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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Mercados respiram

Em dia de trégua, Ibovespa e bolsas de NY fecham em alta; dólar tem leve queda

Os mercados globais tiveram um dia de alívio, embora a guerra comercial siga inspirando cautela. Por aqui, o noticiário político trouxe tensão extra e limitou o potencial de ganho do Ibovespa

Victor Aguiar
Victor Aguiar
14 de maio de 2019
10:27 - atualizado às 11:49
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Ibovespa voltou ao campo positivo e retomou o patamar dos 92 mil pontos - Imagem: Seu Dinheiro

As principais bolsas do mundo estão tendo um maio vermelho. E não à toa: o reaquecimento da guerra comercial entre Estados Unidos e China pegou os agentes financeiros de surpresa, forçando uma correção no plano de voo dos mercados.

E embora o noticiário não tenha trazido alívio em relação às negociações entre os dois países, a terça-feira (14) foi de recuperação para os ativos globais, especialmente as ações.

Nos Estados Unidos, as bolsas mantiveram-se em terreno positivo ao longo de toda a sessão, com o Dow Jones fechando em alta de 0,82%, o S&P 500 registrando ganho de 0,81% e o Nasdaq avançando 1,14%.

E, por aqui, o tom foi semelhante, embora o desempenho tenha ficado aquém do visto nos Estados Unidos: o Ibovespa passou por alguma instabilidade durante a manhã, mas fechou em alta de 0,4%, aos 92.092,44 pontos.

Analistas e operadores ressaltam, contudo, que esse movimento foi fruto de uma correção técnica, uma vez que as fortes quedas vistas desde semana passada derrubaram o preço dos ações e atraíram compradores ao longo da sessão.

E mesmo com os ganhos de hoje, o saldo ainda é amplamente negativo em maio. Nos Estados Unidos, o Dow Jones (-3,9%), o S&P 500 (-3,8%) e Nasdaq (-4,5%) seguem no vermelho neste mês; no Brasil, o Ibovespa (-4,42% tem desempenho igualmente ruim.

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Quanto à recuperação menos intensa do Ibovespa em relação às bolsas de Nova York, a explicação está no cenário local — ou, no caso, às tensões elevadas que começam a se formar no front político brasileiro.

Ondas do tsunami

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro falou que um 'tsunami' poderia atingir o cenário político. E as primeiras ondas desse maremoto já começam a chegar ao continente.

Duas noticias se destacaram e trouxeram cautela aos mercados locais. Em primeiro lugar, há a quebra do sigilo bancário e fiscal do filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, no âmbito das investigações envolvendo as movimentações financeiras atípicas de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz.

Em segundo, o acordo de colaboração premiada de um dos donos da Gol, Henrique Constantino, cita diversos nomes de peso de Brasília, entre eles, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

"Há um ambiente doméstico muito mais tenso, e isso segurou a bolsa hoje", diz Álvaro Frasson, analista da Necton Investimentos. Ele lembra que, além do noticiário político, o enfraquecimento das perspectivas da economia doméstica também contribui para trazer cautela aos mercados.

Guerra de atrito

No exterior, as negociações comerciais entre Estados Unidos e China continuam longe de um desfecho amigável. Na noite passada, o governo americano formalizou a proposta de impor tarifas de 25% sobre produtos chineses importados pelo país que ainda não sofreram barreiras por Washington.

Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a criticar o governo de Pequim via Twitter. "Nós podemos fazer um acordo com a China amanhã, antes que as empresas comecem a sair para não perder os negócios nos Estados Unidos, mas na última vez em que estivemos próximos [de um entendimento] eles quiseram renegociar o acordo", escreveu. E acrescentou: "de jeito nenhum!".

"[A recuperação de hoje] é muito mais um movimento de correção que uma resposta a alguma sinalização", diz Frasson. "Parece que estamos num jogo de informações, mas sem novos fundamentos que possam mover os mercados de maneira mais efetiva".

Dólar cai no mundo

De qualquer jeito, o dia foi de alívio nos mercados globais — e esse respiro também foi visto no câmbio. O dólar perdeu força ante as moedas emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano, o peso colombiano, o rublo russo e o peso chileno.

Esse contexto também foi sentido por aqui: o dólar à vista fechou em leve queda de 0,07%, a R$ 3,9766 — na máxima do dia, tocou os R$ 3,9952 (+0,39%). Assim como o Ibovespa, o dólar também foi pressionado pelo cenário político local conturbado, limitando o movimento de alívo em relação aos pares globais.

Os juros tiveram um dia mais tranquilo: os DIs com vencimento em janeiro de 2020 recuaram de 6,41% para 6,39%, e os para janeiro de 2021 caíram de 6,92% para 6,85%. Na ponta longa, as curvas para janeiro de 2023 tiveram baixa de 8,05% para 7,99%, e as para janeiro de 2025 foram de 8,60% para 8,56%.

Além do leve alívio no dólar, os dados ruins de atividade econômica tiveram papel importante nessa queda na curva de juros, conforme destaca Frasson, da Necton. Mais cedo, o IBGE informou que o volume de serviços prestados recuou 0,7% em março ante fevereiro, pior que a mediana das projeções de analistas ouvidos pelo Broadcast (-0,2%).

A ata da última reunião do Copom, divulgada mais cedo, também influenciou o comportamento das curvas de juros. No documento, a autoridade monetária reforçou a necessidade de reformas fiscais para melhora da atividade e inflação nas metas.

Sorrisos na JBS

As ações ON da JBS (JBSS3) apresentaram o melhor desempenho do Ibovespa nesta terça-feira e fecharam em alta de 8,36%, a R$ 21,39 — é a primeira vez na história que os papéis do frigorífico atingem a faixa dos R$ 21,00.

O bom desempenho ocorre na esteira dos resultados trimestrais da companhia, divulgados na noite passada. A JBS teve lucro líquido de R$ 1,09 bilhão entre janeiro e março de 2019, alta de 116% ante o mesmo período de 2018 — o resultado foi ajudado pelo efeito do câmbio sobre as operações no exterior e sobre as exportações.

A receita líquida da empresa de alimentos controlada pela família Batista avançou 11,5% para R$ 44,3 bilhões no trimestre, com avanço em todas as unidades de negócios, tanto no exterior quanto no Brasil.

Em linhas gerais, analistas consideraram os resultados como "mistos", destacando a piora nas margens de diversas divisões da empresa, em especial a Seara. Contudo, as projeções seguem positivas para a JBS, em meio ao surto de febre suína que atinge a China e que eleva as perspectivas de exportação da companhia.

Eletrobras avança

Quem também subiu na esteira dos resultados trimestrais foram as ações da Eletrobras. Os papéis ON da estatal (ELET3) avançaram 6,84% e tiveram a segunda maior alta do Ibovespa, enquanto os ativos PNB (ELET6) tiveram ganho de 4,08%.

A companhia fechou o primeiro trimestre de 2019 com um lucro líquido de R$ 1,347 bilhão, cifra 178% maior que o de R$ 484 milhões no mesmo período do ano anterior.

Em relatório, o Safra ressalta que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Eletrobras, de R$ 2,593 bilhões, ficou acima das projeções do banco, em meio à redução de custos promovida pela estatal e às menores despesas com provisões no trimestre.

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