🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Caro ou barato? É tudo relativo!

Se você pode pegar seu celular e, em segundos, comparar preços de um tênis em 47 lojas diferentes, a coisa complica um pouco mais quando falamos de ações. Mas os analistas financeiros criaram algumas ferramentas para comparar preços e empresas.

16 de dezembro de 2018
6:06 - atualizado às 6:47
Renner e Magazine Luiza
Renner e Magazine Luiza - Imagem: Montagem Andrei Morais / Estadão Conteúdo

Dentre as teorias para explicar por que a inflação nos EUA não pega no breu, gosto particularmente da ideia de que, com o e-commerce e as pesquisas de preço online o tempo todo em suas mãos, as pessoas simplesmente se recusam a pagar mais pelos produtos.

Se você pode pegar seu celular e, em segundos, comparar preços de um tênis em 47 lojas diferentes, o espaço para a alta de preços fica limitado e o varejista se vê obrigado a dar descontos para fechar a venda.

Ninguém mais cai naquela de comprar uma TV na loja física da Fastshop pagando 20% a mais do que ela custa na loja online – você até vai à loja, olha o produto, tira suas dúvidas e, no fim das contas, chega em casa e compra no site que estiver com o menor preço.

Em busca do valor

Se é ridiculamente fácil saber se uma camisa está cara ou barata, a coisa complica um pouco mais quando falamos de ações.

Não dá para abrir o Buscapé e pesquisar o preço de Petrobras. É difícil comparar as características da Magazine Luiza com Lojas Americanas e, na Black Friday, não tem ninguém anunciando ações da Vale com 30% de desconto.

Mas os analistas financeiros criaram algumas ferramentas para comparar preços e empresas que, apesar de estarem longe de ser infalíveis, nos dão uma baita mão na hora de decidir entre comprar ou não uma ação.

Leia Também

Antes de mais nada, o preço de uma ação, por si só, não diz nada. Uma ação a R$ 10 pode ser extremamente cara e outra, a R$ 1.200 pode ser a maior barganha da sua vida.

Ações são representações de participação em um negócio. E seu preço só traz alguma informação quando comparado com alguma outra variável.

A primeira comparação possível, e mais lógica, é tentar avaliar o preço de uma ação com o que seria seu valor intrínseco – para calcular esse tal valor intrínseco, analistas financeiros criaram um negócio que se chama “fluxo de caixa descontado” (DCF, da sigla em inglês).

A brincadeira é estimar todos os fluxos de caixa que uma empresa vai gerar daqui até o fim dos tempos e, com base em uma taxa de desconto (conhecido como custo de capital), trazer a somatória desses fluxos a valor presente.

Essa somatória é o valor da empresa que, dividido pelo número de ações, nos dá o valor justo de cada ação. Comparando esse valor com o preço de tela, você conclui se a danada está cara ou barata.

Difícil previsão

Se isso parece uma tarefa mística, é porque é, mesmo.

Fazer o DCF envolve estimar o que vai acontecer 10, 20, 30 anos no futuro e, meu amigo, se tenho dificuldades em estimar quanto comprar de cerveja para um churrasco, imagine minha capacidade de prever quanto a Ambev vai vender de cerveja em 2032.

Nem vou falar sobre a taxa de desconto, que é um problema em si mesma, e é extremamente relevante para o resultado final da brincadeira.

Nada tenho contra o DCF – é uma baita ferramenta para analisar negócios, entender drivers e até descobrir que tipo de premissas estão embutidas no preço das ações. Mas, tirando algumas exceções (como concessões e ativos bem maduros), acho um modelo ruim para determinar valor.

O que preocupa é ver gente por aí usando o modelo como se fosse uma verdade absoluta e se guiando nos números cuspidos pelo Excel como se fossem mandamentos extraídos diretamente do Velho Testamento.

Empresa x Empresa

Beleza. Se não dá para confiar no valor intrínseco, ou absoluto, o que nos resta?

Oras, se barato ou caro é um conceito relativo, o melhor a fazer é comparar o preço das ações de uma empresa com preços de ações de outra empresa.

Esse tipo de análise, não à toa chamada de relativa, é feita com base nos múltiplos – se o preço de uma ação não diz muita coisa, comparar os R$ 39,7 de Lojas Renner (LREN3) com os R$ 169 de Magazine Luiza (MGLU3) não vai te levar a lugar nenhum. Os múltiplos transformam preços de ações em indicadores comparáveis.

Um múltiplo nada mais é do que uma relação entre duas variáveis – se você puxar suas aulas de álgebra na memória, talvez se lembre que as frações são formas de expressar relações.

Reais por metros quadrados, quilômetros por litro, calorias por 100 gramas e gols por partida são todos múltiplos que você usa no dia a dia sem nem perceber que está ali, colocando as coisas na forma de fração.

Da mesma forma, dá para olhar para as ações e estabelecer uma relação entre seu preço e alguma variável financeira das empresas: uma das mais populares é o preço por lucro (do inglês P/E).

A métrica é fácil: você pega o preço por ação e divide pelo lucro por ação (lucro total pelo número de ações).

Para ilustrar: nos últimos doze meses, a Lojas Renner teve lucro de R$ 912 milhões. Como a companhia tem cerca de 718 milhões de ações em circulação, seu lucro por ação foi de R$ 1,27. Assim, o P/E de Renner é 31,2x (39,70/1,27).

Esse número, por si só, já nos diz algumas coisas – seriam necessários 31 anos para que a empresa retornasse, na forma de lucro, o valor investido em uma ação.

Isso equivale a um retorno anual de 3,2% – é muito pouco quando comparado com o CDI, de 6,5% ao ano.

O P/E de Magazine Luiza é ainda maior: 56,15x – um retorno anual de 1,78% – você teria que esperar 56 anos para ter de volta o valor investido na ação.

No conceito relativo, as ações de Magazine Luiza estão mais caras do que as ações de Lojas Renner e ambas parecem caras quando olhamos para o CDI.

Compro ou vendo?

Mas tem gente comprando tanto uma quanto outra, por quê?

É aí que entra a parte da análise de fato.

Tanto Renner quando Magalu têm crescido de forma impressionante nos últimos anos – se o lucro aumenta, o “E” do P/E aumenta e a relação entre preço e lucro cai – chamamos isso de contração de múltiplos.

Nos últimos cinco anos, o lucro de Renner cresceu, em média, 17,2% ao ano. Magazine Luiza, um dos maiores fenômenos da Bolsa brasileira, cresceu 39,5% no período.

Não à toa, quem comprou LREN3 em dezembro de 2013 está com retorno acumulado de 293%. E quem investiu uns trocados em MGLU3 não deve estar com muitas preocupações financeiras – as ações se valorizaram em 2.300% – isso mesmo, cada R$ 1 investido deu R$ 23 de retorno!

Agora, olha que interessante, Magazine opera a um P/E que é 1,8x maior do que o P/E de Lojas Renner. Mas ela cresceu a uma taxa 2,3x maior nos últimos cinco anos.

Peg pague

Será que Magazine está, mesmo, mais cara do que Renner?

Para responder a essa pergunta, os caras inventaram um outro múltiplo, chamado Peg Ratio que nada mais é do que a divisão do P/E pela taxa anual de crescimento dos lucros. É um dos múltiplos mais utilizados para avaliar empresas que crescem muito, ou as growth stocks, como o pessoal as chama carinhosamente.

Olhando para os últimos cincos anos, o Peg de Renner é 1,8x. O de Magazine Luiza fica em 1,4x. Assim, quando ajustamos para o crescimento passado, Magalu está mais barata do que Renner, simplesmente porque ela cresce muito mais rapidamente.

O problema é que o passado importa pouco – é preciso saber se as companhias continuarão crescendo e a qual taxa. Aqui, a futurologia entra em campo novamente, mas geralmente trabalhamos com um período mais curto e, portanto, um pouco mais “estimável”.

O consenso para Renner é um crescimento de 22% para os próximos três anos e 35,4% para Magazine. Os pegs ficam, respectivamente, em 1,42x e 1,58x e o jogo se inverte, Magazine estaria cara no relativo.

Agora, a pergunta que realmente importa, será que vale a pena comprar alguma das duas ações?

Essa resposta eu te dou na semana que vem – vou te falar sobre um gênio chamado Peter Lynch, como ele olha para o Peg Ratio e de como decide entre comprar ou não as growth stocks.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma

22 de novembro de 2024 - 5:59

As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.

EM BUSCA DE SALVAÇÃO

Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) planeja grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’; saiba como será a operação

21 de novembro de 2024 - 19:24

Empresa divulgou um cronograma preliminar após questionamentos da B3 no início deste mês sobre o preço das ações ordinárias de emissão da varejista

RANKING DE PROVENTOS

Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial

21 de novembro de 2024 - 17:59

A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson

A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

FACA NA TECNOLOGIA

O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim

21 de novembro de 2024 - 12:48

Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos

BOM, PORÉM…

Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar  no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço

21 de novembro de 2024 - 11:22

Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

SD Select

Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)

19 de novembro de 2024 - 15:47

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”

HIDRELÉTRICAS

R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações 

19 de novembro de 2024 - 15:12

Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

Conteúdo BTG Pactual

Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?

19 de novembro de 2024 - 14:00

Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos

SD Select

‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista

19 de novembro de 2024 - 10:29

Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

COMPRAR OU VENDER

Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar

18 de novembro de 2024 - 17:42

O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar