Em dia de altos e baixos, bolsa sobe com otimismo eleitoral e dólar vai a R$ 3,65
No último pregão antes do segundo turno das eleições, bolsa brasileira contraria mau humor externo e fecha em alta; dólar tem menor cotação desde o dia 24 de maio
Depois de uma manhã de sobe e desce, os mercados locais abraçaram o otimismo com a provável eleição de Jair Bolsonaro no domingo e a informação de que a Petrobras estaria negociando a venda da refinaria de Pasadena para a Chevron.
No último pregão antes do segundo turno das eleições, o Ibovespa recobrou o patamar dos 85 mil pontos, fechando em alta de 1,95%, aos 85.719 pontos, na contramão do exterior. O índice acumula alta de 1,78% na semana e 8,04% em outubro.
Já o dólar à vista recuou 1,42% a R$ 3,6527, menor cotação desde o dia 24 de maio. A moeda acumula desvalorização de 9,83% na semana e de 10% no mês, a segunda maior queda entre os países emergentes.
Os juros futuros acompanharam a moeda americana e fecharam em queda forte. O DI com vencimento em janeiro de 2021 caiu de 8,404% para 8,25%. Já o DI para janeiro de 2023 recuou de 9,613%, para 9,35%.
Dólar e juros refletiram o otimismo com as eleições, mas o câmbio também esteve em linha com a tendência global. Lá fora, o dólar se enfraqueceu frente às moedas fortes e teve sinais mistos em relação às moedas emergentes.
Além disso, o câmbio hoje foi afetado pela entrada de recursos externos, em parte atribuída à abertura de capital da empresa de meios de pagamento Stone em Nova York ontem, com captação de US$ 1,5 bilhão de dólares.
Leia Também
Os rumos do dólar e da bolsa agora dependem muito dos nomes que o próximo presidente indicará para a equipe econômica e da sua real disposição em implementar reformas. Até porque, no cenário externo, as coisas ainda estão feias, com muita aversão a risco.
Dia de gangorra
A bolsa brasileira começou o dia em alta nesta sexta-feira (26), ignorando a surpresa da pesquisa Datafolha divulgada ontem à noite, que mostrou uma redução de seis pontos percentuais na diferença das intenções de voto entre Bolsonaro e Haddad.
As pesquisas XP/Ipespe e Crusoé/Empiricus, divulgadas nesta manhã, trouxeram alívio aos investidores, mostrando que a distância entre os dois candidatos permanece grande.
Mas o tempo fechado lá fora logo fez o clima virar por aqui. As bolsas americanas abriram o pregão em forte queda por conta da desvalorização das ações das gigantes de tecnologia, cujos resultados desapontaram os investidores.
Na hora do almoço, porém, as perdas em Nova York desaceleraram, permitindo que o Ibovespa retornasse ao campo positivo.
No fim do dia, o banco Morgan Stanley elevou a recomendação para o Brasil de "equal-weight" (desempenho na média do mercado) para "overweight" (desempenho acima da média do mercado).
Pasadena... see what I mean?
Petrobras e Eletrobrás subiram forte nesta sexta com notícias favoráveis às vendas dos seus ativos.
As ações da petroleira fecharam em alta de 4,86% (PETR3) e 3,77% (PETR4), em reação à informação de que a estatal negocia a venda da refinaria de Pasadena, nos EUA, para a Chevron, segundo fontes da estatal que não quiseram se identificar.
Localizada no Texas, a refinaria está entre os alvos das investigações da Operação Lava Jato. A valorização dos papéis da estatal também acompanhou a alta nos preços do petróleo.
Mas a Petrobras não chegou a figurar entre as cinco maiores altas do Ibovespa. Outros papéis tiveram valorizações ainda mais fortes, como os da Eletrobrás.
As ações da elétrica subiram 5,81% (ELET3) - uma das maiores altas do dia - e 3,01% (ELET6), como reflexo de declarações do presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr., de que o governo estuda propostas para permitir a renegociação da dívida da Eletrobrás com a Petrobras, fundamental para viabilizar o leilão da distribuidora Amazonas Energia.
Além disso, ambos os papéis estiveram sujeitos ao otimismo eleitoral.
Ainda no "kit eleições" - estatais sujeitas aos ânimos da corrida eleitoral pelas perspectivas de maior ou menor intervencionismo dos governos -, outra ação que figurou entre as maiores altas do Ibovespa hoje foi a do BB (BBAS3), que subiu 5,79%.
A maior alta do índice hoje foi a da ação da Gol (GOLL4), que fechou com valorização de 10,70%. Ajudou o papel o relatório do Citi que elevou o preço-alvo da sua ADR - recibo de ação brasileira negociado no exterior - de US$ 8,50 para US$ 11, potencial de valorização de 23% em relação ao fechamento de ontem.
O banco reafirmou, ainda, sua recomendação de compra para os papéis da aérea.
Reações aos balanços
As ações da Suzano (SUZB5) tiveram a maior queda do Ibovespa no dia depois que a companhia divulgou prejuízo no terceiro trimestre, enquanto o mercado esperava lucro. As ações fecharam com recuo de 6,46%.
