Centrão discute reforma desidratada, “que não reeleja Bolsonaro”, diz Paulinho
Eu acho que temos de ter (economia) em torno de (R$) 500 bi. (R$) 600 (bilhões) seria o limite para essa reforma”, defendeu

O líder da Força Sindical, Paulinho da Força, afirmou que os partidos que se reúnem no grupo conhecido como "Centrão" discutem o apoio a uma reforma da Previdência que não garanta a recondução de Jair Bolsonaro ao poder. "O que estamos discutindo dentro do Centrão é que precisamos fazer uma reforma que não garanta a reeleição de Bolsonaro", disse o deputado federal pelo Solidariedade.
"R$ 800 bilhões garantem, de cara, e reeleição dele. Se dermos 800 (bilhões de reais) como disse ele, significa que nos últimos 3 anos dele (Bolsonaro, na Presidência), há (R$) 240 bilhões ao ano para gastar. Eu acho que temos de ter (economia) em torno de (R$) 500 bi. (R$) 600 (bilhões) seria o limite para essa reforma", defendeu, durante evento das centrais sindicais, em São Paulo, nesta quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalho.
Segundo Paulinho, com uma reforma desidratada se garante a chance de outros partidos disputarem (a Presidência em 2022). "Com esse discurso, tenho certeza que a gente traz todo mundo do Centrão, porque ninguém quer a reeleição de Bolsonaro", afirmou o deputado.
Porém...
Paulinho admitiu, porém, que a esquerda e os principais opositores ao governo de Jair Bolsonaro não têm força para parar a reforma elaborada na gestão do atual presidente e que, portanto, o objetivo é ganhar tempo.
"Se não temos força para parar a reforma, eu acho que as ruas nos darão força de negociação para fazer uma reforma justa, na qual o trabalhador sairá ganhando. É possível passar uma reforma da Previdência, mas que mantenha os direitos e combata os privilégios", emendou.
Paulinho alertou também que esse ato inédito, que reúne 10 centrais sindicais, pode ser uma coisa boa ou ruim. E explicou: "Coisa boa é se entrar todo mundo. Coisa ruim é se não vier gente", afirmou. Ele destacou, entretanto, que a estimativa é reunir 100 mil pessoas no ato contra a reforma da Previdência no centro de São Paulo.
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Manifestações
Manifestantes estão nas ruas em todo o País neste primeiro de maio para protestar contra a reforma da Previdência. O movimento, organizado pelas frentes sindicais, tenta marcar uma união da esquerda contra o governo de Jair Bolsonaro. O ato é uma organização conjunta de CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical, CSB, CGTB, Nova Central, CSP-Conlutas, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.
Paulinho destacou que o movimento sindical passa por um momento difícil, com redução nas suas receitas. "Essa é uma tentativa pra gente se preparar para uma coisa maior", disse, em referência à greve geral marcada para o dia 14 de junho. "Isso nos dá força de negociação. Nós que estamos no Congresso temos de usar as ruas para negociar com o governo e com o próprio Congresso", defendeu.
Sobre a tentativa de unidade das centrais sindicais, Paulinho disse que há essa tentativa em curso. E frisou: "Aqui embaixo as coisas estão mais fáceis que lá em cima. Em cima há uma diferença dos partidos. Os mais à esquerda têm diferenças com o PT. A gente não consegue fazer uma unidade para valer lá (no Congresso)".
Paulinho também disse que irá protocolar uma emenda para reduzir a idade da aposentadoria para professores. A proposta atual é de 60 para as mulheres e 65 para os homens, O deputado quer 56 anos para as mulheres e 58 para os homens.
O parlamentar afirmou que tem o apoio do PR para a proposta. "Com mais o Solidariedade e os partidos de esquerda, temos votos suficiente para tirar a reforma dos Estados do projeto. Os governadores estão todos contra e os deputados não podem arcar sozinhos com o desgaste", disse.
Além dessas siglas, outras vinculadas ao "Centrão", incluindo o PP, DEM e PRB, querem desidratar a reforma da Previdência nessa etapa de tramitação (comissão especial) e tirar do texto a vinculação das regras de aposentadoria proposta aos servidores da União ao funcionalismo de Estados e municípios. Ao focar nos Estados, os parlamentares querem o apoio dos governadores para essa queda de braço.
*Com Estadão Conteúdo
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