O Bitcoin tem sete vidas? Entenda por que o criptoativo está caindo e se ainda vale a pena se posicionar
A maior criptomoeda do mundo chegou a operar abaixo dos US$ 20 mil, após ter atingido a máxima histórica em novembro do ano passado, a US$ 69 mil
Nos últimos meses o preço dos criptoativos e, em especial, do Bitcoin vem caindo vertiginosamente. Desde que atingiu a sua máxima histórica em novembro, a principal moeda digital do mundo sofreu uma desvalorização acima de 70%, indo de US$ 69 mil a US$ 19 mil em sete meses.
Esse movimento causa um misto de emoções nos investidores. Alguns acreditam que essa é a melhor hora para comprar mais, enquanto outros assinam mais uma vez a sentença de morte do Bitcoin.
Embora seja possível que o ativo continue caindo, mesmo após romper os US$ 20 mil, o Bitcoin já provou ter "sete vidas”, se recuperando após sofrer desvalorizações severas.
A seguir, você entende melhor o que está por trás das quedas da maior criptomoeda do mundo e por que esse mercado tem passado por momentos difíceis nos últimos meses.
O que explica a queda brusca do Bitcoin?
A desvalorização do Bitcoin e de outros criptoativos não pode ser explicada por apenas um fator. Desde o começo de 2022, diversos acontecimentos movimentaram o mercado cripto, aumentando a desconfiança dos investidores, que, na tentativa de proteger o seu patrimônio, fogem de ativos de risco como as criptomoedas.
Um dos acontecimentos mais marcantes foi o desaparecimento da Terra (LUNA) e a stablecoin algorítimica TerraUSD (UST) no início de maio. Este incidente causou um prejuízo de bilhões e deixou os investidores bastante desconfiados em relação a todo o mercado de criptomoedas. Como resultado, outros ativos, inclusive o Bitcoin, sofreram pressões em suas cotações.
No fim de junho, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), também rejeitou dois EFTs de Bitcoin spot da Grayscale Investimentos. Em paralelo, grandes players do mercado cripto passam por problemas de insolvência, a exemplo da Celsius e Three Arrows Capital.
Tudo isso em meio a um contexto de aperto monetário nos Estados Unidos. A inflação americana chegou a marca de 1% ao ano e ameaça uma recessão na terra do Tio Sam. Como forma de mitigar esse impacto, o FED (banco central americano) tem elevado os juros ‒ assim como o BC brasileiro está fazendo com a Selic.
A alta de juros nos EUA torna o investimento em títulos do tesouro americano mais atrativos, já que esses ativos adquirem melhores rentabilidades. Assim, muitas pessoas acabam abandonando os investimentos de risco como as criptomoedas, visto que podem ter bons rendimentos com a segurança da renda fixa, na maior economia do mundo.
Esses fatores causam o que o mercado chama de efeito manada. Ou seja, os investidores começam a vender as suas criptomoedas. A consequência é uma aceleração da desvalorização desses ativos e diminuição da liquidez, isto é, muita gente querendo vender e pouquíssimas querendo comprar.
Para tentar frear a queda livre do Bitcoin e de outras moedas digitais, algumas corretoras estão tomando medidas drásticas. A Voyager Digital e Valud, por exemplo, suspenderam operações de saques, depósitos e negociações em suas plataformas.
Por que este não é o fim das moedas digitais?
Embora o cenário seja bastante assustador e o Bitcoin possa continuar caindo nos próximos meses, o histórico do ativo aponta que este ainda não é o fim. Em 2018, por exemplo, logo após atingir o patamar histórico de US$ 20 mil, o ativo despencou 73,8% em 12 meses, chegando aos US$ 3.000. Na época, muitos disseram que a moeda estava morta.
Investir em Bitcoin naquele momento parecia loucura. Entretanto, aqueles que mantiveram - ou até aumentaram - suas posições, puderam colher uma valorização de 1.160,30% desde 2018 até o fim de 2021.
Ainda que não seja possível as futuras cotações da cripto, uma coisa pode ser dita: independente de estar cotado a US$ 69 mil ou a US$ 20 mil, os fundamentos do Bitcoin permanecem os mesmos.
O Bitcoin é um dos primeiros ativos criados de forma descentralizada, ou seja, as decisões a respeito da moeda não estão atreladas a políticas governamentais ou a um banco central. Esse sistema garante que as regras não vão mudar pela decisão de um único usuário.
Outra inovação trazida pela criptomoeda é a blockchain, uma tecnologia confiável que garante a segurança das operações e reduz drasticamente os riscos de fraude, funcionando como “livro-razão” do criptomercado.
Somado a isso, o Bitcoin, ao ter sua oferta limitada em 21 milhões de unidades, funciona como ativo anti-inflacionário, diferentemente de outras moedas como o real, dólar e euro, que podem ser facilmente emitidas por casas de moeda.
Essa revolução que as criptomoedas estão fazendo já tem impacto no sistema monetário tradicional. De acordo com relatório econômico do Banco de Compensações Internacionais (BIS), 90% dos bancos centrais do mundo consideram a viabilidade de adotar moedas digitais de bancos centrais ‒ as CBDCs.
O que você precisa considerar antes de investir em criptomoedas neste momento?
Como dito anteriormente, não é possível prever se o Bitcoin vai gerar retornos de 1.000% daqui a uns meses para quem investir agora. Também não sabemos se o ativo vai voltar a subir amanhã, daqui a uma semana ou daqui a um mês.
Vale ressaltar que o Bitcoin, como todas as outras criptomoedas, são ativos de alto risco, com muita volatilidade. Logo, cabe ao investidor fazer um bom gerenciamento de carteira para não se expor a riscos demasiados. Ou seja, não é recomendado investir todo o seu patrimônio em criptomoedas. Os ativos digitais devem significar uma pequena parcela do seu portfólio.
Nesse contexto, o Fundo BTG Pactual Bitcoin 20 FIM é uma alternativa bem vantajosa, já que através do fundo, é possível investir com apenas R$ 1, além de não pagar taxa de performance.
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