Já a CCR (CCRO3) fechou em queda de 0,88%, com resultados considerados mistos pelos analistas, que não tiveram grande surpresa com o balanço.
Para o banco Safra, os números vieram em linha com o esperado pela casa. Na opinião dos analistas, no momento o mercado concentra as atenções nas novidades sobre o trabalho final das investigações do Comitê Independente, as disputas judiciais com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e a eventual participação da CCR em leilões de infraestrutura.
Os resultados da Usiminas (USIM5) agradaram bastante o mercado, e as ações fecharam em alta de 1,62%.
A XP Investimentos recomenda compra do papel, em razão das perspectivas de recuperação econômica, alta no preço internacional do aço e dos múltiplos atrativos da companhia.
As ações das Lojas Renner (LREN3) também responderam a balanços fortes, divulgados ontem à noite, com alta de 2,10%.
O Citi considerou os resultados da varejista sólidos. O UBS diz que a companhia está bem posicionada para as vendas do quarto trimestre. A Guide diz acreditar que as Lojas Renner continuem apresentando resultados sólidos no próximo trimestre, em função de sua eficiência operacional e boa capacidade de execução.
Os papéis do Pão de Açúcar (PCAR4), por sua vez, recuaram 2,24%, uma das maiores quedas do Ibovespa, após a divulgação de resultados dentro do esperado pelo mercado ontem à noite.
Em entrevista ao "Broadcast", do "Estadão", o analista da Lerosa Vitor Suzaki disse que "a companhia tem perspectiva de ganho de market share, mas o setor não está tão positivo e não consegue repassar a inflação, o que causa impacto negativo da margem bruta" do Grupo Pão de Açúcar como um todo.
Em relatório, o Brasil Plural considerou positivos os resultados e a estratégia de "limpar a casa" antes de adotar uma estratégia de vendas mais agressiva em face à queda nos preços dos alimentos, que vem impactando positivamente as margens.
Em teleconferência hoje, o presidente do GPA, Peter Estermann, afirmou que a companhia acredita numa evolução do processo de venda da Via Varejo após as eleições. Ele afirmou que o grupo está pronto para investir mais em expansão, mas espera uma retomada do consumo e da economia brasileira que não deve se materializar na velocidade necessária em 2019.
Das companhias que soltam seus balanços na semana que vem, Embraer (EMBR3) subiu 5,08%, Itaú Unibanco (ITUB4) teve alta de 1,87% e Multiplan (MULT3) avançou 2,80%.
Decepção com as gigantes de tecnologia
As bolsas de Nova York abriram em baixa nesta sexta, digerindo resultados trimestrais decepcionantes de duas das cinco maiores companhias americanas em valor de mercado: Alphabet (Google) e Amazon.
Outra ação que despencou hoje devido a um balanço pior que o esperado foi a da Snap (Snapchat). Das grandes empresas de tecnologia que divulgaram resultados desde o último pregão, só a Intel animou os investidores.
A Nasdaq chegou a ter perdas de mais de 3% hoje, mas à tarde as quedas dos índices americanos desaceleraram.
O Dow Jones fechou em queda de 1,20%, aos 24.685 pontos; o S&P500 fechou em baixa de 1,74%, aos 2.658 pontos; e a Nasdaq terminou o pregão com perdas de 2,07%, aos 7.167 pontos.
As bolsas europeias também fecharam em queda nesta sexta-feira, muito motivadas pela aversão a risco global que já vem sendo vista nos últimos tempos, além do mau desempenho das bolsas americanas.
A Europa se vê às voltas de temores em relação à crise fiscal na Itália, que prevê déficit para seu orçamento de 2019, já rejeitado pela Comissão Europeia; e às complicadas negociações do acordo do Brexit, que está emperrado na questão das fronteiras das Irlandas.
Além disso, os investidores andam preocupados com as revisões para baixo nas previsões de crescimento mundial para este ano, ao mesmo tempo em que os EUA veem um crescimento forte.
Há expectativa de que o Fed, o banco central americano, aumente os juros mais rapidamente que o previsto para controlar um possível superaquecimento da economia dos Estados Unidos, atraindo os recursos dos ativos de risco para os títulos do Tesouro americano, mais seguros.
PIB nos EUA
Nesta manhã, foram divulgados os números do PIB dos EUA. A economia americana cresceu 3,5% no terceiro trimestre em relação ao período anterior, levemente acima do esperado pelo mercado.
Os gastos dos consumidores foram os grandes motores da expansão econômica, enquanto os índices de preços de gastos com consumo desaceleraram.
É possível que esse resultado, embora em larga medida esperado, tenha contribuído para as quedas nas bolsas americanas hoje, pois reforça a perspectiva de um aperto monetário ainda maior pelo Fed, o que eleva a aversão a risco pelo mundo.
*Com Estadão Conteúdo
Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem
Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Seu Dinheiro abre carteira de 17 ações que já rendeu 203% do Ibovespa e 295% do CDI desde a criação; confira
Portfólio faz parte da série Palavra do Estrategista e foi montado pelo CIO da Empiricus, Felipe Miranda
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula