🔴 É HOJE: GRUPO SELETO DE CRIPTOMOEDAS COM POTENCIAL DE ATÉ 27.000% DE LUCRO SERÁ REVELADO – CONFIRA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Day after do Copom

Sem fôlego: Ibovespa correu durante a manhã, mas perdeu o embalo e fechou em queda

O Ibovespa reagiu positivamente às indicações do Copom e chegou a tocar os 106 mil pontos na máxima. Mas o índice perdeu fôlego durante a tarde, o que abriu espaço para um movimento de realização de lucros. Já o dólar à vista disparou e voltou ao nível de R$ 4,15

Victor Aguiar
Victor Aguiar
19 de setembro de 2019
10:30 - atualizado às 14:29
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa - Imagem: Seu Dinheiro

O Ibovespa começou a sessão desta quinta-feira (19) pisando fundo no acelerador. Logo na largada, o índice subiu forte e chegou a tocar o nível dos 106 mil pontos — um patamar que só tinha sido atingido uma vez na história. E combustível não faltava para a bolsa brasileira.

Afinal, na noite anterior, o Copom cortou a Selic em 0,5 ponto, levando a taxa básica de juros a um novo piso histórico, de 5,5% ao ano. Mais que isso: a autoridade monetária sinalizou que novos ajustes negativos devem acontecer no curto prazo.

Só que, conforme o dia foi passando, o carro do Ibovespa começou a engasgar. A velocidade, antes alucinante, começou a diminuir pouco a pouco, e a possibilidade de um novo recorde histórico — em termos de fechamento, a máxima do índice é de 105.817,06 pontos — foi ficando cada vez mais distante.

Ao fim do dia, o principal índice da bolsa brasileira sequer conseguiu se sustentar no campo positivo: no fechamento, o Ibovespa marcava 104.339,16 pontos, uma queda de 0,18%. Já o dólar...

Bom, o dólar à vista não aliviou o ritmo: desde a manhã, a moeda americana aparecia no campo positivo, ganhando ainda mais força ao longo da tarde. Com isso, a divisa saltou de R$ 4,1036 na sessão passada para R$ 4,1628 nesta quinta-feira — uma alta de 1,44%. É o maior nível de encerramento desde o dia 3 (R$ 4,1790).

Com isso, a sessão que parecia caminhar para um novo recorde do Ibovespa acabou com o mercado de câmbio nos holofotes. E toda a dinâmica do dia, tanto da bolsa quanto do dólar, teve como pano de fundo as novas orientações de política monetária no Brasil e no mundo.

Leia Também

Manhã de otimismo

Os mercados abriram bastante bem humorados, em função das sinalizações emitidas pelas autoridades monetárias no mundo. Por aqui, os agentes financeiros mostram entusiasmo com o novo corte de 0,50 ponto na taxa Selic e às indicações de que o ciclo de ajustes negativos na taxa básica de juros tende a continuar.

Juros mais baixos, em geral, diminuem a rentabilidade dos investimentos em renda fixa. Assim, quem pretende conseguir rendimentos mais elevados precisa buscar outras alternativas — e a bolsa de valores aparece como a principal opção. Esse fluxo migratório, assim, tende a impulsionar o mercado acionário.

Rafael Passos, analista da Guide Investimentos, destaca que as outras sinalizações de bancos centrais no mundo também cooperaram para dar força ao Ibovespa durante a manhã. Ele lembra que, nos Estados Unidos, o Fed cortou  os juros em 0,25 ponto e deixou a porta aberta para novas reduções, e que, no Japão, a autoridade monetária local mostrou-se mais inclinada a adotar medidas de estímulo no futuro.

"O mundo está com a liquidez bem elevada, e isso beneficia os ativos de risco de uma maneira geral", diz Passos, ressaltando que a postura mais relaxada dos bancos centrais faz com que os investidores globais fiquem mais propensos a buscar alternativas para obter uma rentabilidade maior.

Já nos Estados Unidos, o tom das bolsas foi mais reticente desde o início do dia por causa de algumas sinalizações de hesitação por parte do presidente do Fed, Jerome Powell. O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq também passaram a manhã no campo positivo, mas nunca conseguiram engatar ganhos firmes como o Ibovespa.

Apesar de a instituição dar a entender que novos cortes podem ocorrer no futuro, o dirigente evitou se comprometer com esse movimento, batendo na tecla da importância dos dados econômicos. Assim, ainda há dúvidas quanto ao que o Fed irá fazer nas próximas reuniões, o que trouxe um viés mais cauteloso aos mercados de Nova York.

Tarde de cautela

Durante a tarde, contudo, o Ibovespa começou a perder força. E analistas e operadores não atribuem esse movimento a alguma notícia específica ou mudança relevante de panorama. A percepção foi a de que, com o índice acima dos 105 mil pontos, um movimento de realização de lucros começou a ser desencadeado na bolsa.

