É o fim dos bancos? Conheça a tecnologia por trás das finanças descentralizadas (DeFi)
Tecnologia sem intermédios utilizada em redes blockchain promete revolucionar o sistema financeiro tradicional e dar maior liberdade para o usuário
Quando o assunto é mercado cripto, poucas pautas chamam mais a atenção de investidores e especialistas que a expansão das redes blockchain, as cadeias de blocos interligados que estão por trás dos criptoativos. E nesse sentido, enquanto as criptomoedas se propõem a transformar as transações monetárias, as finanças descentralizadas (DeFi) vão além: querem revolucionar todo o sistema financeiro.
Se até então, os bancos pareciam ter total controle sobre as transações financeiras, agora essa hegemonia tem um concorrente de peso – e com apoio maciço de quem os utiliza. Com mais de 3 milhões de usuários ativos, as plataformas DeFi já totalizam mais de 212 bilhões de dólares aplicados. E é só o começo.
Transações financeiras instantâneas, sem taxas e para qualquer lugar do mundo; empréstimos P2P sem o intermédio de instituições; aplicações automatizadas e extremamente seguras: seria esse o caminho para o fim dos bancos tradicionais?
Mas, afinal, como funciona a tecnologia que promete mudar para sempre o sistema financeiro? Preparamos um conteúdo completo sobre as DeFi, em parceria com o Mercado Bitcoin, maior Acompanhe o texto a seguir e saiba tudo sobre as DeFi.
DeFi na prática: entenda a tecnologia
As finanças descentralizadas (decentralized finance, em inglês) são operações que ocorrem sem o intermédio de instituições ou governos. Esses mecanismos funcionam através de redes blockchain e vão muito além das criptomoedas.
Entre os serviços que podem se beneficiar dessa tecnologia, destacam-se empréstimos, negociações de criptoativos e protocolos automatizados.
A principal proposta por trás das finanças descentralizadas é oferecer soluções disruptivas para o mercado financeiro, enfraquecendo o monopólio dos bancos e outras problemáticas que até então pareciam enraizadas no setor. Ou seja: é o fim da centralização do sistema, da ineficiência e da burocracia – além de maior transparência sobre as transações.
Isso porque, assim como acontece com as criptomoedas, os protocolos DeFi também se utilizam de smart contracts; suas transações são amplamente rastreáveis desde a origem. As negociações são feitas diretamente entre os usuários – prática conhecida como peer-to-peer (P2P).
A relação das DeFi com a rede blockchain e o Ethereum
O universo DeFi está interligado à tecnologia blockchain, e tudo teve início em 2015, com o lançamento da rede Ethereum – sistema que, além de ter uma cripto de mesmo nome, oferece diversos outros serviços.
O Ethereum é considerado uma “evolução” do Bitcoin, já que apresenta um portfólio muito mais completo de funcionalidades. É por meio dessa rede que são desenvolvidas as aplicações descentralizadas (dApps), base para toda a expansão dos projetos DeFi.
A importância dos smart contracts no contexto da descentralização
Outro ponto crucial para o desenvolvimento das DeFi é o fato de funcionarem por meio de contratos inteligentes. Os chamados smart contracts agem de maneira programável, permitindo a transação de moedas digitais de forma automatizada e extremamente segura.
Uma vez que esse tipo de contrato é implementado na blockchain, os serviços podem rodar sozinhos em dApps. Para o usuário, significa poder realizar serviços financeiros com pouca ou nenhuma intervenção humana.
Como as DeFi podem ser utilizadas?
As aplicações em DeFi são inúmeras, permitindo ao usuário que se envolva em diferentes tipos de serviços descentralizados. Graças a essa expansão natural nas redes blockchain, diversos protocolos vêm sendo criados para otimizar as experiências a fim de proporcionar ainda mais disrupção. Entre os serviços, destacam-se:
- Empréstimos de criptoativos;
- Negociação de Hipotecas;
- Investimentos programáveis e automatizados;
- Transferência monetária direta entre pessoas.
Um dos projetos mais conhecidos desse ramo é o da Uniswap, exchange descentralizada (DEX) que permite a negociação de tokens digitais de forma automatizada. Para além da plataforma em si, há uma cripto de mesmo nome atrelado à tecnologia.
Outro exemplo de aplicação é a plataforma de empréstimos Compound, um protocolo descentralizado de concessão de criptos que também atua sob os mecanismos dos smart contracts.
Quais são os riscos das DeFi?
Sendo uma tecnologia relativamente nova, as aplicações DeFi ainda geram dúvidas quanto à sua adoção e segurança. Assim como as criptomoedas, as DeFi não atendem a uma regulamentação própria – ao menos por enquanto – ou mesmo um controle central.
Do ponto de vista do usuário, essa descentralização é justamente o ponto alto da tecnologia, ao menos enquanto tudo estiver ocorrendo bem. Pela perspectiva negativa, pode-se dizer que a tecnologia preocupa a partir do momento que eventuais fraudes e perdas de dados ficam sob total responsabilidade dos usuários.
Nesse cenário, se houver algum tipo de vazamento ou roubo de criptoativos, não há como o cidadão comum se precaver. Por isso, o uso dessas aplicações ainda exige conhecimento avançado em protocolos digitais. A curto prazo, acaba não sendo uma alternativa viável para todos, mas deve ser adotada conforme evolui digitalmente.
Potencial DeFi para o futuro das transações financeiras
Apesar do uso “restrito”, a tecnologia DeFi tem tudo para se tornar mais acessível ao longo de suas atualizações. Da mesma forma que o sistema financeiro já foi um dia questionado e hoje é consolidado como a base centralizadora das finanças mundiais, o mesmo percurso deve ocorrer com os protocolos descentralizados.
Por meio das redes blockchain, sistemas financeiros regionais ou nacionalizados em uma só moeda podem se transformar em multiserviços globais. Tudo isso, através de um protocolo de código aberto acessível, rápido e barato.
A descentralização não necessariamente significa o fim desses conglomerados. As DeFi podem trabalhar em conjunto com instituições financeiras para otimizar os processos bancários. No futuro, o uso integrado dessas tecnologias deve trazer benefícios em grande escala e mesmo a redução dos custos operacionais.
Como investir em criptoativos DeFi?
Para o investidor, a pergunta que fica é: como se aproveitar dessa tecnologia para explorar boas oportunidades no mercado? Como dito anteriormente, grande parte dos protocolos DeFi se utilizam de tokens próprios negociados abertamente no criptomercado.
Portanto, se você deseja se beneficiar dessa tendência, atente-se para as seguintes opções de investimentos em DeFi:
- Compra de ativos por meio de exchanges descentralizadas;
- Compra de ativos por meio de corretoras especializadas – o Mercado Bitcoin tem diversos ativos DeFi;
- Aplicações em fundos de investimentos em Bolsa que replicam índices DeFi, como o ETF brasileiro QDFI11;
- Empréstimos negociados via contratos inteligentes entre usuários.
Comece a investir em DeFi pelo Mercado Bitcoin!
A forma mais prática e segura de ingressar no segmento DeFi é investindo em criptomoedas relacionadas a esse universo.
Entre as mais conhecidas, destacam-se os ativos UniSwap (UNI), dYdX (DYDX), UMA (UMA), AAVE (AAVE), 1inch, Compound (COMP) e Maker (MKR).
A boa notícia é que você pode negociá-los por meio de uma plataforma intuitiva e prática. O Mercado Bitcoin é hoje a principal referência em compra e venda de criptomoedas na América Latina. E você pode começar a comprar criptos com saldo a partir de R$ 50. Além disso, o cadastro é feito de forma 100% digital e sem burocracia. É fácil, prático e rápido.