🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
The show must go on

Under pressure: aversão ao risco e noticiário local fazem Ibovespa cair mais de 1%

Em meio às incertezas da guerra comercial e ao clima de cautela em função do noticiário doméstico, o Ibovespa teve mais um pregão negativo

Victor Aguiar
Victor Aguiar
26 de agosto de 2019
10:25 - atualizado às 16:23
Freddie Mercury Queen
Ibovespa foi pressionado por fatores locais e externos, caindo à faixa dos 96 mil pontos - Imagem: Shutterstock

Eu gosto muito de rádio: enquanto dirijo, fico trocando freneticamente de estação, alternando entre músicas e notícias. E, na manhã desta segunda-feira (26), não foi diferente: a caminho do trabalho, enquanto pensava no Ibovespa e no dólar à vista, eu cruzava a zona oeste de São Paulo — e ia pulando de emissora em emissora.

E, entre as diversas manchetes, canções e entrevistas, uma linha de baixo prendeu a minha atenção: simples, elegante e marcante. Era a abertura de Under Pressure, clássico do Queen com a participação de David Bowie.

Depois de alguns segundos de introdução, Freddie Mercury e o camaleão do rock entram e cantam, a plenos pulmões: "Pressure / Pushing down on me / Pushing down on you / No man ask for". Ou, numa tradução livre:

Pressão / Me esmagando/ Te esmagando / Ninguém merece isso

Confesso: eu não sou um grande fã de Queen. Mas, desde hoje cedo, essa música está na minha cabeça. E, ao ver o Ibovespa cedendo às pressões locais e externas, não tive como não lembrar ainda mais do dueto entre Freddie Mercury e David Bowie — ou da linha de baixo de John Deacon.

Afinal, o principal índice da bolsa brasileira até começou o dia bem, tocando os 98.435,96 pontos logo após a abertura (+0,79%). No entanto, o Ibovespa rapidamente perdeu força e virou o campo negativo, terminando em baixa de 1,27%, aos 96.429,60 pontos — o menor nível de fechamento desde 5 de junho.

Leia Também

E, assim como nas últimas semanas, o noticiário externo trouxe cautela às negociações por aqui. Lá fora, a guerra comercial entre Estados Unidos e China segue nos holofotes, gerando preocupação aos mercados em escala global — e, em meio à turbulência, os ativos de países emergentes acabaram sendo os mais penalizados.

No entanto, o panorama doméstico também foi motivo de preocupação para os agentes financeiros. Os recentes atritos entre os governos do Brasil e da França, tendo como pano de fundo a crise na Amazônia, não são bem vistos pelo mercado; além disso, o noticiário envolvendo o BTG Pactual trouxe uma dose extra de estresse às negociações.

O mercado de câmbio também segue pressionado: o dólar à vista avançou 0,36%, a R$ 4,1395 — na máxima, chegou a tocar os R$ 4,1630, o maior nível em termos intradiários desde 19 de setembro (R$ 4,1767). Lá fora, o a moeda americana exibiu tendência semelhante em relação às demais divisas de países emergentes.

Já as bolsas americanas conseguiram passar por um alívio: o Dow Jones subiu 1,05%, o S&P 500 teve alta de 1,10% e o Nasdaq exibiu ganhos de 1,32%. E o que explica essa diferença de comportamento em relação ao Ibovespa?

Is this the real life?

Na última sexta-feira (23), as tensões comerciais entre Estados Unidos e China chegaram a um novo patamar após os governos de Pequim e de Washington elevarem as tarifas de importação entre si — e após o presidente americano, Donald Trump, elevar o tom e fazer críticas agressivas ao governo chinês.

Contudo, o republicano deu algumas declarações nesta manhã, buscando esfriar um pouco os ânimos. Segundo Trump, o governo americano recebeu duas ligações de autoridades de Pequim na noite do último domingo. O republicano afirmou que os países retomarão as negociações comerciais "em breve" e de "forma muito séria", dizendo ainda ter respeito pelo presidente chinês, Xi Jinping.

E, por mais que o governo chinês tenha negado os contatos telefônicos, o tom mais ameno usado por Trump diminuiu o pânico nos mercados — o que abriu espaço para que as bolsas americanas recuperassem parte das perdas recentes. Só que esse otimismo não contamina as bolsas mundiais.

Conforme destaca Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, a aversão global ao risco por causa da instabilidade na guerra comercial segue elevada. A fala de Trump, assim, serve para trazer algum alento aos mercados americanos, mas não diminui a cautela em relação aos ativos mais arriscados, como os de países emergentes.

"Há cerca de duas semanas, começamos a ver um descolamento maior dos emergentes em relação ao mercado americano", pondera Beyruti. "E, hoje, vemos que a aversão ao risco ainda está alta. Isso gera um movimento de busca por ativos seguros que acaba nos desfavorecendo".