As principais afetadas por esse efeito foram as ações do setor bancário, que abriram o dia em alta, mas fecharam com quedas firmes. Foi o caso de Itaú Unibanco PN (ITUB4), que caiu 1,67%; Bradesco PN (BBDC4), em baixa de 1,21%; Bradesco ON (BBDC3), com perda de 1,34%; e Banco do Brasil ON (BBAS3), com desvalorização de 2,6%.

Vale lembrar que, ao atingir o nível dos 106 mil pontos, o Ibovespa passou a acumular um ganho de quase 5% desde o início do mês. E mesmo com a leve baixa contabilizada hoje, o índice ainda sobe 3,17% em setembro e 0,81% nesta semana.

No exterior, as bolsas americanas também perderam força: o Dow Jones recuou 0,19% e o S&P 500 caiu 0,04%, enquanto o Nasdaq conseguiu sustentar leve ganho de 0,07%. Por lá, notícias a respeito das negociações entre Estados Unidos e China trouxeram alguma apreensão às negociações.

Declarações dadas pelo conselheiro do governo americano para assuntos ligados à China, Michael Pillsbury, não foram bem recebidas pelo mercado. Ao jornal South China Morning Post, Pillsbury disse que o presidente americano, Donald Trump, estaria pronto para uma nova escalada na guerra comercial caso um acordo entre aspartes não seja firmado em breve.

Dólar sob pressão

A diferença de postura entre o Copom e o Fed trouxe efeitos ao mercado de câmbio: por aqui, o dólar à vista mostrou-se pressionado desde o início do dia, encerrando a sessão no nível de R$ 4,16 e voltando aos níveis do início de setembro.

Parte do fortalecimento do dólar pode ser explicado justamente pelas decisões de política monetária: assim como na última reunião, o Copom cortou a Selic em 0,50 ponto, enquanto o Fed promoveu um ajuste de 0,25 ponto. Assim, desde julho, o diferencial de juros entre EUA e Brasil diminuiu em 0,50 ponto.

Com esse gap mais estreito, o real perde atratividade em relação ao dólar, uma vez que a divisa americana é mais segura e, agora, os investimentos no Brasil não tem uma rentabilidade tão maior que a das alocações nos EUA.

Além disso, operadores ponderaram que o dólar tem servido como opção de devesa para os mercados — se, por um lado, há um estímulo maior para entrar na bolsa, por outro, também há um impulso para aumentar as posições na moeda americana, protegendo-se contra eventuais turbulências.

Juros caem

A sinalização, por parte do Copom, de que o processo de redução na Selic tende a continuar, fez com que a curva de juros registrasse baixas em toda a sua extensão nesta quinta-feira.

Na ponta curta, os DIs com vencimento em janeiro de 2020 caíram de 5,17% para 5,11%, enquanto os para janeiro de 2021 recuaram de 5,21% para 5,03%. Na longa, as curvas com vencimento em janeiro de 2023 foram de 6,27% para 6,19%, e as para janeiro de 2025 fecharam em queda de 6,83% para 6,81%.

Vale destacar que, apesar de terem terminado a sessão em baixa, as curvas de juros também passaram por um movimento de redução do alívio ao longo do dia. Os DIs para janeiro de 2021, por exemplo, chegaram a operar abaixo dos 5% durante a manhã.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
Conteúdo Empiricus

Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são

25 de abril de 2025 - 14:58

Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus

AGORA TEM FONTE

Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações

25 de abril de 2025 - 14:00

A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade

TCHAU, B3!

OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira

25 de abril de 2025 - 13:42

Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3

DEPOIS DO BALANÇO DO 1T25

Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%

25 de abril de 2025 - 13:14

Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa

RUMO AOS EUA

JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas

25 de abril de 2025 - 10:54

Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados

DE OLHO NA VIRADA

Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado

25 de abril de 2025 - 10:27

Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

SEXTOU COM O RUY

Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso

25 de abril de 2025 - 6:03

A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.

A TECH É BIG

Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre

24 de abril de 2025 - 17:59

A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)

COMPRAR OU VENDER

Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo

24 de abril de 2025 - 16:06

Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles

METAL AMARELO

Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?

24 de abril de 2025 - 14:51

Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano

LADEIRA ABAIXO

Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs

24 de abril de 2025 - 14:17

Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius

FUNDOS DE HEDGE

O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis

24 de abril de 2025 - 12:06

Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA

NÚMEROS DECEPCIONANTES

A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca

24 de abril de 2025 - 11:26

Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault

TÁ CHEGANDO

OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações? 

24 de abril de 2025 - 10:45

Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos

Conteúdo Empiricus

‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado

24 de abril de 2025 - 10:00

CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar

24 de abril de 2025 - 8:11

China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam

IR 2025

É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025

24 de abril de 2025 - 7:07

A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos

BONS VENTOS A CAMINHO?

Desempenho acima do esperado do Nubank (ROXO34) não justifica a compra da ação agora, diz Itaú BBA

23 de abril de 2025 - 19:15

Enquanto outras empresas de tecnologia, como Apple e Google, estão vendo seus papéis passarem por forte desvalorização, o banco digital vai na direção oposta, mas momento da compra ainda não chegou, segundo analistas

ILUMINADA

Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?

23 de abril de 2025 - 16:22

Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar