Ibovespa fecha em alta, mas perde fôlego no final
Índice bateu os 91 mil pontos mas deu uma esfriada no fim do pregão e voltou à casa dos 89 mil. A perda de ritmo foi puxada pelo setor financeiro
A Bolsa de Valores de São Paulo abriu animada hoje e continuou assim até a última hora do pregão. Bateu os 91 mil pontos por volta do meio dia, chegando à máxima de 91.242. Mas às 17h, deu uma esfriada e voltou à casa dos 89 mil. A perda de ritmo foi puxada por uma realização de lucros de curto prazo, conforme apontaram alguns analistas. A piora das ações do setor financeiro também contou. Durante o dia, boa parte dos investidores preferiu papéis do setor de commodities em detrimento dos bancos.
Sendo assim, o Ibovespa terminou a primeira segunda-feira de dezembro com alta de 0,35%, com 89.820 pontos. A trégua de 90 dias na guerra comercial entre EUA e China, anunciada ao final da Cúpula do G-20, trouxe alívio aos investidores e fez a bolsa operar em ritmo de festa quase durante o dia todo. O dólar fechou o dia em queda de 0,47%, cotado a R$ 3,84. A moeda americana caiu também em outros emergentes - com exceção da Turquia -, sobretudo em relação às moedas de países ligados a exportação de commodities.
Bancos estragam festa
A maior parte das "blue chips" avançou, com algumas exceções no mercado financeiro, entre elas Itaú, Bradesco e Banco do Brasil. Operadores ouvidos pelo Broadcast apontaram que houve durante o dia uma migração para investimentos ligados a commodities e, ainda, um reposicionamento de carteira. Como, na semana passada, algumas ações desse setor chegaram a subir 6%, houve quem quisesse botar dinheiro no bolso e, assim, colocou os papéis a venda. Bradesco PN caiu 1,72%, Itaú Unibanco PN, 1,28% e BB On, 1,19%.
Buenos Aires querida
Em Buenos Aires, os relatos de que a conversa entre os presidentes Trump e Xi Jinping foram de um clima cordial deram o tom na Bolsa hoje. Os EUA estão conseguindo o que querem, que os chineses aumentem suas importações. Em troca, Trump concordou em suspender por três meses a tarifa de 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses a partir de primeiro de janeiro, enquanto Xi Jinping se comprometeu em reduzir o déficit na balança comercial americana.
Na volta a Washington, o presidente mostrou entusiasmo aos jornalistas, dizendo que, se o acordo acontecer, “será um dos maiores já realizados, com impacto incrivelmente positivo” para a economia dos EUA. Segundo Trump, a China comprará “uma quantidade tremenda de produtos agrícolas dos americanos”.
A aço e ferro
Respondendo imediatamente ao acordo feito na Argentina, as siderúrgicas acompanharam a forte valorização de seus pares no exterior hoje. Gerdau PN subiu 4,33%, Usiminas PNA deu salto de 4,71% e CSN ON, 3,49%. A euforia generalizada, na leitura de alguns operadores, é de curto prazo. Segundo Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, a perspectiva de acordo entre os dois países deu novo fôlego para as commodities, mas a economia chinesa segue no radar. "O foco continua nos sinais de crescimento da economia chinesa, que tem demonstrado enfraquecimento".
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Reestruturação
BB Seguridade foi uma das quedas em destaque, com desvalorização de 1,45%. A baixa vem decorrente da reestruturação da parceria mantida entre BB Seguros Participações (BB Seguros) e Mapfre Brasil Participações. A empresa estima que essa reestruturação apresente um impacto negativo aproximado de R$ 79 milhões no lucro líquido do quarto trimestre, decorrente de efeitos fiscais e das despesas com os assessores financeiros da operação.
Na esteira da alta do petróleo, que fechou o dia com valorização de 3,75% (Brent) nos mercados internacionais, Petrobras ON subiu 2,84% e a PN, 1,89%.
Cerveja choca
A Ambev não teve um dia bom, depois de divulgado um relatório pessimista da UBS. Amargou desvalorização de 1,06%. A cervejaria, que sofreu uma grande queda de vendas depois de reajustar preços, anunciou no mês passado resultados decepcionantes para o terceiro trimestre: perdeu mais de R$ 80 bilhões em valor de mercado em 2018. Hoje vale R$ 258 bilhões, bem menos que os R$ 341 bilhões de um ano atras.
Sorriso azedo
A Smiles foi um dos pontos negativos do Ibovespa hoje, com baixa de 1,81%. A ação da empresa subiu mais de 11% durante a semana passada, em meio à aprovação das alterações no estatuto social pelos acionistas, como parte do processo de incorporação pela Gol. Hoje, segundo operadores, é normal que o papel passe por uma realização, até por conta da maior demanda por ações do setor de commodities. Às 17h, caia 1,63%.
Sem rumo
A Rumo teve o pior desempenho do Ibovespa nesta segunda-feira, com queda de 3,78%. Segundo operadores, dados da indústria brasileira, importantes para a empresa de logística ainda não apresentam uma melhora expressiva.
*Com Estadão Conteúdo
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