Fundos gringos que compram ações no Brasil captam pela quarta semana seguida
Levantamento é da consultoria EPFR Global, que também mostra que só perdemos para China entre os fundos que compram mercados emergentes
O boletim desta semana da EPFR Global traz dados interessantes sobre como o investidor estrangeiro está avaliando o mercado local. Os fundos de ações que aportam no país captaram mais de US$ 100 milhões pela quarta semana seguida e entre os gestores que investem em emergentes, o Brasil só perde para China em termos de ampliação de exposição.
Para a consultoria, que acompanha mais de 100 mil fundos responsáveis por US$ 34 trilhões em ativos, os investidores diretos e os gestores de fundos emergentes globais (GEM, na sigla em inglês) mostram visão parecida com relação à história de reformas e corte de juros do Brasil.
A EPFR avalia que há expectativa de que o governo Jair Bolsonaro leve adiante a simplificação de um “código tributário Bizantino” e que o Banco Central entregue mais um corte de meio ponto percentual na Selic.
Também há a avaliação de que a boa relação entre Bolsonaro e Donald Trump manterá o país fora da linha de tiro da guerra comercial.
Peso nos Portfólios
A EPFR Global também mostra que o Brasil só perde para China em termos de ampliação de exposição nos portfólios desde o começo de 2018. Os fundos considerados são emergentes globais (GEM), que tem mandato mais amplo de investimento.
A EPFR não trouxe o número para o Brasil, mas a posição média dos fundos GEM em China é de 25% do portfólio. A consultoria reconhece que o país vem ganhando peso em índices globais, como MSCI, mas que outros gestores também estão ampliando exposição ao país, apesar das incertezas comerciais e domésticas.
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Na semana encerrada dia 28, o cômputo geral da EPFR Global mostra que os fundos de ações perderam US$ 7,5 bilhões, os “Money Market Funds”, de curto prazo e baixo risco, também observaram saques de US$ 12 bilhões.
Os fundos que receberam aportes foram os de dívida, com US$ 12,3 bilhões, sendo que parte foi para fundos de dívida emergentes, o que sinaliza melhora do apetite ao risco, apesar de um período bastante turbulento em função da guerra comercial e Brexit.
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