🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Com o fôlego em dia

Nadando contra a maré: Ibovespa destoa do exterior, fecha em alta e recupera os 105 mil pontos

O noticiário mais favorável no front doméstico neutralizou o tom defensivo visto lá fora, em meio às instabilidades da cena política americana, dando impulso ao Ibovespa

Victor Aguiar
Victor Aguiar
26 de setembro de 2019
10:32 - atualizado às 14:30
Pessoa nadando
O Ibovespa não se intimidou com o tom negativo das bolsas americanas e nadou até o nível dos 105 mil pontosImagem: Todd Quackenbush / Unsplash

A correnteza não esteve a favor do Ibovespa nesta quinta-feira (26). As águas dos mercados globais até começaram o dia mais calmas, mas, ainda durante a manhã, a maré virou — e as bolsas americanas passaram a cair em bloco. Mas, desta vez, o índice brasileiro não se deixou levar pelo fluxo.

  • O Melhor Curso de Análise Gráfica está com INSCRIÇÕES ABERTAS. Vagas exclusivas e promocionais para leitores Seu Dinheiro, apenas por este link.

Contrariando o tom negativo visto lá fora, a bolsa local conseguiu se sustentar no campo positivo. Mas engana-se quem pensa que o Ibovespa ficou satisfeito em se segurar no lugar: o índice mostrou que está com o fôlego em dia, terminando o dia em alta de 0,80%, aos 105.319,40 pontos.

Essa é a primeira vez desde 11 de julho que o Ibovespa consegue fechar um pregão acima do nível dos 105 mil pontos — agora, o índice está a um triz do recorde histórico de encerramento, aos 105.817,03 pontos. Na semana, a bolsa brasileira acumula ganho de 0,48% e, no mês, de 4,14%.

O Ibovespa, assim, nadou contra a maré, já que, nos Estados Unidos, o Dow Jones (-0,30%), o S&P 500 (-0,24%) e o Nasdaq (-0,58%) terminaram o dia em queda — por lá, as instabilidades no cenário político americano e as incertezas no front da guerra comercial acabaram mexendo com o fluxo das águas.

Já o dólar à vista não conseguiu nadar no mesmo ritmo do mercado acionário: a moeda americana fechou em leve alta de 0,18%, a R$ 4,1623 — mais cedo, a divisa chegou a cair 0,78%, a R$ 4,1224. No exterior, a sessão foi marcada por um certo viés de estabilidade do dólar em relação aos ativos de países emergentes.

E o que explica essa diferença de desempenho entre o Ibovespa e os índices acionários de Nova York? A resposta está no noticiário local, recheado de elementos que trouxeram otimismo aos agentes financeiros domésticos — e que, assim, neutralizou a cautela vista lá fora.

Leia Também

Por aqui, destaque para o fechamento de um acordo entre o governo e o Congresso para priorizar diversas pautas econômicas defendidas pela administração Bolsonaro. Entre outros pontos, o acerto garante a realização do megaleilão do pré-sal em novembro, o que tende a reforçar as contas do Orçamento do país nesse ano.

"A notícia melhorou o humor dos mercados por sinalizar maior agilidade no lado econômico", diz um economista, ponderando que o leilão do pré-sal tende a atrair um volume considerável de recursos externos ao país — perspectiva que pode ajudar a conter a disparada do dólar.

Além disso, os agentes financeiros também repercutiram o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central (BC), divulgado nesta manhã. No documento, a autoridade monetária elevou a projeção de crescimento do PIB neste ano, de 0,8% para 0,9%, e mostrou uma perspectiva de inflação sob controle nos próximos anos.

Tais fatores elevaram a percepção de que a economia local começa a ganhar tração, ao mesmo tempo que reforçaram o cenário de mais cortes de juros por parte do BC — na semana passada, a instituição promoveu mais um ajuste negativo de 0,5 ponto na Selic, levando-a a um novo piso histórico de 5,5% ao ano.

Correnteza forte

Lá fora, contudo, os agentes financeiros optaram por adotar uma postura mais defensiva, reduzindo a exposição ao risco. As incertezas relacionadas à abertura de um pedido de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a nebulosidade nas negociações comerciais entre Washington e Pequim, acabaram inspirando cautela às operações no exterior.

"No momento, eu não vejo nenhum grande risco de o Trump sofrer um impeachment, me parece ser mais uma estratégia do partido Democrata para fazer barulho contra a imagem dele", diz o economista, ressaltando que, independente das eventuais intenções, o noticiário acabou gerando ruído e trazendo precaução às negociações.

Quanto à guerra comercial, os mais recentes desdobramentos até trouxeram indicações positivas aos mercados, já que o governo chinês afirmou mais cedo que as empresas locais concordaram em comprar "grandes volumes" de soja e de carne de porco dos EUA.

No entanto, com a nova rodada formal de negociações entre os dois países marcada para o início de outubro, os agentes financeiros preferiram não se animar demais com o noticiário. Afinal, caso não seja atingido nenhum tipo de acordo nesse encontro, a perspectiva é de piora nas relações entre americanos e chineses.

Vale lembrar que o governo americano pretende elevar ainda mais as sobretaxas que incidem sobre as importações chinesas em 15 de outubro. Assim, por mais que o noticiário de hoje traga elementos que sinalizem um alívio, o cenário global continuou bastante tenso.

Nado livre nos juros

O tom mais comportado do dólar à vista, somado às indicações emitidas pelo BC no Relatório de Inflação, fizeram com que as curvas de juros terminassem o dia em ligeira, tanto na ponta curta quanto na longa.

Os DIs com vencimento em janeiro de 2021 recuaram de 5,00% para 4,98%, e os para janeiro de 2023 caíram de 6,12% para 6,09%. No vértice mais extenso, as curvas para janeiro de 2025 foram de 6,73% para 6,70%.

Pés de pato

O bom desempenho das ações da Petrobras e do setor bancário foi fundamental para dar impulso ao Ibovespa num dia de exterior negativo. Os papéis PN da estatal (PETR4) fecharam em alta de 1,32% e os ONs (PETR3) subiram 0,83%, reagindo ao noticiário referente ao leilão do pré-sal.

Entre os bancos, destaque para Itaú Unibanco PN (ITUB4), que avançou 2,88% e teve o melhor desempenho do índice. Ainda no setor, Bradesco PN (BBDC4) teve ganho de 1,44%, Banco do Brasil ON (BBAS3) terminou em alta de 0,37% e as units do Santander Brasil (SANB11) subiram 1,12%.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ALÍVIO

Sobrevivendo a Trump: gestores estão mais otimistas com a Brasil e enxergam Ibovespa em 140 mil pontos no fim do ano

17 de abril de 2025 - 17:03

Em pesquisa realizada pelo BTG, gestores aparecem mais animados com o país, mesmo em cenário “perde-perde” com guerra comercial

conteúdo EQI

Dólar volta a recuar com guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas ainda é possível buscar lucros com a moeda americana; veja como

17 de abril de 2025 - 10:00

Uma oportunidade ‘garimpada’ pela EQI Investimentos pode ser caminho para diversificar o patrimônio em meio ao cenário desafiador e buscar lucros de até dólar +10% ao ano

CONFLITO DE INTERESSES

Mobly (MBLY3) expõe gasto ‘oculto’ da Tok&Stok: R$ 5,2 milhões para bancar plano de saúde da família fundadora — que agora tem cinco dias para devolver o dinheiro

17 de abril de 2025 - 9:57

Em comunicado, a Mobly destaca que os pagamentos representam mau uso de recursos da companhia, conflito de interesses e violação da governança corporativa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta

17 de abril de 2025 - 8:36

Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.

IR 2025

Como declarar ETF no imposto de renda 2025, seja de ações, criptomoedas ou renda fixa

17 de abril de 2025 - 7:03

Os fundos de índice, conhecidos como ETFs, têm cotas negociadas em bolsa, e podem ser de renda fixa ou renda variável. Veja como informá-los na declaração em cada caso

BATEU TETO

Fim da linha para a Vale (VALE3)? Por que o BB BI deixou de recomendar a compra das ações e cortou o preço-alvo

16 de abril de 2025 - 20:31

O braço de investimentos do Banco do Brasil vai na contramão da maioria das indicações para o papel da mineradora

APERTEM OS CINTOS

Por essa nem o Fed esperava: Powell diz pela primeira vez o que pode acontecer com os EUA após tarifas de Trump

16 de abril de 2025 - 17:34

O presidente do banco central norte-americano reconheceu que foi pego de surpresa com o tarifaço do republicano e admitiu que ninguém sabe lidar com uma guerra comercial desse calibre

GATO ESCALDADO?

Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez

16 de abril de 2025 - 14:10

Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”

16 de abril de 2025 - 12:40

O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje

COMPRAR OU VENDER

Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora

16 de abril de 2025 - 12:24

A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço

HORA DE BATER O MARTELO

Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo

16 de abril de 2025 - 11:44

No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard

MEXENDO

Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia

16 de abril de 2025 - 11:05

Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta

16 de abril de 2025 - 8:37

Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale

IR 2025

Como declarar ações no imposto de renda 2025

16 de abril de 2025 - 7:37

Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025

O PAÍS DA RENDA FIXA

As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR

15 de abril de 2025 - 14:32

Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Depois de derreter mais de 90% na bolsa, Espaçolaser (ESPA3) diz que virada chegou e aposta em mudança de fornecedor em nova estratégia

15 de abril de 2025 - 13:40

Em seu primeiro Investor Day no cargo, o CFO e diretor de RI Fabio Itikawa reforça resultados do 4T24 como ponto de virada e divulga plano de troca de fornecedor para reduzir custos

JUROS X DIVIDENDOS

Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?

15 de abril de 2025 - 12:52

Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais

ANTES DA OPA

Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA

15 de abril de 2025 - 9:29

Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça

15 de abril de 2025 - 8:14

Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25

AGENDA DE RESULTADOS

Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências

15 de abril de 2025 - 6:47

De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar