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Bolsa e dólar hoje

Ibovespa fecha no positivo com trégua entre China e Trump

Os investidores estão gostando dos novos acenos que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem feito à China

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12 de dezembro de 2018
10:34 - atualizado às 18:59
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa - Imagem: Seu Dinheiro

Os investidores gostaram dos novos acenos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à China. A indicação de que ele interviria no caso da executiva chinesa – caso isso ajudasse a garantir um acordo comercial com Pequim - induziu muita gente às compras. Com isso, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou no positivo nesta quarta-feira, embora tenha dado uma desacelerada no finalzinho do pregão (os preços do petróleo viraram internacionalmente e passaram a operar no negativo pouco antes do fechamento). O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,65%, com 86.977 pontos. O dólar passou o dia todo em queda e fechou a quarta-feira com desvalorização de 1,43%, cotado a R$ 3,85.

Já a queda do dólar foi influenciada pela fraqueza da moeda americana ante o euro e a libra e algumas divisas emergentes ligadas a commodities, como o peso mexicano e o rand sul-africano, após novos sinais de Washington de um bom andamento das relações comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Contribuíram para que o Ibovespa andasse no azul (no melhor momento do dia, pela manhã, o índice chegou a subir 1,77%) a libertação da executiva da Huawei e a decisão da China de reduzir as tarifas para carros americanos, as duas notícias de ontem à noite. Uma vez que o noticiário nacional foi escasso, o que deu o tom foi mesmo a pauta intencional.

Na pauta do estresse, restou apenas a crise do Brexit. No Reino Unido, o Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, levará adiante ainda hoje um voto de desconfiança contra a premiê. A expectativa diante dos parlamentares já consultados sobre o tema, porém, é que ela deve sobreviver à contestação de sua liderança, no momento em que busca conseguir garantias dos parceiros da União Europeia para aprovar no Parlamento londrino o acordo do Brexit.

Opep

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disse hoje que sua produção total sofreu pequena redução em novembro, mas destacou que apenas a da Arábia Saudita - maior integrante do cartel - avançou para nível recorde, num momento em que o grupo se prepara para cortar sua oferta para 2019. A produção diminuiu 11 mil barris por dia (bpd) no mês passado, para uma média de 32,97 milhões de barris. Já os sauditas produziram 11,01 milhões de barris em novembro, 337 mil a mais do que em outubro. O salto na produção saudita foi compensado por quedas na oferta do Irã - cuja indústria petrolífera voltou a sofrer sanções dos Estados Unidos -, da Venezuela, da Nigéria e do Iraque.

Nos EUA

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos recuaram 1,208 milhão de barris, a 441,954 milhões de barris, na semana encerrada no dia 7, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) nesta quarta-feira. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda maior, de 2,8 milhões.

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Os estoques de gasolina tiveram crescimento de 2,087 milhões de barris, a 228,337 milhões de barris, ante previsão de alta de 1,8 milhão de barris dos economistas. Os estoques de destilados recuaram 1,475 milhão de barris, a 124,137 milhões de barris, ante previsão de alta de 1,3 milhão de barris.

Vagarosa

O Tribunal de Contas da União (TCU) cobrou do governo o envio de informações complementares sobre os estudos técnicos e econômicos que darão base às negociações da revisão do contrato de cessão onerosa e o leilão de excedentes.

Petrobras

Somados esses três fatores – Opep, DoE, cessão onerosa – mais a virada nos preços do petróleo que  passaram a operar no negativo no fim do dia,  o resultado foi perda de força para as ações da Petrobras. Mesmo assim, fecharam em alta de 0,34% (ON) e 0,04% para o PN.

Siderúrgicas de boas

A onda mais positiva do dia atingiu em especial as siderúrgicas, com Usiminas PNA se destacando, com alta de 6,97%, seguida por CSN ON (5,19%). Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista que interviria no Departamento de Justiça americano no caso contra a executiva da chinesa Huawei, se isso ajudasse a garantir um acordo comercial com a China. Nesse contexto, no porto de Qingdao, o minério de ferro subiu 1,15%, negociado a US$ 66,73 a tonelada, segundo operadores. Vale ON que chegou a registrou alta de 1,13%, fechou em queda de 0,45%.

Sabesp

Além das siderúrgicas, também teve bom desempenho a Sabesp ON, a maior alta da quarta-feira, com mais de 6%, impulsionada pela assinatura do contrato de prestação de serviços com a cidade de Guarulhos. Também houve a assinatura do termo de ajuste para pagamento e recebimento de dívida entre o serviço autônomo de água e esgoto de Guarulhos (SAAE), a cidade de Guarulhos e a estatal, com suspensão de dívida de R$ 2,7 bilhões.

Já a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) levou um tombo de 4,14%, com a notícia divulgada pela companhia no final da tarde de ontem sobre os investimentos previstos para o período entre os anos de 2019 e 2023. De acordo com a companhia, devem ser investidos, para os próximos cinco anos, um total de R$ 7,12 bilhões. O mercado estimava algo em torno dos R$ 5 bilhões.

 

 

*Com Estadão Conteúdo

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