Assim, o Ibovespa mergulhou novamente no campo negativo e o dólar à vista voltou a ganhar força em relação ao real: em meio às incertezas e instabilidades da guerra comercial, os agentes financeiros preferem reduzir a exposição aos ativos mais arriscados e correm para opções mais seguras.

No caso do mercado acionário, essas alternativas seriam os papéis de empresas americanas; no câmbio, a preferência acaba ficando com o dólar.

Is this just fantasy?

Mas analistas e operadores também destacam que o noticiário local não coopera para melhorar o humor dos mercados por aqui. A crise na Amazônia, somada às trocas de farpas entre o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e da França, Emmanuel Macron, traz desconforto aos agentes financeiros.

Por mais que os países do G7 tenham definido ajudar o Brasil a combater os incêndios florestais na Amazônia, o bate-boca público entre Bolsonaro e Macron não é bem visto pelos mercados, uma vez que pode mexer com a percepção do Brasil no exterior e trazer instabilidade às negociações. "Isso não é nada bom", me disse um operador.

Além disso, um segundo fator no front local contribuiu para piorar ainda mais o humor por aqui: a possibilidade de envolvimento do BTG Pactual num esquema de lavagem de dinheiro, conforme revelado num primeiro momento pelo site O Antagonista.

A Polícia Federal estaria investigando "esquemas extremamente sofisticados" de lavagem de dinheiro — a denúncia, cuja íntegra foi disponibilizada pelo site, foi feita em 2016, por uma fonte anônima ligada ao banco. Em nota, o BTG negou qualquer irregularidade.

Como resposta, as units do BTG Pactual (BPAC11) fecharam em forte baixa de 18,48%, a R$ 46,46. Os demais papéis do setor bancário também fecharam no campo negativo, com destaque para Banco do Brasil ON (BBAS3) (-0,47%) e Bradesco PN (BBDC4) (-1,03%).

Caught in a landslide

Por aqui, o real segue mostrando dificuldade para retomar o terreno perdido, e nem mesmo a venda de mais um lote de US$ 550 milhões no mercado à vista pelo Banco Central trouxe maior tranquilidade às negociações de câmbio no mercado doméstico — essas operações vão até o dia 29.

Vale lembrar, ainda, que o BC continuará com as ofertas de moeda no mercado à vista em setembro: na última sexta-feira, a autoridade anunciou que ofertará até US$ 11,6 bilhões a partir de 2 de setembro.

E o estresse visto no mercado de câmbio local acompanha o movimento visto no exterior: lá fora, a divisa americana ganha força em relação às demais moedas emergentes, caso do peso mexicano, do rublo russo, do peso chileno e do rand sul-africano, entre outras.

No escape from reality

O novo dia de pressão sobre os ativos emergentes e o fortalecimento do dólar à vista acabaram fazendo com que as curvas de juros avançassem em toda a sua extensão.

Na ponta curta, os DIs para janeiro de 2021 subiram de 5,43% para 5,51%; no vértice longo, as curvas com vencimento em janeiro de 2023 fecharam em alta de 6,44% para 6,59%, e as para janeiro de 2025 foram de 6,94% para 7,06%.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad

22 de novembro de 2024 - 8:41

Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões

O ASTRO DO TESOURO DIRETO

Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo e supera a taxa Selic, diz Inter; título emitido há 20 anos rendeu 1.337%

22 de novembro de 2024 - 7:07

Apesar de volatilidade no curto prazo, em janelas de tempo maiores, título indexado à inflação é bem mais rentável que a taxa básica

SEXTOU COM O RUY

Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma

22 de novembro de 2024 - 5:59

As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.

EM BUSCA DE SALVAÇÃO

Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) planeja grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’; saiba como será a operação

21 de novembro de 2024 - 19:24

Empresa divulgou um cronograma preliminar após questionamentos da B3 no início deste mês sobre o preço das ações ordinárias de emissão da varejista

PREÇO JUSTO?

Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem

21 de novembro de 2024 - 18:45

Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%

RANKING DE PROVENTOS

Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial

21 de novembro de 2024 - 17:59

A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson

MAS VOCÊ NÃO É TODO MUNDO...

Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país

21 de novembro de 2024 - 16:53

Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar

A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

FACA NA TECNOLOGIA

O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim

21 de novembro de 2024 - 12:48

Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos

BOM, PORÉM…

Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar  no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço

21 de novembro de 2024 - 11:22

Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual

RELATÓRIO DO BC

Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal

21 de novembro de 2024 - 11:10

Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

SD Select

Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)

19 de novembro de 2024 - 15:47

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”

HIDRELÉTRICAS

R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações 

19 de novembro de 2024 - 15:12

Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar