Ibovespa fecha no azul após entrevista de Guedes; dólar cai
Intenção do governo é reduzir de 34%, em média, a carga de impostos paga atualmente pelas empresas no País para 15%, segundo o ministro

Já estava dando saudades... Depois de dois pregões fechando no vermelho, a Bolsa de Valores de São Paulo resolveu hoje operar o dia todo no azul. Fechou em alta de 0,53%, com 96.558 pontos. O dólar quebrou uma sequência de seis altas seguidas e encerrou a quarta-feira com a maior baixa em 13 sessões, negociado em queda de 1,13%, a R$ 3,76. Tudo isso graças a uma ajudinha vinda lá dos Alpes: Paulo Guedes em entrevista em Davos, na Suíça, disse que o governo quer reduzir a carga de impostos paga atualmente pelas empresas no País de 34%, em média, para 15%.
O ministro da Economia argumentou que a única forma de se fazer isso sem derrubar a receita do Brasil é por meio de uma realocação da carga tributária. O ministro reforçou que se trata de um programa de "substituição tributária" e garantiu que não haverá aumento de imposto. A estratégia vai, de acordo com ele, atrair capital estrangeiro para o Brasil.
Partícula Kroton
Despontando como maior alta do Ibovespa, as ações ON da Kroton avançaram fortes 7,33%, após a empresa estimar que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve crescer entre 1% e 5% este ano. Além disso, a empresa informou ainda que o número de unidades de ensino em 2019 vai subir de 112 para 183, após aberturas de 38 unidades em 2018 e expectativa de abertura de 27 neste ano. A concorrente, Estácio, também subiu: 0,79%.
CSN em alta
As ações ON da CSN foram a terceira a maior alta do Ibovespa, com avanço de 5,41%, depois que o banco BTG elevou a recomendação do papel de neutra para compra, e aumentou o preço-alvo para R$ 13, o que implica em um aumento potencial de 32% em relação ao fechamento de ontem (R$ 9,79). Segundo o banco, a empresa deverá começar a entregar resultados, apoiados pelo avanço do minério de ferro. No mesmo ramo, a Metalúrgica Gerdau teve alta de 3,20%. Gerdau PN teve alta de 1,16%. Mas a concorrente, Usiminas, ficou com desvalorização de 0,41%.
Eztec
As ações da Eztec registram aumento de 2,51%, após a construtora e incorporadora paulistana mostrar forte elevação de lançamentos e vendas no fim do ano. A companhia registrou vendas líquidas de R$ 285 milhões no quarto trimestre de 2018, crescimento de 179% em relação ao mesmo período de 2017. Esse foi o maior resultado dos últimos cinco anos da empresa. Já os lançamentos da Eztec atingiram R$ 518 milhões em valor geral de vendas (VGV) no quarto trimestre de 2018, alta de 245% em comparação com o mesmo período de 2017. A incorporadora ainda reiterou a meta de lançar empreendimentos residenciais com Valor Geral de Vendas (VGV) entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão em 2019, sem contar torres corporativas.
Engie
A exemplo do que acontece desde o começo deste ano, a Engie (ramo de energia, solar e outras) está entre as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira. A subsidiária brasileira do grupo francês de energia e gás consta na carteira de dividendos de várias corretoras, e operadores lembram que a Engie Brasil tem um dos melhores retornos em proventos (yield) do mercado. Além disso, a negociação com a Petrobras para que a Engie faça a aquisição da Transportadora Associada de Gás (TAG), segundo o Credit Suisse, não afetaria as metas financeiras, e poderia contribuir para dar maior estabilidade à receita da companhia. Engie ON teve elevação de 5,42%.
Leia Também
Suaves prestações
As ações de varejistas se destacaram em alta em meio a perspectiva de que os juros deverão continuar baixos e de retomada da economia. Ontem, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse à agências internacionais que a política monetária está estimulativa, mas que o BC olhará no momento adequado se os juros estão "suficientemente estimulativos", sugerindo que a Selic pode voltar a cair.
"O investidor estrangeiro está começando a voltar para o Brasil vendo a situação de forma mais positiva. E a perspectiva de retomada da economia e de juros baixos tende a beneficiar bastante o setor de consumo", destaca Bruno Madruga, sócio e chefe de renda variável da Monte Bravo. As ações ON da Via Varejo tiveram a;ta de 4,67% e Magazine Luiza ON, de 4,66%.
Cerveja choca
A Ambev teve um dia péssimo no Ibovespa nesta quarta-feira: foi a maior baixa, com 2,05%. Operadores chamam atenção para o fato de que as perspectivas de resultados para a fabricante de bebidas não são animadoras. O BTG Pactual projeta que a Ambev apresentará nova queda de volumes para o mercado local no quarto trimestre de 2018, o que leva a nova redução nas expectativas de resultados.
Por outro lado, o Credit Suisse, em relatório elaborado ontem, chama atenção para uma pesquisa feita pelos analistas sobre o mercado de cervejas em São Paulo. E o banco constata que as marcas da Ambev ainda têm força considerável nos bares voltados para público de baixa renda.
A favorita
Entre os papéis ligados à commodities, as ações PN da Petrobras registram alta de 1,19%, após o JPMorgan apontar que prefere ações da petrolífera aos papéis da Vale. O banco argumenta que há ganhos potenciais com venda de ativos e aprovação pelo Congresso do leilão de óleo excedente da cessão onerosa, destaca um operador. A petrolífera subiu a despeito da queda do preço do barril, que caiu 0,74% (WTI) e 0,59% (Brent). As ações da mineradora, mesmo não sendo a favorita, avançaram 1,13%.
Privatizar a Sabesp??
A ação ON da Sabesp teve avanço de 1,89%, após o secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles, afirmar que a companhia será privatizada se a MP 686, que tenta novamente alterar o marco regulatório do setor de saneamento no Brasil, for aprovada até o fim do primeiro semestre. Segundo ele, a privatização deverá ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões. Se até lá não for aprovada, o governo estadual preparará sua capitalização. Neste caso, Meirelles espera que o Estado arrecade R$ 4 bilhões (com R$ 1 bilhão investido na companhia). "O mercado trabalha cada vez mais com a possibilidade de uma privatização e acredita na aprovação da MP", diz Bruno Madruga, sócio e chefe de renda variável da Monte Bravo.
Frango árabe
Os papéis ON da BRF avançaram 2,11% depois que a empresa estimou que deve retomar em no máximo três meses o patamar anterior de embarques de carne de frango para a Arábia Saudita. De acordo com comunicado, o impacto efetivo da restrição se concentrou na unidade de Lajeado, que vinha operando com um volume de aproximadamente 6,5 mil toneladas/mês de exportação para o país árabe.
A BRF afirmou que as oito unidades habilitadas têm capacidade suficiente de atendimento da demanda daquele mercado. "Assim, a perda de receita líquida não é material, visto que a estimativa da empresa é de que poderá atingir no máximo 0,1% da receita líquida auferida nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2018, ou R$ 45 milhões nesse período de três meses".
*Com Estadão Conteúdo
Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Como declarar ações no imposto de renda 2025
Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025
As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio
A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
A lanterna dos afogados: as 25 ações para comprar depois do caos, segundo o Itaú BBA
Da construção civil ao agro, analistas revelam onde ainda há valor escondido
Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu
Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Dólar livre na Argentina: governo Milei anuncia o fim do controle conhecido como cepo cambial; veja quando passa a valer
Conhecido como cepo cambial, o mecanismo está em funcionamento no país desde 2019 e restringia o acesso da população a dólares na Argentina como forma de conter a desvalorização do peso
Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo
Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade
Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido