

Campos Neto é o mais cotado no momento. Na Terça-feira (13), ele esteve no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde a equipe de transição está trabalhando.

Um integrante do futuro governo elogiou Roberto Campos Neto, dizendo que ele é um nome muito bom.

Procurada na noite de ontem, a assessoria do Banco Central não se pronunciou. Guedes não havia sido localizado para tratar do assunto.

Transição

Na semana passada, fontes da equipe de transição disseram que sua permanência no BC dependia de "motivação pessoal" e que seu nome não estava descartado. Até então, não havia confirmação sobre um convite formal e direto a Ilan.

Guedes e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, declararam em diversas ocasiões que tinham o desejo de manter o atual presidente do BC no cargo, mas também era de conhecimento público que eles chegaram a trabalhar com cinco opções para substituí-lo.

O que se dizia em Brasília é que a permanência de Ilan no cargo em 2019 dependia da aprovação do projeto de autonomia do Banco Central, atualmente em tramitação na Câmara. O principal ponto da proposta é a definição de mandatos fixos para os dirigentes do BC a partir de março de 2020.

Ilan voltou na segunda-feira de uma viagem à Suíça, cumpriu agenda até ontem no Brasil e agora vai tirar férias até o dia 20 de novembro.

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