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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Câmbio

E hoje? Será que o BC vende dólar à vista? A que preço? R$ 4,20 é teto?

Essas perguntas acompanharão os agentes de mercado, notadamente os comprados, ao longo dos próximos pregões. Esse é um dos efeitos de um leilão surpresa de dólar

Eduardo Campos
Eduardo Campos
28 de agosto de 2019
5:20 - atualizado às 9:02
dólar
Imagem: Shutterstock

O pregão desta quarta-feira e dos próximos dias vai começar sempre acompanhado da dúvida sobre uma nova atuação surpresa do Banco Central (BC), que fez uma venda de dólar à vista no pregão de ontem, depois que a moeda foi a R$ 4,19.

A atuação surpresa, seja à vista, com swaps ou linhas, é a arma mais poderosa que o BC tem para atuar no mercado de câmbio. Alguns estudos acadêmicos já fizeram a comparação entre atuações anunciadas previamente e as repentinas. O modelo sem aviso e com volumes elevados foi o que se mostrou mais eficiente em “convencer” o mercado a seguir na mesma direção da intervenção. O que o BC não consegue é reduzir a volatilidade da taxa (working paper 413 “Efeitos das Intervenções Cambiais sobre a Taxa de Câmbio Futura no Brasil” link aqui).

O que o BC faz ao atuar sem aviso prévio é tirar o comprado, aquele que ganha com a alta do dólar, da zona de conforto. Antes de abrir nova posição esse cara vai se questionar, tentar estimar ou montar alguma regra para escapar ou antecipar a atuação do BC (vale para o vendido também em momentos de baixa, ou seja, quando o BC compra).

Antes de seguir adiante, repito aqui algo que já falamos em outras notas sobre o dólar. Seja qual for o comportamento futuro do câmbio, é prudente você sempre manter uma exposição em dólar na sua carteira. Nós inclusive já escrevemos uma reportagem para ajudar você nessa tarefa

Sem aviso prévio

Até às 13h20 de ontem, o BC vinha em um modelo de atuação preanunciada, com horário certo e volumes conhecidos. Agora, a coisa muda de figura e é bom que seja assim.

Já sabemos, desde o dia 14, que o BC passaria a ofertar, diariamente, a contar do dia 21, US$ 550 milhões em dólar à vista, visando a rolagem dos swaps que vencem em outubro. Ele está fazendo a troca de swaps por reservas, atendendo à demanda por dólar de verdade.

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Também já sabemos que o BC está disposto a seguir fazendo isso em setembro, pois ele quer rolar US$ 11,6 bilhões que vencem em novembro. Mas, desta vez, o BC não disse o quanto quer rolar por dia. Algo interessante em termos de intervenção, pois o mercado não vai se acomodar com uma “ração diária” de rolagem. Ele pode usar cada anúncio a seu favor.

Com a atuação de ontem, o BC lança mão da discricionariedade total. Ele pode entrar a qualquer hora do dia e em qualquer faixa de preço para ofertar moeda independentemente das rolagens. E pode fazer isso várias vezes ao dia.

O BC defende preço?

A questão preço é um ponto relevante. A linha de R$ 4,20, ou qualquer outra, vira uma referência para o mercado e será comum ouvirmos avaliações do tipo “o BC não quer o dólar acima de R$ 4,20” ou “o BC está defendendo tal linha”.

Sempre que tal percepção se consolidar é bom o BC surpreender no preço ou no volume ofertado. Assim, se mantém fiel a uma máxima de mercado de que atuação cambial não se anuncia, se faz.

Quando divulga o resultado das atuações à vista, o BC informa apenas a taxa de corte das propostas que aceitou. Os volumes podem até ser estimados pelo mercado, mas os números oficiais deverão sair com uma semana de atraso, quando há atualização das informações cambiais.

Na operação de ontem, alguns operadores avaliaram o movimento como correto, mas que o volume poderia ter sido maior ou que o BC poderia ter feito uma nova rodada. Algo que seria interpretado como um sinal mais contundente de “estou aqui”. Mas o BC não atua para "tomar a carteira" de ninguém, a não ser que estejam querendo tomar a carteira dele...

A atuação de ontem ficou mais emblemática, pois pouco antes de acontecer, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, dizia, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que o real não tem tido comportamento atípico em relação a outras moedas.

Vi alguns comentários de mercado dizendo que essa fala do presidente “chamou o mercado para compra”. Pode até ser, mas a alta do dólar veio junto de uma aguda piora nos mercados globais e Campos Neto também tinha reafirmado que sempre que o BC entender que há problemas de liquidez, fará intervenções.

Mas o que acontece com a Selic?

Um ponto que merece ser destacado é que as atuações no câmbio acontecem em um ambiente de inflação baixa e expectativas de inflação ancoradas nas metas. Algo inédito em outros momentos de estresse cambial.

Até por isso, Campos Neto não mudou a mensagem de política monetária. Há espaço para corte da Selic, mas é claro que o BC vai avaliar os dados até a reunião do dia 18 de setembro.

E é bom que continue assim, pois qualquer repique de inflação corrente ou esperada em função do câmbio, pode levar a uma reversão brutal de expectativas no mercado de juro futuro, onde quase todo mundo está no mesmo trade, de juro para baixo "no matter what".

Depois de subir a R$ 4,1943 (alta de 1,3%) e cair a R$ 4,121 (queda de 0,44%), o dólar comercial terminou o dia a R$ 4,1575, alta de 0,43%. No mercado futuro, o dólar para setembro caiu 0,67%, para R$ 4,1275. Esse descasamento de preços entre dólar pronto e futuro já garantiria uma queda do dólar à vista na abertura de hoje. Veremos.

Leilão de linha

Além do já conhecido leilão de swap, o BC anunciou uma rolagem de linha de dólar com compromisso de recompra. A operação será de até US$ 1,5 bilhão às 10h15, visando rolar os contratos que vencem na virada do mês para novembro.

Essa operação é como um empréstimo das reservas internacionais, pois os dólares terão de ser devolvidos. De fato, o BC está ofertando uma linha de crédito em dólares ao mercado.

O volume a vencer na virada do mês é de US$ 3,8 bilhões e novas operações poderão ocorrer até o fim da semana. Se as operações vencerem, o impacto no mercado será de compra de dólares.

Quer entender a diferença entre leilão à vista, swap, swap reverso e linha? Veja esse texto aqui.

Agora, se quer saber um pouco sobre os motivos dessa alta do dólar e da mudança na atuação cambial do BC, recomendo os textos abaixo.

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