Quais são os perfis de investidores de criptomoedas e como identificar o seu?
Saiba como montar sua carteira de criptoativos com opções que se adequam ao seu perfil, seja ele agressivo ou conservador
As criptomoedas deixaram de ser apenas uma aposta e passaram a ser uma classe de ativos pertencente à carteira de muitos investidores: já são 4,2 milhões de brasileiros investindo em cripto no país, de acordo com um levantamento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Os jovens são maioria quando o assunto é investimento em criptomoeda: de acordo com dados levantados pelo cryptobank Monnos, plataforma com mais de 45 mil usuários em 118 países, 67% dos usuários têm idade entre 18 e 25 anos. Na B3, por exemplo, a maior parte dos investidores tem entre 26 e 35 anos (33,4%).
Mas isso não significa que só investidores jovens podem investir nesse setor; mesmo perfis mais conservadores encontram boas opções de criptomoedas para diversificar a carteira. Portanto, se você está pensando em explorar o mercado cripto, deve começar por compreender o seu perfil de investidor.
Mas, afinal, como definir esse perfil e montar um portfólio fortalecido?
Preparamos um guia, em parceria com o Mercado Bitcoin, para te ajudar nessa missão. Saiba quais são as principais diferenças entre o investidor tradicional e o investidor cripto, além de dicas para alinhar expectativas e rentabilizar no longo prazo.
Por que é importante saber seu perfil de investidor?
Seja você investidor iniciante ou avançado, fato é que definir o seu perfil é fundamental para facilitar a escolha por bons ativos – isso vale tanto para o mercado de ações tradicional como para o mercado cripto.
O investimento em criptomoedas ainda é relativamente novo para todos nós, e por isso nem sempre é possível traçar um panorama de longo prazo sobre os retornos desses ativos. Sendo assim, definir o seu perfil influenciará diretamente as suas escolhas, uma vez que você deve definir metas e limites para a sua carteira.
Se a sua estratégia é buscar lucros no curto prazo, metodologias de alto risco podem ser as mais eficazes – mas a aposta também se torna mais perigosa, podendo ser uma fonte de aflição para aqueles que temem oscilações bruscas no patrimônio.
Para o longo prazo, vale considerar ativos mais sólidos, com maior adoção institucional e histórico de preços mais consistentes. Criptomoedas como o Bitcoin e o Ether são os protagonistas nas carteiras dos investidores, por serem as mais consolidadas e com maior liquidez no mercado.
Portanto, são duas as principais vantagens de se definir um perfil de investidor cripto:
- Adequar a carteira de investimentos: tanto pode haver possibilidade de lucro acima da média como quedas exorbitantes; lembre-se que o mercado cripto é altamente volátil e a diversificação é importante para controlar o fluxo de recursos;
- Saber selecionar os ativos: a recomendação mais segura é de que o portfólio cripto seja preenchido, ao menos no início, por ativos mais sólidos e consolidados.
Investidor clássico X investidor cripto: quais são as diferenças?
Assim como a volatilidade do mercado financeiro tradicional se difere do mercado cripto, o mesmo acontece com o perfil dos investidores. Por mais que sejam ativos de uma mesma classe – renda variável –, suas particularidades e objetivos podem ser bem distintos.
Como apontado anteriormente, os jovens são ampla maioria dos entusiastas do mercado de criptomoedas, e uma das motivações principais pode ser o fato desses ativos serem vendidos como uma disrupção do sistema financeiro tradicional, por suas propostas de governança descentralizada e inovação tecnológica.
Já os mais tradicionalistas optam por estratégias mais sólidas, muitas vezes dando preferência aos ativos com maior conexão palpável com o mundo real (ações de grandes empresas, fundos imobiliários de tijolo, títulos do Tesouro Nacional).
Investidor clássico
Existem três classificações comuns para definir o investidor tradicional:
- Conservador: prioriza a segurança dos investimentos, com foco na manutenção do dinheiro no longo prazo;
- Moderado: possui características mistas, logo se importa com a segurança, mas está disposto a correr certo risco para gerar retornos maiores;
- Arrojado/Agressivo: prioriza o retorno mais alto em prazos menores, e por isso está sujeito a uma maior volatilidade – e consequentemente risco.
Investidor cripto
Quando voltamos as atenções para o mercado de criptoativos, muitos podem pensar que o perfil arrojado/agressivo é o que mais se encaixa nas características dos investidores. Porém, nem sempre é assim. Mesmo investidores mais conservadores podem se beneficiar de ativos sólidos desse mercado – a técnica HOLD (ou HODL, no linguajar virtual) é um bom exemplo.
- Holder/Hodlers: o famoso "buy and hold" é a estratégia que visa a comprar um ativo e mantê-lo na carteira por um longo prazo;
- Trader: estratégia usada mais pelos grandes entusiastas de cripto, trata-se de uma medida ousada com foco no curto prazo (comprar e vender com a única intenção de gerar lucro imediato).
Pessoas com perfil conservador podem investir em cripto?
Apesar de ser frequentemente associado ao mercado de renda variável, o aporte em cripto é também uma opção para quem deseja diversificar a carteira de investimentos. Seja você um investidor conservador ou arrojado, é importante lembrar que os ativos digitais não devem ocupar uma parcela muito significativa do seu patrimônio, pois a volatilidade pode impactar bruscamente suas finanças.
Por isso, o “truque de mestre” para investir em cripto é evitar o comprometimento de todo o portfólio em um único ativo volátil.
Aqueles com maior resistência à volatilidade podem dar preferência a criptoativos lastreados, que atrelam seus valores a moedas fiduciarias ou ativos financeiros reais. Nesse sentido, há duas opções mais recomendadas:
Stablecoins
Uma sugestão interessante para quem quer começar a investir em cripto sem a oscilação constante do setor é focar nas stablecoins, ativos digitais lastreados em moedas fiduciárias (como o dólar e o euro) na proporção de 1 para 1.
Um dos exemplos mais conhecidos de stablecoins é a cripto Tether (USDT), que tem seu valor pareado ao dólar americano (logo 1 USDT equivale a US$ 1). No Brasil, o exemplo mais conhecido é a cripto cReal, uma stablecoin algorítmica descentralizada que rastreia o real, lançada pela blockchain Celo.
Tokens lastreados
Outra opção de investimento menos volátil no mercado cripto são os chamados tokens lastreados, ativos financeiros reais – precatórios e consórcios, por exemplo – que passam por um processo de tokenização em redes blockchain.
A vantagem, nesse caso, é que eles são negociados de forma descentralizada e têm um valor muito mais baixo do que no mercado tradicional. O Mercado Bitcoin, por exemplo, tem uma série desses ativos disponibilizados em sua plataforma, que podem ser negociados diretamente pela plataforma.
Descobriu seu perfil de investidor? Agora, você pode começar a aplicar em cripto pelo Mercado Bitcoin
Agora que você já conhece as principais características do perfil do investidor cripto, já pode montar uma estratégia que melhor se adequa aos seus objetivos. Além de definir o seu perfil, é importante também contar com uma estrutura sólida e transparente na hora de negociar os ativos.
A forma mais prática e segura de ingressar no mercado cripto é investir por meio de uma exchange especializada. Com mais de 3 milhões de usuários, o Mercado Bitcoin é a maior plataforma de compra e venda de criptoativos ativos da América Latina. São mais de 150 criptoativos disponíveis para negociação 24 horas por dia, 7 dias por semana.
A boa notícia é que você pode começar a comprar criptos com saldo a partir de R$ 50. Além disso, o cadastro é feito de forma 100% digital e sem burocracia. É fácil, prático e rápido.