‘Às vezes, as oportunidades não esperam’: BTG Pactual recomenda ação que pode saltar até 48%

Você compraria as ações de uma empresa justamente no momento em que um dos seus principais acionistas está tentando se desfazer da sua participação? Provavelmente, não. 

Em geral, quando esses movimentos acontecem, inúmeras questões a respeito da governança e até mesmo da saúde do negócio da empresa são levantadas. Assim, o sentimento de medo com relação àquela companhia pode tomar conta dos investidores.

Diante do cenário incerto, muitos acabam deixando de comprar a ação e quem já tem o ativo em carteira tenta se desfazer da posição. 

Os analistas do BTG Pactual destacam que “a incerteza é o medo nº1 do mercado, mas às vezes ela cria oportunidades”. 

Uma dessas oportunidades pode estar se desenhando neste momento no mercado brasileiro. Recentemente a notícia de que um banco importante estaria tentando se desfazer das ações de uma empresa brasileira vem causando temor nos investidores. 

De acordo com as informações que circulam no mercado, o banco pretende vender entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões em ações da companhia. 

O banco em questão negou a veracidade da transação, mas a possível venda de participação já afeta as ações da companhia, que no dia seguinte à notícia chegou a cair quase 2%. 

Diante da notícia aparentemente negativa para esta companhia, muitos investidores podem se questionar se esse é o melhor momento para investir nesta ação. Para os analistas do BTG Pactual, “às vezes as oportunidades não esperam [o momento “certo”]”. 

Assim, enquanto muitos preferem esperar, os analistas do banco não só reforçaram a recomendação, como aumentaram o preço-alvo do ativo. De acordo com as estimativas da casa, esta ação agora pode valorizar até 48%.

Por que os analistas do BTG acreditam que venda de participação é uma oportunidade para a ação?

No dia 2 de outubro, o BTG Pactual divulgou em um relatório as suas impressões a respeito desta ação, diante da notícia de suposta venda.  

Na visão dos analistas, a venda da participação por parte deste grande banco é algo que faz sentido e, do ponto de vista do negócio, tudo parece ir muito bem. 

Eles apontam que a companhia segue em um ritmo de “robusta geração de caixa”. Além disso, a empresa tem mantido o compromisso de retornar parte do fluxo de caixa aos seus acionistas. 

O banco destaca que, só este ano, foram R$ 8 bilhões destinados à remuneração dos investidores em forma de dividendos e recompra de ações. Outro ponto positivo destacado foi o processo de desalavancagem “muito bem estabelecido”. 

O bom desempenho também vinha refletindo nos papéis da companhia. Entre 1º de janeiro e 2 de outubro - data em que foi veiculada a notícia da suposta venda - as ações desta companhia valorizaram mais de 32%

Nesse sentido, a queda das ações diante da incerteza causada pela possível venda de participação acabou “criando potencialmente um ponto de entrada atraente”, destacam.

Ou seja, para os analistas do BTG Pactual, a companhia “continua apresentando a melhor relação de risco-retorno e é nossa única ação com recomendação de compra no setor.”

Ainda diante da melhora no guidance (projeção de resultados) da companhia, o banco optou por aumentar em 2% o preço-alvo para R$ 48. Ou seja, a ação que já subiu mais 32% no ano ainda pode valorizar 48%. 

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