Com reforma apresentada, grande questão é qual será a diluição
Executivo enviou proposta abrangente com previsão de economia de R$ 1,1 trilhão. Mas quanto disso sobreviverá às negociações no Congresso?
Com o texto completo da reforma da Previdência apresentado, tudo que precisamos saber é quão diluída ficará a proposta final após as negociações no Congresso Nacional. É essa conta nada trivial que vai ajudar a determinar o rumo dos mercados e dos investimentos ao longo dos próximos meses.
O governo estima um impacto de R$ 1,164 trilhão ao longo dos dez primeiros anos. A questão é chegar ao valor que será percebido e calculado como suficiente para a Previdência deixar de ser um “problema” em um horizonte previsível. Algo entre R$ 500 bilhões a R$ 800 bilhões resolve?
Como não poderia ser diferente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, colocou a régua lá em cima e falou que “abaixo de R$ 1 trilhão compromete novas gerações”.
No entanto, Guedes sozinho não tem como determinar esse grau de diluição. É aqui que vai entrar a capacidade de articulação do governo em utilizar as “moedas de troca” que estão espalhadas nas 66 páginas da PEC pelos votos necessários na Câmara e no Senado.
Os diferentes grupos de interesse afetados, como servidores públicos, policiais civis, professores, trabalhadores rurais (entre outros) e seus representantes na Casa do Povo vão esmiuçar a proposta e apresentar suas demandas. Já vemos notícias de que sindicatos vão trabalhar por idades mínimas menores, por exemplo.
Do outro lado da balança, os governadores parecem dispostos a apoiar o governo, pois a reforma também vai ajudar a resolver problemas financeiros dos entes da federação, que não estão conseguindo mais arcar com aposentadorias e pensões.
Leia Também
Ao governo, caberá negociar até onde ceder e, ao mesmo tempo, travar uma batalha junto à opinião pública, para que a necessidade de reforma “seja comprada” pela população, que não pode ver o ajuste como algo injusto e que não põe fim aos privilégios.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) voltou a destacar que o "principal desafio" do governo será convencer a população. Segundo Maia, a visita de Bolsonaro ao Congresso é uma "sinalização do governo de estar disposto ao diálogo".
Guedes voltou a atacar “grupos de interesse corporativos”, que têm impedido a reforma há décadas. Segundo o ministro, menos de seis milhões de pessoas têm impedido uma reforma que pode ajudar 200 milhões de brasileiros. Ele pediu ajuda da mídia para esclarecer as mentiras e falsidades desses grupos.
O secretário otimista
Estive na entrevista coletiva de mais de 4 horas com técnicos que estão há meses debruçados sobre o texto. De surpresa, apareceu o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, que listou alguns fatores que justificam o seu “otimismo” com a proposta.
Primeiro, ele falou que nunca viu um número tão grande de deputados querendo ser relator de um projeto “impopular”. Apenas projetos que podem render dividendos eleitorais são disputados pelos parlamentares. O hoje secretário foi o deputado responsável pela reforma trabalhista de Michel Temer e conseguiu um fato inédito até então, o texto fico ainda mais “rígido” após tramitação em comissão.
Depois, Marinho afirmou que a percepção da população sobre o tema mudou. Em abril de 2017, disse o secretário, cerca de 70% falavam que não era preciso fazer reforma. Agora esse mesmo percentual diz que é necessário.
Segundo Marinho, o que era uma coisa distante, que ocorria na Irlanda, Portugal e Grécia, passou a acontecer aqui Brasil. “Os Estados estão insolventes, não pagam salários e benefícios”, afirmou.
Além disso, o cidadão está vendo que se deteriorou a segurança pública, os serviços hospitalares, a infraestrutura “porque o Estado não tem condição de prover o custeio”.
“Nosso sistema é injusto e insustentável fiscalmente. E isso está repercutindo no conjunto da sociedade”, disse Marinho.
Dentro dos pontos da reforma que podem ser um trunfo nessa “batalha da comunicação” está uma mudança nas alíquotas que incidem sobre salários. De forma simplificada, o escalonamento proposto reduz o pagamento daqueles que ganham menos (de 8% para 7,5% até um salário mínimo) e amplia a fatia de contribuição daqueles que ganham mais. Dentro do regime dos servidores públicos essa alíquota efetiva poder ir a 16,79%, para quem ganha mais de R$ 39 mil.
Já um ponto deve gerar "mídia negativa" é o pagamento de R$ 400 para pessoas em condição de miserabilidade entre 60 anos e 69 anos. Atualmente, dentro do chamado BPC, estão os idosos com 65 ano ou mais e o recebimento é de um salário mínimo. Pela proposta, o pagamento de um salário mínimo só passaria a ocorrer depois dos 70 anos.
A ideia é "antecipar" um benefício que hoje só se recebe aos 65 anos, mas sem desestimular a contribuição por parte da população. Uma vantagem citada, por exemplo, é que as pessoas com menos de 65 e que estão dentro do Bolsa Família recebendo pouco mais de R$ 100 reais, poderão passar a receber esses R$ 400 assim que a reforma for aprovada.
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos
Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?
Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações
Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar