🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

câmbio

Dólar já subiu demais e mercado desenha correção. Vai ter Disney?

Casa de análise mostra que real foi a moeda que mais caiu entre pares emergentes quando consideradas nossas vulnerabilidades externas. Mercado abre apostas de dólar entre R$ 3,80 a R$ 3,90

Eduardo Campos
Eduardo Campos
5 de setembro de 2019
5:15 - atualizado às 10:20
Imagem: Shutterstock

O dólar. Esse foi o tema de maior discussão nos grupos de “Whatsapp” que participo ao longo da quarta-feira. Também pudera, depois de uma longa arrancada, lambendo os R$ 4,20, a moeda teve a maior queda diária desde 2 de janeiro, ao cair 1,76% e fechar a R$ 4,1053. As apostas, agora, são de dólar abaixo da mítica linha dos R$ 4,0 ainda na semana.

No dia 20 de agosto, tinha juntado elementos para dizer que deveríamos nos acostumar com dólar mais caro. Entre eles a troca de dívida externa por interna, o menor diferencial de juros entre Brasil e o resto do mundo, um ambiente global de maior aversão ao risco e economia americana comparativamente melhor que os pares desenvolvidos.

Esses vetores todos seguem atuantes, mas o mercado sempre “exagera” para um lado ou para o outro. Não existe meio termo entre o paraíso e o desespero. E o câmbio é o mercado que melhor e mais rapidamente espelha isso.

Antes de seguir adiante, repito aqui o conselho prático já dado entre outras conversas. Seja qual for o comportamento futuro do câmbio, é prudente você sempre manter uma exposição em dólar na sua carteira. Nós inclusive já escrevemos uma reportagem para ajudar você nessa tarefa.

Veja bem...

O que começou a acontecer na terça-feira à noite e tomou forma na quarta-feira é como se fosse um movimento de “despertar”. Um famoso “espera aí”, “veja bem”. Tudo bem que há vetores que asseguram uma cotação mais elevada, mas isso não pode estar já um pouco exagerado?

O que acontece nesses momentos é que o comprado, que ganha com a alta do dólar, capitula e embolsa lucro. E o vendido, que ganha com a perda (mas já tinha sido estopado), volta a vender e acha as boas razões para dizer que "estava certo, mas no momento errado”. O que é estar errado, mas tem muita gente que precisa se justificar para si mesmo, acionistas e patrões. É natural.

Leia Também

Olhando no lado dos fundamentos, nada mudou entre o dólar sair de R$ 3,80 no fim de julho, para R$ 4,19 no começo da semana. As contas externas seguem sem problemas, temos reservas internacionais monumentais, mesmo com o BC fazendo a troca de swaps por dólar de verdade, a inflação segue baixa e o mercado mantém as apostas de Selic em queda.

O que teria impulsionado a cotação são eventos que têm de estar no preço, como aumento nas tensões comerciais, dúvidas com Brexit, a crise Argentina, entre outros. Mas, como sempre, eles parecem ter sido exacerbados e agora cabe alguma correção.

Com isso, abrimos a temporada de palpites: até que preço cai o dólar? O palpite que mais ouvi foi para algo entre R$ 3,80 a R$ 3,85, muito influenciado pelos comentários de um tesoureiro de banco estrangeiro. Outro número bastante repetido foi o R$ 3,90.

De volta aos fundamentos

Para nos ajudar a medir o que seria esse contumaz exagero do mercado, vou lançar mão de um relatório elaborado pela empresa de pesquisas independentes Alpine Macro, sediada no Canadá.

Os analistas da casa montaram um indicador para avaliar a depreciação cambial de algumas moedas emergentes versus seus fundamentos.

Eles pegaram a queda na cotação em comparação com o pico registrado no ano em um eixo e jogaram no outro eixo um score de vulnerabilidade, que leva em consideração a conta corrente, reservas sobre dívida externa de curto prazo e inflação doméstica. Quanto maior o score, pior a nota nesses quesitos. Veja o gráfico

Resultado: nosso real é a moeda que mais apanhou, com uma desvalorização não consistente com sua posição no ranking de vulnerabilidades. Outra moeda na mesma situação foi o won sul-coreano.

Moedas do Chile e de outros países asiáticos oscilaram em linha com o índice de vulnerabilidades. Destoando na ponta oposta a do real, ficou a moeda da Indonésia, que não sofreu quase nada apesar do ter uma posição ruim em termos de vulnerabilidade. Algo que deve durar pouco.

Para Alpine Macro, que vinha tendo uma posição negativa com relação ao real nos últimos meses, a queda da moeda brasileira foi exagerada e a casa fez uma avaliação mais apurada sobre o Brasil.

Conclusão: a Alpine recomenda a seus clientes que voltem a comprar dívida brasileira denominada em reais. Com relação à bolsa, eles mantêm uma posição “um pouco abaixo da média”, por considerar o preço dos ativos ainda elevado em comparação com os pares emergentes acompanhados.

A casa lembra que recomendou realizar lucro em dívida brasileira no começo de agosto. Desde então, o real caiu mais de 5% e os títulos tiveram aumento nas suas taxas. “Os investidores devem considerar recomprá-los”, diz o relatório.

Vamos às razões da Alpine: o Brasil não tem risco de uma crise no balanço de pagamentos, graças ao elevado nível de reservas. Além disso, a inflação tem sido “incrivelmente baixa e estável”, apesar da volatilidade cambial. Também há elevada ociosidade na economia, o que garante preços controlados mesmo que o crescimento ganhe força.

Outro ponto destacado pela consultoria é a uma rara combinação em terras brasileiras. Juros e moeda caindo. Historicamente, o BC sempre teve de subir a taxa de juros de forma agressiva para proteger a moeda de uma forte desvalorização.

Mas, desta vez, a inflação baixa permite ao BC manter o viés de corte de juro mesmo com o real perdendo força. “Isso afrouxou significativamente as condições monetárias do país e é um bom presságio para o crescimento futuro”, diz a Alpine.

Estudo do Goldman Sachs também captou essa forte desvalorização do real em comparação com o que seria "normal". Para o banco, a moeda brasileira pode se recuperar se o apetite por risco melhorar. A ressalva do banco é que o real e o Brasil como um todo ainda podem sofrer contágio de novas pioras na Argentina.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DIA 83 E 84

Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo

14 de abril de 2025 - 11:42

Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos

MERCADOS HOJE

Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta

14 de abril de 2025 - 11:27

Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos

REESTRUTURAÇÃO DA AÉREA

Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3

14 de abril de 2025 - 10:17

Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje

14 de abril de 2025 - 8:46

Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques

AOS NÚMEROS

Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo

13 de abril de 2025 - 15:50

Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump

SEU DINHEIRO EXPLICA

Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street

12 de abril de 2025 - 11:28

Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar

FIM DE UMA ERA

Dólar livre na Argentina: governo Milei anuncia o fim do controle conhecido como cepo cambial; veja quando passa a valer

11 de abril de 2025 - 19:58

Conhecido como cepo cambial, o mecanismo está em funcionamento no país desde 2019 e restringia o acesso da população a dólares na Argentina como forma de conter a desvalorização do peso

ATRAVESSANDO A TEMPESTATE

Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo

11 de abril de 2025 - 19:29

Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade

SEXTOU COM O RUY

Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção

11 de abril de 2025 - 6:03

Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido

MERCADOS HOJE

Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988

10 de abril de 2025 - 12:29

A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA

10 de abril de 2025 - 8:12

Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão

BOTA CASACO, TIRA CASACO

Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram 

9 de abril de 2025 - 14:46

Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125% 

PETRÓLEO NO VERMELHO

Brava Energia (BRAV3) e petroleiras tombam em bloco na B3, mas analistas veem duas ações atraentes para investir agora

9 de abril de 2025 - 12:22

O empurrão nas ações de petroleiras segue o agravamento da guerra comercial mundial, com retaliações da China e Europa às tarifas de Donald Trump

“ME DÁ, QUE DOU DE VOLTA”

Outro dia de pânico: dólar passa dos R$ 6 com escalada da guerra comercial entre EUA e China

9 de abril de 2025 - 10:30

Com temor de recessão global, petróleo desaba e ações da Europa caem 4%

TIRA CASACO, BOTA CASACO

Sem pílula de veneno: Casas Bahia (BHIA3) derruba barreira contra ofertas hostis; decisão segue recuo de Michael Klein na disputa por cadeira no conselho

9 de abril de 2025 - 10:06

Entre as medidas que seriam discutidas em AGE, que foi cancelada pela varejista, estava uma potencial alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill; entenda

INVESTINDO EM MEIO AO CAOS

“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora

9 de abril de 2025 - 9:14

Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed

9 de abril de 2025 - 8:45

Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China

ENTRE A CRUZ E A ESPADA

Javier Milei no fogo cruzado: guerra entre China e EUA coloca US$ 38 bilhões da Argentina em risco

8 de abril de 2025 - 18:31

Enquanto o governo argentino busca um novo pacote de resgate de US$ 20 bilhões com o FMI, chineses e norte-americanos disputam a linha de swap cambial de US$ 18 bilhões entre China e Argentina

OS PLANOS DO CEO

CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3

8 de abril de 2025 - 16:56

A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve

LADEIRA ABAIXO

Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos

8 de abril de 2025 - 15:52

Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar