🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Bolsa e dólar hoje

Bolsa fecha no zero a zero em dia de agenda fraca, mas dólar se aproxima de R$ 3,70

Depois de uma verdadeira gangorra ao longo do dia, Ibovespa fecha estável; dólar e juros futuros mantiveram queda com otimismo dos investidores em relação às eleições

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
9 de outubro de 2018
11:06 - atualizado às 18:27

A bolsa fechou estável nesta terça (09), aos 86.087 pontos, após uma série de altas e baixas durante o pregão. O dia começou com ajustes e realização de lucros, depois de uma segunda-feira de rali, notadamente nas ações que mais subiram ontem. O movimento foi revertido com a ajuda do cenário exterior e a manutenção do otimismo com as perspectivas de que Bolsonaro seja eleito e faça um governo mais liberal na economia. Mas o Ibovespa fechou praticamente no zero a zero.

Ainda assim, o volume de R$ 17,3 bilhões negociado hoje, bem abaixo do volume recorde de R$ 28,9 bilhões de ontem, ficou acima da média diária do mês.

Especulações em torno dos nomes já aventados para compor um possível governo do capitão reformado estão agradando os investidores, pelo viés mais pró-mercado. É o caso de Maria Silvia Bastos Marques, CEO do Goldman Sachs e ex-presidente do BNDES, e Roberto Campos Neto, diretor do Santander.

Curiosamente, a possibilidade de o deputado Onyx Lorenzoni (DEM) se tornar ministro da Casa Civil em um eventual governo Bolsonaro não parece ter afetado o humor dos investidores hoje. Lorenzoni opôs-se duramente à Reforma da Previdência no governo Temer, junto com o PT.

Para o economista-chefe da Garde Asset Management, Daniel Weeks, no entanto, quem serão os ministros de Bolsonaro ainda não faz preço no mercado. Ao Broadcast, do "Estadão", ele argumentou que o economista Paulo Guedes é o "grande fiador" do candidato à Presidência da República e isso basta por ora. Depois do resultado do segundo turno, será o momento de cobrar os nomes da equipe econômica.

Em entrevista ao programa "Pânico", da Jovem Pan, nesta tarde, Paulo Guedes disse que a ideia de recriação de um imposto nos moldes da CPMF foi "um equívoco", e que ele estudava a criação de um imposto único. Também garantiu a manutenção do Bolsa Família e defendeu maior abertura da economia do país. O pronunciamento também pode ter contribuído para animar os mercados na parte da tarde.

Leia Também

As ações de estatais, que vinham num forte movimento de alta nos últimos dias e dispararam ontem, hoje subiram moderadamente. Eletrobrás fechou em alta de 3,68% (ELET3) e 0,15% (ELET6) e Petrobras subiu 1,85% (PETR3) e 0,83% (PETR4). BB (BBAS3), no entanto, fechou em queda de 0,51%.

As ações da Vale (VALE3), que amargaram quedas nos últimos dias por conta da baixa do dólar, subiram hoje impulsionadas pela alta no preço do minério de ferro. A cotação no porto de Qingdao, na China, atingiu US$ 71,14 a tonelada, alta de 2,5%. As ações fecharam em alta de 1,07%.

A Cemig (CMIG4), estatal mineira que subiu forte ontem em razão das perspectivas de privatizações num eventual governo do Partido Novo no estado, fechou com alta de 2,16%. Mais cedo, o BTG Pactual elevou a recomendação das ações da Cemig de "neutro" para "compra".

As ações da Gol (GOLL4), maior alta de ontem, continuaram subindo nesta terça com o recuo do dólar ante o real. A companhia tem boa parte de seus custos e de sua dívida na moeda americana. Os papéis fecharam com ganho de 0,75%.

Marfrig é a maior alta do dia

As ações da Marfrig (MRFG3) registraram a maior alta do dia, refletindo a aprovação da venda da Keystone pelo órgão regulador da concorrência dos Estados Unidos. Segundo o analista da Guide ouvido pelo Broadcast, Luis Gustavo Pereira, a aprovação já era esperada, mas essa transação contribui para melhorar a estrutura de capital da Marfrig, além de seguir em linha com o objetivo de redução da alavancagem financeira da empresa.

A redução da alavancagem, segundo o analista, seria de 4,2 vezes a dívida líquida/Ebitda para perto de duas vezes a dívida líquida/Ebitda. As ações da Marfrig subiram hoje 7,59%.

Fora do Ibovespa, a Even subiu 5,21%, após o JPMorgan elevar a recomendação do papel de "neutral" para "overweight" (desempenho acima da média do mercado). As ações da construtora, segundo a instituição, ainda teriam potencial de alta de 30%, com preço-alvo de R$ 5 no fim do ano. As ações da Tenda (TEND3), no entanto, foram rebaixadas de "overweight" para "neutral" e fecharam em queda de 4,42%.

Dólar se aproxima de R$ 3,70

O dólar à vista abriu em alta, influenciado pelo avanço da moeda americana no exterior, em razão de expectativas de que os EUA precisem acelerar o movimento de elevação dos juros por conta do aquecimento da economia do país. Isso se refletiu no aumento dos juros dos títulos do Tesouro americano nos últimos dias.

