Ibovespa deve ter duas novidades na próxima carteira: BTG Pactual e NotreDame Intermédica
Foi o próprio BTG que fez os cálculos a partir dos critérios usados pela B3 para determinar quais ações fazem parte do Ibovespa, que terá nova composição a partir de setembro
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, deve ganhar duas novas ações na carteira que terá validade entre setembro e dezembro: NotreDame Intermédica (GNDI3) e BTG Pactual (BPAC11).
Os cálculos foram feitos pela equipe de análise do próprio BTG Pactual a partir dos critérios usados pela B3 para determinar quais ações fazem parte do Ibovespa.
A bolsa faz um rebalanceamento dos papéis que compõem a cesta a cada quadrimestre. A carteira atual conta com 66 ações ou units (certificados de ações) de 63 empresas. As ações preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4) possuem hoje a maior participação no Ibovespa, com aproximadamente 10%.
Nas contas dos analistas do BTG, as units do banco devem entrar com uma participação de 0,64%, enquanto as ações da NotreDame Intermédica deverão ter um peso de 0,90% na carteira do principal índice da bolsa.
Existe ainda uma chance de os papéis do Carrefour Brasil (CRFB3) aparecerem entre as novidades, mas se a renovação da carteira acontecesse hoje eles não entrariam, escreveram os analistas, em um relatório a clientes.
Antes de entrar efetivamente em vigor, a bolsa divulga três prévias da próxima carteira do Ibovespa, sendo a primeira no dia 1º de agosto. O BTG não espera que nenhuma ação deixe o índice no próximo rebalanceamento. Confira também a nossa cobertura de completa de mercados hoje.
Bancos ampliam presença
Em uma avaliação por setores, quem mais deve ganhar presença na próxima carteira do Ibovespa em termos percentuais são as ações de saúde, de 0,74% para 1,62%.
Os bancos, que já possuem a maior participação no principal índice de B3, devem ampliar um pouco mais o domínio e ter o peso ampliado de 28,82% para 29,14% da carteira, ainda de acordo com o BTG. O setor de óleo e gás (basicamente Petrobras) é o que mais deve perder espaço no Ibovespa a partir de setembro, de 12,68% para 12,37%.
Como investir?
Para quem deseja investir em bolsa com uma exposição semelhante à da carteira do Ibovespa, existem duas formas: a primeira é por meio dos fundos de índice, mais conhecidos pela sigla em inglês ETF. Eles são negociados em bolsa como se fossem uma ação.
Existem quatro deles hoje que têm como objetivo seguir o Ibovespa: o BOVA11, sob gestão da BlackRock, o BOVV11, do Itaú, o XBOV11 (Caixa) e o recém-lançado BOVB11, do Bradesco.
Outra maneira de aplicar em uma carteira que acompanha o Ibovespa é via fundos de ações. Em ambos os casos, vale a pena conferir antes os custos, como a taxa de administração.
Mas com tantas opções disponíveis, qual a melhor forma? A nossa colunista Luciana Seabra dedicou uma coluna para responder a essa questão.