Porém, nesta manhã, o dólar reverteu o movimento e passou a registrar queda em relação ao real, uma vez que os juros dos títulos dos EUA começaram a perder forças. Também houve novos ingressos de fluxo cambial no mercado local. A moeda fechou em queda de 1,28% a R$ 3,7155.

A queda do dólar se refletiu também num recuo dos juros futuros brasileiros. O DI com vencimento em janeiro de 2021 caiu de 8,89% para 8,64%. Já o DI para janeiro de 2023 caiu de 10,14% para 9,96%.

Os juros dos títulos do Tesouro americano começaram a cair, nesta manhã, após a fala do presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, que afirmou não ser fora do razoável haver mais três elevações de juros nos Estados Unidos até junho do próximo ano. Sem direito a voto atualmente nas decisões de política monetária, Kaplan disse não haver dúvida de que as pressões cíclicas sobre a inflação têm aumentado, o que propicia o aperto monetário gradual atualmente em andamento.

A virada na bolsa brasileira na manhã de hoje acompanhou as altas vistas nas bolsas americanas e europeias e reforçou o otimismo do investidor com as perspectivas de um eventual governo Bolsonaro, o que tem feito a bolsa subir e o dólar e os juros caírem nos últimos dias.

As bolsas americanas abriram em baixa, de olho nas expectativas para os juros dos títulos americanos. Quanto mais eles sobem, mais atrativos se tornam, deixando os ativos de risco menos interessantes, e vice-versa. Depois, chegaram a reverter o movimento, mas devolveram os ganhos até o fim do dia.

O Dow Jones fechou em queda de 0,21%, aos 26.430 pontos; o S&P500 fechou em baixa de 0,14%, aos 2.880 pontos; e a Nasdaq teve ligeira alta de 0,03%, aos 7.738 pontos.

As bolsas europeias fecharam em alta depois que o governo italiano afirmou, nesta manhã, que participantes do mercado ficarão mais "tranquilos" quando lerem a proposta completa para o Orçamento de 2019.

Os investidores estrangeiros, no entanto, mantiveram a cautela em relação a dois pontos: o aumento das tensões comerciais entre EUA e China; e o Brexit. O Banco Central Europeu advertiu, em documento divulgado nesta manhã, sobre como, no tempo limitado até a saída do Reino Unido da União Europeia, empresas britânicas não conseguirão mitigar os riscos de ruptura financeira por conta própria.

De acordo com fontes da agência Dow Jones Newswires, o Reino Unido e a União Europeia fizeram progressos nas negociações em relação ao Brexit e um acordo pode já ser anunciado na próxima segunda-feira.

Dados econômicos divulgados hoje

Mais cedo, o IBGE informou que a produção industrial no país cresceu em 11 dos 15 locais pesquisados em agosto de 2018 em relação a agosto de 2017. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional. As maiores altas ocorreram no Rio Grande do Sul (12,3%), Pernambuco (11,7%) e Pará (11,0%).

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) avançou em seis das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de outubro na comparação com o fechamento de setembro. Na primeira leitura deste mês, o índice atingiu 0,53%, depois de 0,45% no fim de setembro.

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 3,3 pontos em setembro ante agosto, para 91,0 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Após sete meses seguidos de quedas, o indicador atingiu o menor nível desde dezembro de 2016, quando estava em 90,0 pontos.

*Com Estadão Conteúdo

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
conteúdo EQI

Dólar volta a recuar com guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas ainda é possível buscar lucros com a moeda americana; veja como

17 de abril de 2025 - 10:00

Uma oportunidade ‘garimpada’ pela EQI Investimentos pode ser caminho para diversificar o patrimônio em meio ao cenário desafiador e buscar lucros de até dólar +10% ao ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta

17 de abril de 2025 - 8:36

Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.

GATO ESCALDADO?

Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez

16 de abril de 2025 - 14:10

Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”

16 de abril de 2025 - 12:40

O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje

COMPRAR OU VENDER

Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora

16 de abril de 2025 - 12:24

A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço

HORA DE BATER O MARTELO

Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo

16 de abril de 2025 - 11:44

No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard

MEXENDO

Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia

16 de abril de 2025 - 11:05

Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta

16 de abril de 2025 - 8:37

Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale

JUROS X DIVIDENDOS

Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?

15 de abril de 2025 - 12:52

Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais

ANTES DA OPA

Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA

15 de abril de 2025 - 9:29

Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça

15 de abril de 2025 - 8:14

Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25

MILEI FAZENDO HISTÓRIA

Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio

14 de abril de 2025 - 18:22

A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões

DIA 83 E 84

Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo

14 de abril de 2025 - 11:42

Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos

MERCADOS HOJE

Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta

14 de abril de 2025 - 11:27

Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos

REESTRUTURAÇÃO DA AÉREA

Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3

14 de abril de 2025 - 10:17

Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje

14 de abril de 2025 - 8:46

Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques

AOS NÚMEROS

Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo

13 de abril de 2025 - 15:50

Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump

ESTÃO TE ESPERANDO, VÊ SE NÃO VAI DEMORAR

A lanterna dos afogados: as 25 ações para comprar depois do caos, segundo o Itaú BBA

13 de abril de 2025 - 11:59

Da construção civil ao agro, analistas revelam onde ainda há valor escondido

A LANTERNA DOS AFOGADOS

Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu

12 de abril de 2025 - 16:01

Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam

SEU DINHEIRO EXPLICA

Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street

12 de abril de 2025 - 11:28

Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar